geração (semi)automática de metadados - Universidad Autónoma ...
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ISBN: 978–972–8924–45-4 © 2007 IADIS<br />
A busca <strong>de</strong> mutações na arquitetura necessitou mudanças no processo criativo, tanto na morfologia,<br />
espaço líquido, fluído como na percepção, em que aparecem conceitos <strong>de</strong> interativida<strong>de</strong> e transformação do<br />
espaço que <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser estático. Nesses dois projetos, o software MAYA, utilizado para mo<strong>de</strong>lagem e<br />
animação do programa arquitetônico, foi empregado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fase <strong>de</strong> concepção, configurando os espaços a<br />
partir <strong>de</strong> superfícies topológicas, e não euclidianas. O ato <strong>de</strong> projetar virtualmente em 3D, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a concepção,<br />
possibilita uma visão global do objeto projetado que proporcionou ao autor uma percepção diferente,<br />
influênciando a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões ao longo do processo. A transição da fase <strong>de</strong> concepção para elaboração<br />
é uma linha tênue , praticamente imperceptível, pois a síntese e elaboração se fun<strong>de</strong>m em uma mesma<br />
investigação.<br />
5. CONCLUSÃO<br />
No primeiro grupo, o uso <strong>de</strong> tecnologias possivelmente não influenciará o processo criativo, pois a sua<br />
utilização, na maioria das vezes, se limita à chamada “prancheta eletrônica”. Analisando o segundo grupo,<br />
po<strong>de</strong>mos concluir que a utilização <strong>de</strong> tecnologias po<strong>de</strong>rá influenciar o processo criativo, principalmente no<br />
que diz respeito ao <strong>de</strong>senvolvimento do projeto. As novas técnicas auxiliam a visualização, simulação,<br />
análise e execução, sendo facilitadoras e algumas vezes imprescindíveis, mas o processo tradicional <strong>de</strong><br />
projeto não muda. A utilização <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho colaborativo também po<strong>de</strong>rá influenciar o processo<br />
criativo, pois <strong>de</strong>manda do arquiteto o conhecimento e familiarização <strong>de</strong> softwares extranet além <strong>de</strong> necessitar<br />
que os produtos do <strong>de</strong>senvolvimento do objeto projetado sejam digitais. A mudança da comunicação abre<br />
portas para novas experiências e organizações do processo <strong>de</strong> projeto. O terceiro grupo, digital, rompe com<br />
parâmetros tradicionais advindos do Renascimento, como o processo <strong>de</strong> projeto e da morfologia da<br />
edificação. A atual mudança <strong>de</strong> nosso imaginário para tecnológico, cuja virtualização presente é um dos<br />
pontos chave, é refletido na arquitetura e conseqüentemente na sua criação.No processo <strong>de</strong> projeto há a<br />
libertação da co-presença renascentista, mudando assim conceitos <strong>de</strong> presencialida<strong>de</strong> e proporcionalida<strong>de</strong>.<br />
Outros conceitos importantes como <strong>de</strong>smaterialização, <strong>de</strong>sconstrutivismo, digitalização e virtualização são<br />
incorporados.<br />
A busca <strong>de</strong> mutações na Arquitetura tem como conseqüência mudanças no processo criativo, que utiliza<br />
as tecnologias não apenas como ferramentas, e sim como meio virtualizado. Mudanças tanto na maneira do<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma fase como na fusão das mesmas, explicitada nos Knowledge Based Systems. Essas<br />
mutações são também refletidas na linguagem da edificação finalizada. Esse grupo po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado uma<br />
vanguarda <strong>de</strong> uma nova vertente, a arquitetura digital. As mutações também são refletidas nas estruturas e<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> trabalho dos escritórios, on<strong>de</strong> agora gerenciadores <strong>de</strong> sistemas e <strong>de</strong>signers paramétricos fazem<br />
parte da equipe. Há também reflexos na indústria, pois atualmente materiais construtivos não são capazes <strong>de</strong><br />
assumirem as exigências <strong>de</strong>ssas geometrias complexas.<br />
O estudo alerta para tensões frente aos <strong>de</strong>safios a serem enfrentados, exigindo investimento na<br />
capacitação <strong>de</strong> profissionais e alunos da área para que possam incluir os recursos tecnológicos em suas<br />
ativida<strong>de</strong>s com maior clareza e qualida<strong>de</strong>. Ao encontrar novas formas <strong>de</strong> explorar as possibilida<strong>de</strong>s<br />
oferecidas pela tecnologia, intensificando e multiplicando os seus usos, po<strong>de</strong>remos torná-las cada vez mais<br />
úteis, possibilitando, pelo seu conhecimento, tirar <strong>de</strong>las o máximo <strong>de</strong> proveito, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma perspectiva<br />
humanista.<br />
REFERÊNCIAS<br />
_________, 2003. Architectures Non Standard. Centro Pompidou, Paris, França.<br />
Colomina, Beatriz, 2003. Una conversación com Frank Gehry. El proceso <strong>de</strong>l proyecto. El croquis, No. 117, pp. 07-16.<br />
Domingues, Diana, 2003. Arte e vida no século XXI: Tecnologia, ciência e criativida<strong>de</strong>. UNESP, São Paulo, Brasil.<br />
Gomes, Luiz, 2001. Criativida<strong>de</strong>: projeto, <strong>de</strong>senho, produto. sCHDs, Santa Maria, Brasil.<br />
Lévy, Pierre, 1996. O que é virtual? Editora 34, São paulo, Brasil.<br />
McKim, Robert, 1980. apvd Paulo Regal, 2004. Experiences in visual thinkig. PWS Publishing Company, Bostom, USA.<br />
Nesbitt, Kate, 2006. Uma nova agenda para a arquitetura: antologia teórica 1965-1995. apvd Vera Pereira. In: Eisenmam,<br />
Peter. Visões que se <strong>de</strong>sdobram: a arquitetura na era da mídia eletrônica. Cosacnaify, São Paulo, Brasil.<br />
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