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RESERVA NATURAL VALE

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FERREGUETTI ET AL.<br />

MAMÍFEROS: ABUNDÂNCIA E DENSIDADE<br />

Tabela 2: Densidade (ind/ha) e tamanho populacional das espécies de mamíferos de médio e grande<br />

porte registradas no período de abril 2013 a maio 2014 na Reserva Natural Vale, município de Linhares,<br />

Espírito Santo. Os respectivos intervalos de confiança a 95% são também apresentados. As espécies<br />

estão ordenadas em ordem decrescente de abundância.<br />

Espécie Densidade Tamanho Populacional<br />

Callithrix geoffroyi 0,33 (0,24 - 0,47) 6.580 (5.420 - 8.650)<br />

Mazama gouazoubira 0,21 (0,19 - 0,23) 5.816 (5.271 - 6.361)<br />

Dasyprocta leporina 0,21 (0,19 - 0,24) 5.815 (5.136 - 6.584)<br />

Sapajus robustus 0,16 (0,12 - 0,19) 3.965 (2.856 - 4.850)<br />

Mazama americana 0,15 (0,13 - 0,16) 3.569 (3.215 - 3.923)<br />

Guerlinguetus ingrami 0,14 (0,10 - 0,20) 3.360 (2.394 - 4.718)<br />

Nasua nasua 0,12 (0,09 - 0,16) 3.042 (2.337 - 3.959)<br />

Callicebus personatus 0,10 (0,07 - 0,13) 2.252 (1.768 - 3.252)<br />

Pecari tajacu 0,08 (0,04 - 0,15) 2.025 (1.140 - 2.950)<br />

Tayassu pecari 0,06 (0,04 - 0,09) 1.514 (977 - 2.344)<br />

Dasypus novemcinctus 0,06 (0,04 - 0,09) 1.506 (1.024 - 2.215)<br />

Alouatta guariba 0,06 (0,04 - 0,09) 1.321 (1.101 - 1.441)<br />

Euphractus sexcinctus 0,04 (0,03 - 0,06) 1.070 (794 - 1.441)<br />

Tapirus terrestris 0,03 (0,02 - 0,04) 754 (567 - 1.005)<br />

anta, demonstra a importância da região para<br />

a conservação da fauna, bem como reforça a<br />

relevância da RNV para a conservação das espécies<br />

de mamíferos da Mata Atlântica.<br />

As premissas da amostragem de distâncias<br />

(Laake et al., 1994; Cassey & Mcardle, 1999;<br />

Buckland et al., 2001) foram atendidas no<br />

presente estudo, o que indica que as estimativas<br />

de abundância e densidade aqui apresentadas<br />

são confiáveis e podem ser empregadas no<br />

monitoramento das espécies de mamíferos de<br />

médio e grande porte amostradas na RNV e na<br />

comparação com outros estudos que tenham<br />

utilizado metodologia semelhante. Neste sentido,<br />

observa-se que, para todas as espécies analisadas,<br />

foram obtidas mais de 40 observações, sendo este<br />

o número mínimo de observações independentes<br />

necessárias para geração de estimativas precisas<br />

para espécies raras (Buckland et al., 2004). O<br />

esforço amostral empregado nesse estudo também<br />

foi superior ao preconizado para o método em<br />

questão (aproximadamente 250 km ou até que<br />

se tenha obtido 40 observações independentes;<br />

Buckland et al., 2001). Além disso, todos os<br />

animais foram detectados em sua posição original,<br />

ou seja, antes da detecção do observador e/ou<br />

fuga; os espécimes foram avistados principalmente<br />

próximos ao transecto e o número de avistamentos<br />

diminuiu quanto maior a distância em relação à<br />

trilha (Buckland et al., 2001). Nenhuma espécie<br />

cuja abundância e densidade populacional foram<br />

calculadas apresentou coeficiente de variação<br />

acima de 20%, que corresponde ao valor máximo<br />

recomendado para uma estimava de densidade<br />

acurada (Buckland et al., 2001).<br />

A densidade de D. leporina obtida no presente<br />

estudo foi cerca de 18% maior do que a densidade<br />

estimada por Chiarello (2000a) para a mesma<br />

espécie na RNV, o que pode estar relacionado<br />

a flutuações populacionais ao longo do tempo<br />

ou à diferença de esforço amostral empregado<br />

em cada estudo. Ressalta-se ainda que Chiarello<br />

(2000a) amostrou ao longo de estradas e que<br />

as cutias apresentam preferência pelo interior da<br />

floresta (Oliveira & Bonvicino, 2006; Mamede<br />

& Alho, 2008; Srbek-Araujo & Chiarello, 2013).<br />

Apesar disso, a densidade obtida para a espécie<br />

ainda pode ser considerada baixa para a área de<br />

estudo. A densidade das cutias varia de 40-63<br />

indivíduos/km² ou 0,40-0,63 indivíduo/ha em<br />

outras localidades, sendo mais abundante em áreas<br />

onde a pressão de caça é baixa (Silvius & Fragoso,<br />

2003; Jorge & Peres, 2005). A cutia é considerada<br />

de grande importância para as áreas de floresta em<br />

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