07.10.2016 Views

O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

duzentos mil prisioneiros. Multiplicavam-se nas cidades do reino as cenas de horror. Um partido dos<br />

revolucionários era contra outro, e a França tornou-se um vasto campo de massas contendoras,<br />

dominadas pela fúria das paixões. “Em Paris, tumulto sucedia a tumulto, e os cidadãos estavam<br />

divididos numa mistura de facções, que não pareciam visar coisa alguma a não ser a exterminação<br />

mútua.” E para aumentar a miséria geral, a nação envolveu-se em prolongada e devastadora guerra<br />

com as grandes potências da Europa. “O país estava quase falido, o exército a clamar pelos pagamentos<br />

em atraso, os parisienses passando fome, as províncias assoladas pelos ladrões, e a civilização quase<br />

extinta em anarquia e licenciosidade.”<br />

Muito bem havia o povo aprendido as lições de crueldade e tortura que Roma tão diligentemente<br />

ensinara. Chegara finalmente o dia da retribuição. Não eram mais os discípulos de Jesus que se<br />

arrojavam nas masmorras e arrastavam à tortura. Havia muito tempo que esses tinham perecido, ou<br />

sido expulsos para o exílio. Roma, sentia agora o poder mortífero daqueles a quem havia ensinado a<br />

deleitar-se nas práticas sanguinárias. “O exemplo de perseguição que o clero da França <strong>por</strong> tantos<br />

séculos dera abertamente, achava-se agora revertido contra ele mesmo com assinalado vigor. Os<br />

cadafalsos estavam tintos do sangue dos sacerdotes. As galés e prisões, que em outro tempo se<br />

povoaram de huguenotes, estavam agora repletas de seus perseguidores. Acorrentados ao banco ou<br />

labutando com os remos, o clero católico romano experimentou todas as desgraças que sua igreja tão<br />

livremente infligira aos benignos hereges.”<br />

“Vieram então os dias em que o mais bárbaro dos códigos foi posto em vigor pelo mais bárbaro<br />

dos tribunais; em que ninguém poderia saudar os vizinhos ou fazer orações ... sem perigo de cometer<br />

um crime capital; em que espias se emboscavam de todos os lados; em que todas as manhãs a guilhotina<br />

funcionava em trabalho rápido e prolongado; em que as cadeias estavam tão cheias como um <strong>por</strong>ão de<br />

navio de escravos; em que, nas sarjetas, o sangue corria espumante para o Sena. ... Enquanto<br />

diariamente carradas de vítimas eram levadas ao seu destino através das ruas de Paris, os procônsules,<br />

a quem a comissão soberana enviara aos departamentos, recreavam-se extravagantemente com<br />

crueldade desconhecida mesmo na capital. O cutelo da máquina mortífera levantava-se demasiado<br />

vagarosamente para a obra de morticínio. Longas fileiras de prisioneiros eram ceifadas a metralha.<br />

Faziam-se rombos no fundo dos barcos repletos. Lyon se tornou um deserto. Em Arras, mesmo a cruel<br />

misericórdia de uma morte rápida era negada aos prisioneiros. Por toda a extensão do Loire de Saumur<br />

até à desembocadura no oceano, grandes bandos de corvos e milhanos banqueteavam-se nos cadáveres<br />

nus, juntamente irmanados em hediondos abraços. Não se mostrava misericórdia a sexo ou idade. O<br />

número de moços e moças de dezessete anos que foram assassinados <strong>por</strong> aquele governo execrável,<br />

188

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!