05.02.2017 Views

RESERVA NATURAL VALE

livrofloresta

livrofloresta

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ROLIM ET AL.<br />

EPÍTITAS<br />

Espírito Santo (Barros et al., 2015). Microgramma<br />

microsoroides Salino et al. (Sylvestre et al., 2016,<br />

neste volume), recém-descrita e com poucas<br />

coletas, pode ser considerada rara ou endêmica do<br />

norte do Espírito Santo. As espécies Philodendron<br />

follii Nadruz e Philodendron ruthianum Nadruz<br />

podem ser consideradas endêmicas, com poucos<br />

registros em nível local e estadual, respectivamente<br />

(Coelho, 2010).<br />

Espécies da lista vermelha do Espírito Santo<br />

(Simonelli & Fraga, 2007) e não consideradas<br />

na lista nacional, apresentam distribuição em<br />

outros estados ou estão protegidas em algumas<br />

unidades de conservação, sendo consideradas<br />

menos preocupantes em nível nacional (Martineli<br />

& Moraes, 2013). Esta categoria inclui espécies<br />

como Anthurium ianthinopodum, Philodendron<br />

vargealtense, Acianthera pectinata, Aechmea<br />

maasii, Vriesea neoglutinosa, Acianthera auriculata,<br />

Acianthera glumacea, Acianthera pectinata,<br />

Peperomia psilostachya var. angustifolia,<br />

Macradenia rubescens, Rodriguezia obtusifolia,<br />

Warczewiczella wailesiana e Peperomia regelii.<br />

Riqueza de Espécies na RNV<br />

Com 184 espécies, a flora epifítica da RNV<br />

está entre as mais ricas já registradas na Floresta<br />

Atlântica, mesmo considerando o clima estacional<br />

da região norte do Espírito Santo. Provavelmente, a<br />

alta umidade atmosférica de 86% ao longo do ano<br />

na RNV (Rolim et al., 2016a), ajuda a compensar<br />

esta estacionalidade climática, permitindo uma<br />

diversidade elevada de epífitas. Considerando as<br />

quase 2100 espécies vasculares da RNV (Rolim et<br />

al., 2016b; Sylvestre et al., 2016), o índice epifítico<br />

é de 9%. Kersten (2010) considera que uma média<br />

de 15 a 20% de espécies epífitas vasculares pode<br />

ser esperada para áreas amplas e bem amostradas<br />

na Mata Atlântica. Por este índice, pode ser dito<br />

que a flora epifítica da RNV está subamostrada.<br />

A riqueza registrada na RNV é bem inferior<br />

à encontrada em algumas localidades na Mata<br />

Atlântica que chegam a mais de 300 espécies<br />

(Fontoura et al., 1997; Kersten & Kunyioshi, 2006)<br />

e muito inferior às florestas no oeste da Amazônia,<br />

principalmente no Equador, onde a riqueza chega<br />

a 450-600 espécies (Bussmann, 2001; Kuper et<br />

al., 2004). Comparar a riqueza da flora vascular de<br />

diferentes localidades não é simples, já que as áreas<br />

diferem em tamanho, na diversidade de ambientes<br />

e no esforço de coleta empregado. Geralmente,<br />

áreas com clima mais quente, elevada pluviosidade,<br />

variação altitudinal e diversidade de ambientes<br />

proporcionam ambientes mais propícios para a<br />

elevada riqueza de espécies epífitas (Kersten &<br />

Silva, 2005).<br />

Algumas das localidades mais ricas em<br />

espécies epifíticas na Mata Atlântica são listadas<br />

Tabela 3. Riqueza de espécies (S) e porcentagem nos principais grupos taxonômicos de epífitas em<br />

algumas áreas com pelo menos 140 espécies epífitas na Mata Atlântica.<br />

Local S Orchidaceae Bromeliaceae Araceae Samambaias Fonte<br />

e Licófitas<br />

Bacia do Alto Iguaçu, PR 348 42,2 11,2 2,6 27,0 1<br />

Res. Ecol. de Macaé de Cima, RJ 307 59,9 14,7 1,6 10,4 2<br />

Serra da Prata, PR 278 37,0 13,7 5,0 26,6 3<br />

Prq. Est. Carlos Botelho, SP 256 28,9 16,8 7,4 26,6 4<br />

Prq. Nac. Serra das Lontras, BA 256 41,4 25,0 12,1 ---- 5<br />

Ilha do Mel, PR 188 39,4 16,0 3,7 26,1 6<br />

Reserva Natural Vale, ES 184 44,8 12,0 12,6 13,1 7<br />

Prq. Est. da Ilha do Cardoso, SP 178 40,4 18,5 6,2 18,0 8<br />

RPPN Morro da Mina, PR 159 38,4 15,1 6,9 21,4 9<br />

APA Rio Piraquara, PR 140 32,1 14,3 2,1 37,1 10<br />

Legenda: (1) Kersten & Kunyioshi (2006); (2) Fontoura et al. (1997); (3) Blum et al. (2011); (4) Lima et al. (2012); (5) Leitman et<br />

al. (2014); (6) Kersten & Silva (2005); (7) Este Estudo; (8) Breier (2005); (9) Petean (2009); (10) Kersten & Waechter (2011).<br />

2 7 7

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!