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RESERVA NATURAL VALE

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FLORESTA ATLÂNTICA DE TABULEIRO: DIVERSIDADE E ENDEMISMOS NA <strong>RESERVA</strong> <strong>NATURAL</strong> <strong>VALE</strong><br />

normais em 1992. Asner et al. (2000) também<br />

encontraram relação entre secas provocadas<br />

por eventos de El Niño e diminuição de biomassa<br />

foliar pela maior queda de folhas da vegetação na<br />

Amazônia oriental.<br />

Geralmente, a profundidade das raízes é um<br />

fator importante, que provoca diferenças na<br />

sensibilidade ao estresse hídrico entre indivíduos<br />

(Reich & Borchert, 1984; Borchert, 1994),<br />

sofrendo influência de características físicas do<br />

solo ou existência de camadas de impedimento.<br />

Dependendo das condições de microhabitat,<br />

indivíduos da mesma espécie podem perder suas<br />

folhas nos anos mais secos.<br />

Por fim, concluímos que a floresta de Linhares<br />

mostra padrões fenológicos diferenciados de outras<br />

comunidades de floresta atlântica baixo-montana<br />

próximas ao litoral e também de florestas estacionais<br />

semidecíduas do interior. Com características<br />

transicionais entre esses dois extremos, se<br />

confirma nossa pressuposição da influência de um<br />

clima caracterizado por uma precipitação anual<br />

relativamente baixa, semelhante à das florestas<br />

estacionais, combinada a uma deficiência hídrica<br />

anual relativamente baixa e umidade relativa do<br />

ar mais alta ao longo do ano. Enfim, pelos ritmos<br />

de mudança foliar, pela sazonalidade climática<br />

apresentada e pelas hipóteses de alternativas de<br />

disponibilidade de água para as árvores se manterem<br />

perenes, seria lógico classificar a floresta de Linhares<br />

na categoria Floresta Estacional Perenifólia, pois<br />

embora a estacionalidade do clima possa ser<br />

comprovada pelo longo período seco, a maior parte<br />

das árvores deve possuir estratégias para absorção<br />

Figura 6: Série temporal para proporção de indivíduos com copa desfolhada na Reserva de Linhares, em cada<br />

quinzena do período de maio de 1982 a dezembro de 1992. A curva tracejada foi ajustada pelo método dos<br />

quadrados mínimos ponderados. Fonte: Engel, 2001.<br />

Tabela 2: Sumário da análise de regressão múltipla “stepwise” 3 (tendo como variável dependente a queda<br />

de folhas das árvores de 41 espécies do dossel da floresta de Linhares, durante um período de 11 anos.<br />

Fonte: Engel, 2001.<br />

Variáveis Beta b (inclinação Coefic. de correlação Probabilidade<br />

Independentes da reta) parcial (r) (p)<br />

Evapotranspiração. real -1,614 -0,009 -0,655 0,004<br />

Umidade relativa do ar 0,237 0,009 0,494 0,004<br />

Insolação -0,745 -0,005 -0,801 0,000<br />

Deficiência hídrica -0,588 -0,011 -0,542 0,024<br />

Evaporação 0,661 0,017 0,816 0,000<br />

3 (1) R=0,969; R2=0,939; F(8,15)=28,88; p

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