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RESERVA NATURAL VALE

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FLORESTA ATLÂNTICA DE TABULEIRO: DIVERSIDADE E ENDEMISMOS NA <strong>RESERVA</strong> <strong>NATURAL</strong> <strong>VALE</strong><br />

provenientes da dispersão por morcegos, e outra<br />

ao final da tarde, para o recolhimento do material<br />

depositado pelas aves. Os diásporos retirados dos<br />

coletores foram acondicionados em envelopes<br />

de papel e levados ao laboratório para análise<br />

sob microscópio estereoscópico. A identificação<br />

desse material foi feita com o auxílio de pranchas<br />

fornecidas por Lobova et al. (2009) e a partir de<br />

consulta a uma coleção de referência de sementes<br />

da área de estudo, além de consultas ao curador<br />

do herbário da RNV, Geovane S. Siqueira. Cada<br />

espécie foi classificada quanto à sua síndrome de<br />

dispersão (autocórica, anemocórica e zoocórica)<br />

(Noguchi et al., 2009; Silva & Rodal, 2009),<br />

estágio sucessional (pioneira, secundária inicial<br />

e secundária tardia) (Rolim et al., 1999), hábito<br />

(trepadeira, arbusto e árvore) e tipo de dispersão<br />

(endozoocórica e estomatocórica). Dados em<br />

Lobova et al. (2009) também foram utilizados<br />

nessas classificações.<br />

Pelo menos uma amostra de cada espécie<br />

ou morfoespécie vegetal registrada no presente<br />

estudo encontra-se depositada como testemunho<br />

no Laboratório de Mastozoologia da Universidade<br />

Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).<br />

Figura 2: Representação esquemática de parcela<br />

instalada em área de borda de mata e matriz adjacente<br />

na Reserva Natural Vale, estado do Espírito Santo,<br />

sudeste do Brasil, mostrando a distribuição dos coletores<br />

de sementes.<br />

Figura 3: Coletor de sementes (1 m 2 ) utilizado na<br />

Reserva Natural Vale, estado do Espírito Santo, sudeste<br />

do Brasil, para amostragem da chuva de sementes. Foto:<br />

Isaac P. Lima.<br />

Amostragem em Redes de Neblina<br />

Além da chuva de sementes, foram estudadas<br />

as interações entre morcegos frugívoros e frutos<br />

por meio de amostragens em redes de neblina, a<br />

partir das quais foi possível obter, diretamente dos<br />

morcegos, tanto amostras fecais (endozoocoria)<br />

quanto diásporos transportados oralmente<br />

(estomatocoria). Os dados utilizados nessa análise<br />

foram obtidos em diversos sítios dentro da Reserva<br />

(p. ex., borda e interior de mata, sobre coleções de<br />

água), incluindo as parcelas onde foram instalados<br />

os coletores (Figura 1, pontos de 1 a 14). O esforço<br />

de captura, calculado de acordo com Straube &<br />

Bianconi (2002), foi de 147.900 m 2 .h de rede. As<br />

amostragens foram feitas entre dezembro de 2007<br />

e novembro de 2012, envolvendo redes de neblina<br />

armadas ao nível do solo e expostas, usualmente,<br />

por quatro horas em seguida ao pôr do sol. Como<br />

houve sobreposição entre o período de amostragem<br />

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