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RESERVA NATURAL VALE

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FLORESTA ATLÂNTICA DE TABULEIRO: DIVERSIDADE E ENDEMISMOS NA <strong>RESERVA</strong> <strong>NATURAL</strong> <strong>VALE</strong><br />

taxidermizado e depositado na Coleção de<br />

Mamíferos da Universidade Federal do Espírito<br />

Santo (Ufes-MAM). Todos os procedimentos<br />

envolvendo a captura e a marcação de pequenos<br />

mamíferos foram realizados sob autorização do<br />

órgão ambiental competente (Licença Sisbio n°<br />

27369-4).<br />

Análise de Dados<br />

Cada sítio (ou transecto) foi considerado como<br />

uma unidade amostral. Os valores de diversidade<br />

alfa e beta foram obtidos para cada sítio por meio<br />

de regressões lineares de log de espécies e log<br />

de indivíduos (Hubbell, 1997) usando o modelo<br />

linearizado de Arrhenius (1922), onde Log S = Log c +<br />

z LogA, sendo: S = riqueza de espécies, c = intercepto<br />

da regressão (diversidade alfa) e z = inclinação da<br />

regressão (diversidade beta). Foram utilizados os<br />

conceitos de diversidade alfa e beta propostos por<br />

Hubbell (1997). Dessa forma, em um modelo de<br />

regressão linear, a diversidade alfa é representada<br />

pelo intercepto da regressão e corresponde ao<br />

número de espécies adicionadas considerando um<br />

número mínimo de amostras (no presente estudo,<br />

os indivíduos foram considerados como amostras).<br />

Já a diversidade beta é representada pela inclinação<br />

das linhas (valor de z) e é maior quando a linha é<br />

mais inclinada, significando que um maior número<br />

de espécies é adicionado quando mais indivíduos<br />

são amostrados. A diversidade alfa e beta foram<br />

comparadas entre os sítios amostrados através do<br />

Teste F e dos intervalos de confiança. Uma linha de<br />

tendência foi inserida no gráfico de dispersão dos<br />

valores obtidos utilizando uma função linear para<br />

obter os valores de ajuste e confiabilidade para cada<br />

caso a partir do R 2 .<br />

Para verificar a composição de espécies e a<br />

estrutura da comunidade de pequenos mamíferos<br />

nos sítios amostrados, foi realizada uma análise<br />

de ordenação não-métrica (NMS, do inglês<br />

Nonmetric Multidimensional Scaling) com 1.000<br />

aleatorizações. Após essa análise exploratória,<br />

foi usada a análise ANOSIM (do inglês Analysis<br />

of Similarity) para verificar a similaridade na<br />

composição de espécies entre os tratamentos.<br />

Para isso, foi utilizado o índice de Jaccard. Para<br />

analisar os dados de estrutura da comunidade, foi<br />

considerada a abundância relativa de cada espécie<br />

capturada em cada sítio e também foi utilizado o<br />

ANOSIM, porém, adotando o índice de similaridade<br />

de Bray-Curtis. As análises NMS foram realizadas<br />

no programa Primer v6.<br />

Para verificar a influência da conectividade<br />

promovida pelos corredores de vegetação (neste<br />

estudo chamado de fragmentos florestais lineares),<br />

todos os parâmetros descritos anteriormente<br />

foram comparados entre os sítios amostrados.<br />

Para verificar se a distância em relação à floresta<br />

contínua influencia a composição e a estrutura<br />

da comunidade de pequenos mamíferos, foram<br />

construídos modelos gerais linearizados (GLM,<br />

do inglês General Linear Models) considerando<br />

a distância até a floresta contínua como variável<br />

preditora (ver dados de distância de cada sítio<br />

até a floresta contínua apresentados na Tabela<br />

1). Os eixos gerados pelo NMS serviram como<br />

proxy da composição e estrutura da comunidade<br />

(para detalhes, ver Barlow et al., 2010; Magnago<br />

et al., 2014) e foram considerados como variável<br />

resposta.<br />

A autocorrelação espacial dos resíduos para<br />

todos os modelos citados foi verificada por meio<br />

de correlograma I de Moran (Diniz-Filho et al.,<br />

2003). O número e o intervalo entre classes<br />

de distância dos correlogramas seguiu o default<br />

do programa SAM 4.0 (Rangel et al., 2010). A<br />

significância da autocorrelação espacial dos<br />

resíduos foi avaliada pela correção sequencial de<br />

Bonferroni (Fortin & Dale, 2005). Os resíduos<br />

dos modelos que consideraram a estrutura da<br />

comunidade não apresentaram autocorrelação<br />

espacial, uma vez que todos os coeficientes<br />

I de Moran foram menores do que 0,25 e<br />

não foram significativos. Porém, os resíduos<br />

dos modelos de composição apresentaram<br />

autocorrelação espacial em pelo menos uma<br />

classe de distância do correlograma e, portanto,<br />

foram adotadas medidas corretivas para lidar<br />

com a autocorrelação espacial (Diniz-Filho et al.,<br />

2003). Filtros espaciais foram gerados e incluídos<br />

como variáveis fixas nesses modelos. Os filtros<br />

espaciais foram obtidos pelo método de “Moran’s<br />

Eigenvector Map” (MEM), a partir de uma matriz<br />

das coordenadas geográficas das amostras,<br />

por meio do pacote ‘spacemakeR’ (DRAY et al.,<br />

2006) do programa R. Análise de redundância<br />

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