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RESERVA NATURAL VALE

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FLORESTA ATLÂNTICA DE TABULEIRO: DIVERSIDADE E ENDEMISMOS NA <strong>RESERVA</strong> <strong>NATURAL</strong> <strong>VALE</strong><br />

METODOLOGIA<br />

Para responder à pergunta selecionamos da<br />

literatura 100 levantamentos fitossociológicos na<br />

Floresta Atlântica (Figura 1). Os levantamentos foram<br />

divididos em quatro grupos fitofisionômicos: 17 em<br />

Floresta Ombrófila Mista, 38 em Floresta Estacional<br />

Semidecidual (principalmente de MG e SP), 31 em<br />

Florestas Ombrófilas (de SP e RJ) e 14 nas Florestas<br />

do sul da Bahia e norte do Espírito Santo (Florestas<br />

Ombrófilas na BA e Floresta Estacional Perenifólia<br />

no norte do ES). O município de Santa Teresa, um<br />

pouco ao sul do rio Doce foi incluído na região norte<br />

do Espírito Santo. Não incluímos áreas do nordeste<br />

porque não tivemos acesso a uma quantidade razoável<br />

de áreas para análise. Quando algum estudo realizou<br />

os levantamentos em fragmentos vizinhos, os dados<br />

podem ter sido considerados como uma amostragem<br />

única para aumentar o número de indivíduos amostrados<br />

(p.ex., Pessoa & Oliveira, 2006, 3 fragmentos com<br />

600 m de distância aproximada entre si).<br />

A primeira análise consistiu na estimação da<br />

riqueza média para amostras de 500 indivíduos<br />

(S500), retirados de cada um dos 100<br />

levantamentos, através do método de rarefação<br />

(Phillips et al., 1994). A análise foi feita com o<br />

Software EcoSim 7.0, com 1.000 reamostragens por<br />

levantamento (Gotelli & Entsminger, 2001). Valores<br />

estimados de S500 foram normalizados por meio<br />

de transformação por raiz quadrada e submetidos<br />

à análise de variância para comparação da média<br />

entre os quatro grupos fisionômicos, sendo utilizado<br />

o teste de Tukey. Para esta análise utilizamos o<br />

Programa SAS (Statistical Analysis System, 1999).<br />

Adicionalmente, agrupamos os valores de S500<br />

em classes de riqueza com 20 espécies para obter<br />

uma visão da distribuição e amplitude de variação<br />

da riqueza em cada grupo fisionômico. Também<br />

plotamos curvas de rarefação dos sítios mais ricos<br />

em espécies das florestas estacionais (SP, MG, RJ e<br />

ES), das florestas ombrófilas (SP e RJ) e das florestas<br />

do norte do ES e sul da BA. Para estas áreas mais<br />

ricas em espécies foram discutidos os possíveis<br />

vieses metodológicos.<br />

RESULTADOS & DISCUSSÃO<br />

As florestas no norte do Espírito Santo<br />

e Sul da Bahia são, em média mais ricas em<br />

espécies (S500=176,7 + 27,6) que as florestas<br />

ombrófilas de SP/RJ (109,3 ± 19,6), as<br />

florestas estacionais semidecíduas de SP/MG/<br />

RJ/ES (89,3 ± 19,7) e as florestas mistas (49,7<br />

± 12,2) (Tabela 1).<br />

Tabela 1: Comparação da riqueza média (S500) entre quatro fisionomias florestais da Floresta Atlântica<br />

Médias seguidas por letras iguais não apresentam diferença estatística significativa (p>0,05).<br />

Fisionomia Região N S500<br />

RS 6 44,9<br />

SC 4 54,0<br />

FO Mista PR 6 52,3<br />

SP 1 45,7<br />

Média 17 49,7 (±12,2 dp) a<br />

SP 19 81,9<br />

FE Semidecídua MG 15 96,9<br />

RJ/ES 4 96,2<br />

Média 38 89,3 (±19,7) b<br />

SP 27 108,7<br />

FO Densa SP/RJ RJ 4 113,3<br />

Média 31 109,3 (±19,6) c<br />

ES 7 169,1<br />

Florestas ES/BA BA 7 184,4<br />

Média 14 176,7 (±27,6) d<br />

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