05.02.2017 Views

RESERVA NATURAL VALE

livrofloresta

livrofloresta

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ZUNTINI & LOHMANN<br />

BIGNONIACEAE<br />

Foram documentados 11 novos registros<br />

de Bignoniaceae para a RNV desde o último<br />

levantamento florístico publicado (CVRD, 2002):<br />

Adenocalymma bracteatum (Cham.) DC., A.<br />

coriaceum A.DC., A. divaricatum Miers, A. hirtum<br />

(Mart. ex DC.) Bureau & K.Schum., A. hypostictum<br />

Bureau & K.Schum., Amphilophium frutescens<br />

(DC.) L.G.Lohmann, Cybistax antisyphilitica (Mart.)<br />

Mart., Mansoa hymenaea (DC.) A.H.Gentry, M.<br />

onohualcoides A.H.Gentry, Pleonotoma albiflora<br />

(Salzm. ex DC.) A.H.Gentry e Tynanthus cognatus<br />

(Cham.) Miers. Juntamente com estas, três novas<br />

espécies de Bignoniaceae foram recentemente<br />

descritas com base em materiais coletados na<br />

Reserva: Adenocalymma aurantiacum Udulutsch<br />

& Assis (Udulutsch et al., 2013), Martinella insignis<br />

A.H.Gentry ex Zuntini & L.G.Lohmann (Zuntini &<br />

Lohmann, 2014) e Tynanthus espiritosantensis<br />

M.C.Medeiros & L.G.Lohmann (Medeiros & Lohmann,<br />

2014). Além disso, três espécies arbóreas foram<br />

descritas anteriormente com base em materiais<br />

da Reserva: Tabebuia arianeae A.H.Gentry [=<br />

Handroanthus arianeae (A.H.Gentry) S.Grose],<br />

Tabebuia cristata A.H.Gentry [= Handroanthus<br />

cristatus (A.H.Gentry) S.Grose] e Tabebuia riodocensis<br />

A.H.Gentry [= Handroanthus riodocensis (A.H.Gentry)<br />

S.Grose] (Gentry 1992a), levando a um total de seis<br />

novas espécies de Bignoniaceae descritas a partir de<br />

espécimes coletados na Reserva (Tabela 1).<br />

Dentre as novas espécies, T. espiritosantensis<br />

é conhecida apenas do município de Linhares<br />

(Medeiros & Lohmann, 2014), enquanto três<br />

outras espécies raras da flora brasileira também são<br />

encontradas na região: Mansoa onohualcoides, H.<br />

arianeae e H. cristatus (Lohmann & Silva-Castro,<br />

2009). Espécies da tribo Bignonieae, amplamente<br />

distribuídas desde a Mata Atlântica até a América<br />

Central, também ocorrem na Reserva, tais como:<br />

Amphilophium crucigerum (L.) L.G.Lohmann,<br />

Bignonia corymbosa (Vent.) L.G.Lohmann,<br />

Callichlamys latifolia (Rich.) K.Schum., Dolichandra<br />

quadrivalvis (Jacq.) L.G.Lohmann, D. unguis-cati (L.)<br />

L.G.Lohmann, Friderica chica (Bonpl.) L.G.Lohmann,<br />

F. conjugata (Vell.) L.G.Lohmann e Stizophyllum<br />

riparium (Kunth) Sandwith (Lohmann & Taylor,<br />

2014). Dentre as arbóreas, a única amplamente<br />

distribuída é Handroanthus serratifolius (Vahl)<br />

S.Grose, a qual ocorre em toda a região tropical da<br />

América do Sul (Gentry, 1992a).<br />

Amostras estéreis coletadas na reserva foram<br />

identificadas preliminarmente como Adenocalymma<br />

flaviflorum (Miq.) L.G.Lohmann (voucher M. Sousa-<br />

Baena 02) e Jacaranda macrantha Cham. (voucher<br />

A.H. Gentry 59214). Caso confirmada a identidade<br />

destes materiais através de coletas de material<br />

fértil, estas espécies passarão a integrar a lista<br />

florística de Reserva. Além disso, algumas espécies<br />

de Bignoniaceae amplamente distribuídas foram<br />

coletadas em municípios próximos a Sooretama e<br />

é possível que ocorram na Reserva, em particular:<br />

Amphilophium paniculatum (L.) Kunth, Fridericia<br />

speciosa Mart., Lundia corymbifera (Vahl) Sandwith,<br />

Pleonotoma melioides (S. Moore) A.H. Gentry e<br />

Tanaecium pyramidatum (Rich.) L.G.Lohmann.<br />

Algumas espécies apresentadas no inventário<br />

disponibilizado pela CVRD (2002) sofreram<br />

alterações taxonômicas e/ou receberam novas<br />

identificações e não constam no presente<br />

inventário. Mais especificamente, os materiais<br />

anteriormente identificados como Adenocalymma<br />

periglandulosum A.H. Gentry, nom. ined. (in sched.)<br />

e A. salmoneum J.C.Gomes (in sched.) foram usados<br />

para descrever A. aurantiacum (Udulutsch et al.,<br />

2013). Por outro lado, Anemopaegma citrifolium<br />

(DC.) Baill. é atualmente considerada sinônimo de<br />

A. chamberlaynii (Sims) Bureau & K.Schum. (Arbo<br />

& Lohmann, 2008). Bignonia binata Thunb. teve<br />

sua circunscrição redefinida, com os materiais da<br />

RNV sendo agora tratados sob B. sciuripabulum<br />

(K.Schum.) L.G.Lohmann (Zuntini et al., 2015a).<br />

Lundia cordata (Vell.) DC. era um nome erroneamente<br />

aplicado à espécie atualmente reconhecida como<br />

Lundia longa (Vell.) DC. (Lohmann & Taylor, 2014).<br />

Por fim, Tynanthus elegans Miers foi recentemente<br />

sinonimizado em T. cognatus (Cham.) Miers<br />

(Medeiros & Lohmann, 2015).<br />

No Brasil, 23 espécies da família Bignoniaceae<br />

estão ameaçadas (Lohmann et al., 2013). Destas,<br />

cinco espécies arbóreas são encontradas na RNV:<br />

Handroanthus arianeae, H. riodocensis, Paratecoma<br />

peroba (Record) Kuhlm., Tabebuia cassionoides<br />

(Lam.) DC. e Zeyheria tuberculosa (Vell.) Bureau.<br />

Além destas, outras duas espécies também figuram<br />

com algum grau de ameaça: Handroanthus cristatus<br />

e Tabebuia obtusifolia (Cham.) Bureau (Lohmann<br />

& Tarabay, 2009). Todas estas espécies são<br />

extraídas para fins madeireiros, o que compromete<br />

a recuperação de suas populações em razão de<br />

2 6 5

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!