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RESERVA NATURAL VALE

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FLORESTA ATLÂNTICA DE TABULEIRO: DIVERSIDADE E ENDEMISMOS NA <strong>RESERVA</strong> <strong>NATURAL</strong> <strong>VALE</strong><br />

de Ciência do Solo (Berthelin et al., 1994), as<br />

formas de húmus estudadas correspondem ao<br />

tipo mull tropical, tal como previamente definidos<br />

por Garay et al. (1995) e Kindel & Garay (2001;<br />

2002). Devem, com efeito, ser consideradas três<br />

Figura 10: Quantidades de raízes finas no perfil húmico<br />

nas amostras de florestas primárias – Mata Alta e Mata<br />

Ciliar - e secundárias.<br />

características: 1) contato direto entre os restos<br />

foliares e um horizonte ou camada orgânico-mineral<br />

subjacente (sem presença de um horizonte H de<br />

matéria orgânica amorfa); 2) relação C/N baixa, por<br />

exemplo, menor que 15, no horizonte A; 3) presença<br />

de um horizonte Ai de interface onde se acumulam<br />

a matéria orgânica e os nutrientes, com abundância<br />

de raízes finas, no topo do solo. Por fim, as camadas<br />

de restos foliares pouco espessas revelam uma<br />

velocidade de decomposição relativamente rápida<br />

dos aportes orgânicos, o que é próprio dos húmus<br />

tipo mull. Entretanto, os resultados permitem ainda<br />

classificar um mull tropical mesotrófico, com ao<br />

redor de 50% de V para a Mata Alta e a floresta<br />

secundária após extrativismo seletivo, que se<br />

distingue do mull tropical oligotrófico presente no<br />

solo da Mata Ciliar, com valores inferiores a 15% de<br />

V (Figura 11).<br />

Os estoques de matéria orgânica e os valores<br />

de C, N e bases de troca se mantêm relativamente<br />

estáveis entre as amostragens de verão e inverno<br />

em todos os sítios de estudo, o que evidencia certa<br />

estabilidade nas formas de húmus estudadas. No<br />

Figura 11: Perfis húmicos das florestas primárias e secundárias da Reserva Florestal Vale. As superfícies das camadas<br />

húmicas e do horizonte A são proporcionais às quantidades de matéria orgânica. Para a Mata de Muçununga e a<br />

Mata Alta (1), os dados correspondem a Garay et al. (1995).<br />

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