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O Grande Conflito [Novo Edicao] por E. G. White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

No dia seguinte deveria ele comparecer para dar sua resposta final. Durante algum tempo seu<br />

coração se abateu, ao contemplar as forças que estavam combinadas contra a verdade. Vacilou-lhe a<br />

fé; temor e tremor lhe sobrevieram, e oprimiu-o o terror. Multiplicavamse diante dele os perigos; seus<br />

inimigos pareciam a ponto de triunfar, e os poderes das trevas, de prevalecer. Nuvens juntavam-se em<br />

redor dele, e pareciam separá-lo de Deus. Ansiava pela certeza de que o Senhor dos exércitos estaria<br />

com ele. Em angústia de espírito lançou-se com o rosto em terra, derramando estes clamores<br />

entrecortados, lancinantes, que ninguém, senão Deus, pode compreender perfeitamente:<br />

“Ó Deus, todo-poderoso e eterno”, implorava ele, “quão terrível é este mundo! Eis que ele abre<br />

a boca para engolir-me, e tenho tão pouca confiança em Ti. ... Se é unicamente na força deste mundo<br />

que eu devo pôr minha confiança, tudo está acabado. ... É vinda a minha última hora, minha<br />

condenação foi pronunciada. ... Ó Deus, ajudame contra toda a sabedoria do mundo. Faze isto, ... Tu<br />

somente; ... pois esta não é minha obra, mas Tua. Nada tenho a fazer <strong>por</strong> minha pessoa, e devo tratar<br />

com estes grandes do mundo. ... Mas a causa é Tua, ... e é uma causa justa e eterna. Ó Senhor, auxiliame!<br />

Deus fiel e imutável, em homem algum ponho minha confiança. ... Tudo que é do homem é<br />

incerto; tudo que do homem vem, falha. ... Escolheste-me para esta obra. ... Sê a meu lado <strong>por</strong> amor<br />

de Teu bem-amado Jesus Cristo, que é minha defesa, meu escudo e torre forte.” — D’Aubigné.<br />

Uma providência onisciente havia permitido a Lutero compreender o perigo, para que não<br />

confiasse em sua própria força, arrojandose presunçosamente ao perigo. Não era, contudo, o temor do<br />

sofrimento pessoal, o terror da tortura ou da morte, que parecia iminente, o que o oprimia com seus<br />

horrores. Ele chegara à crise, e sentia sua insuficiência para enfrentá-la. Pela sua fraqueza, a causa da<br />

verdade poderia sofrer dano. Não para a sua própria segurança, mas para a vitória do evangelho lutava<br />

ele com Deus. Como a de Israel, naquela luta noturna, ao lado do solitário riacho, foi a angústia e<br />

conflito de sua alma. Como Israel, prevaleceu com Deus. Em seu completo desamparo, sua fé se firmou<br />

em Cristo, o poderoso Libertador. Ele se fortaleceu com a certeza de que não compareceria sozinho<br />

perante o concílio. A paz voltou à alma, e ele se regozijou de que lhe fosse permitido exaltar a Palavra<br />

de Deus perante os governadores da nação.<br />

Com o espírito repousado em Deus, Lutero preparou-se para a luta que diante dele estava.<br />

Meditou sobre o plano de sua resposta, examinou passagens de seus próprios escritos e tirou das<br />

Sagradas Escrituras provas convenientes para sustentar sua atitude. Então, pondo a mão esquerda sobre<br />

o Volume Sagrado, que estava aberto diante dele, levantou a destra para o céu, e fez um voto de<br />

“permanecer fiel ao evangelho e confessar francamente sua fé, mesmo que tivesse de selar com o<br />

sangue seu testemunho.” — D’Aubigné.<br />

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