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O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

fé. “Aquela cena era <strong>por</strong> si mesma uma assinalada vitória sobre o papado. O papa condenara o homem,<br />

e agora estava ele em pé, diante de um tribunal que, <strong>por</strong> esse mesmo ato, se colocava acima do papa.<br />

Este o havia posto sob interdito, separando-o de toda a sociedade humana; e no entanto era ele chamado<br />

em linguagem respeitosa, e recebido perante a mais augusta assembléia do mundo. O papa condenarao<br />

ao silêncio perpétuo, e agora estava ele prestes a falar perante milhares de ouvintes atentos, reunidos<br />

das mais longínquas partes da cristandade. Imensa revolução assim se efetuara <strong>por</strong> intermédio de<br />

Lutero. Roma descia já do trono, e era a voz de um monge que determinava esta humilhação.” —<br />

D’Aubigné.<br />

Na presença daquela poderosa assembléia de titulares, o reformador de humilde nascimento<br />

parecia intimidado e embaraçado. Vários dos príncipes, observando sua emoção, aproximaram-se dele,<br />

e um lhe segredou: “Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma.” Outro disse:<br />

“Quando fordes levados perante os governadores e reis <strong>por</strong> Minha causa, ser-vos-á ministrado, pelo<br />

Espírito de vosso Pai, o que devereis dizer.” Assim, as palavras de Cristo foram empregadas pelos<br />

grandes homens do mundo para fortalecerem Seu servo na hora de prova.<br />

Lutero foi conduzido a um lugar bem em frente do trono do imperador. Profundo silêncio caiu<br />

sobre a assembléia ali congregada. Então um oficial imperial se levantou e, apontando para uma<br />

coleção dos escritos de Lutero, pediu que o reformador respondesse a duas perguntas: Se ele os<br />

reconhecia como seus, e se se dispunha a retratar-se das opiniões que neles emitira. Lidos os títulos<br />

dos livros,<br />

Lutero respondeu, quanto à primeira pergunta, que reconhecia serem seus os livros. “Quanto à<br />

segunda”, disse ele, “visto ser uma questão que respeita à fé e à salvação das almas, e que interessa à<br />

Palavra de Deus, o maior e mais precioso tesouro quer no Céu quer na Terra, eu agiria<br />

imprudentemente se respondesse sem reflexão. Poderia afirmar menos do que as circunstâncias<br />

exigem, ou mais do que a verdade requer, e desta maneira, pecar contra estas palavras de Cristo:<br />

‘Qualquer que Me negar diante dos homens, Eu o negarei também diante de Meu Pai, que está nos<br />

Céus.’ Mateus 10:33. Por esta razão, com toda a humildade, rogo a vossa majestade imperial concederme<br />

tempo para que eu possa responder sem ofensa à Palavra de Deus.” — D’Aubigné.<br />

Fazendo este pedido, Lutero agiu prudentemente. Sua conduta convenceu a assembléia de que<br />

não agia <strong>por</strong> paixão ou impulso. Semelhante calma e domínio próprio, inesperados em quem se<br />

mostrara audaz e intransigente, aumentaram-lhe o poder, habilitando-o mais tarde a responder com<br />

uma prudência, decisão, sabedoria e dignidade que surpreendiam e decepcionavam seus adversários,<br />

repreendendo-lhes a insolência e orgulho.<br />

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