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geração (semi)automática de metadados - Universidad Autónoma ...

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palavras do autor, BI teria como um dos objetivos “criar estoques <strong>de</strong> fatos e dados que suportem processos<br />

<strong>de</strong>cisórios fundamentais” (BARBIERI, 2001, p. 5). Os pontos <strong>de</strong> convergência entre business intelligence e<br />

BAM ocorrem na interpretação <strong>de</strong> dados para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Diferentemente <strong>de</strong> BI, BAM adota<br />

processamento em tempo real, o que permite o monitoramento na razão em que os eventos ocorrem.<br />

Há algumas divergências a respeito dos conceitos continentes e conceitos conteúdos entre autores da<br />

Ciência da Computação e da Ciência da Informação. CARVALHO (2001), por exemplo, autora da área da<br />

Ciência da Informação, restringe BI como sendo uma ferramenta (ou metodologia) que é empregada para o<br />

tratamento da informação coletada para fins <strong>de</strong> análise e dis<strong>semi</strong>nação posterior.<br />

Moresi (2001), também autor da área da Ciência da Informação, ao discorrer sobre monitoramento<br />

ambiental, mostra a importância da interpretação <strong>de</strong> eventos para a produção <strong>de</strong> “significados” nas<br />

organizações. No mo<strong>de</strong>lo discutido por Moresi, as ações corporativas <strong>de</strong>correm da interpretação <strong>de</strong> dados<br />

coletados numa etapa <strong>de</strong> monitoramento. Destaca o autor: “...interpretação é o processo <strong>de</strong> traduzir esses<br />

eventos, <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver mo<strong>de</strong>los para o entendimento, <strong>de</strong> produzir significados e <strong>de</strong> construir esquemas<br />

conceituais entre os principais gerentes” (MORESI, 2001). Também neste escopo po<strong>de</strong>-se perceber o encaixe<br />

conceitual para BAM.<br />

Em que pese a ocorrência <strong>de</strong> algumas contradições entre os autores, o que se percebe <strong>de</strong> comum é a interrelação<br />

dos conceitos inteligência competitiva, monitoramento externo (ou ambiental) e monitoramento<br />

interno. Para fins <strong>de</strong>ste artigo, consi<strong>de</strong>rar-se-á BAM como uma solução voltada para o monitoramento<br />

interno como conceito pertencente à inteligência corporativa.<br />

Sob a sigla BAM o conceito <strong>de</strong> monitoração em tempo real está mais associado ao mundo das empresas<br />

fornecedoras <strong>de</strong> soluções <strong>de</strong> TIC e às consultorias do que ao mundo acadêmico propriamente dito (HP, 2006;<br />

Gartner Group, 2005). No mundo corporativo, tal como as <strong>de</strong>mais buzzwords, o contorno para BAM varia <strong>de</strong><br />

acordo com o fornecedor <strong>de</strong> soluções <strong>de</strong> TIC, po<strong>de</strong>ndo incluir ferramentas para gerenciamento <strong>de</strong> processos,<br />

BI e ferramentas <strong>de</strong> apresentação e correlação <strong>de</strong> dados (dashboards).<br />

3. O SERPRO E O EMPREGO DE BAM<br />

Conferência IADIS Ibero-Americana WWW/Internet 2007<br />

O Serviço Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Processamento <strong>de</strong> Dados - SERPRO (www.serpro.gov.br) é a maior empresa pública <strong>de</strong><br />

prestação <strong>de</strong> serviços em tecnologia da informação do Brasil. Foi criado por uma Lei fe<strong>de</strong>ral brasileira em<br />

1964 com o objetivo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnizar e dar agilida<strong>de</strong> a setores estratégicos da administração pública. É uma<br />

empresa vinculada ao Ministério da Fazenda do Brasil e cresceu <strong>de</strong>senvolvendo serviços na área <strong>de</strong> TIC que<br />

permitiram maior controle e transparência sobre a receita e os gastos públicos. O SERPRO está fisicamente<br />

distribuído em <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s brasileiras e emprega 10.000 pessoas, aproximadamente. Do ponto <strong>de</strong><br />

vista organizacional, possui unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio que são voltadas para os clientes, que <strong>de</strong>senvolvem os<br />

sistemas <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> dados; e também unida<strong>de</strong>s internas, que prestam serviços <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

comunicação, <strong>de</strong> consultoria e <strong>de</strong> provimento <strong>de</strong> infra-estrutura <strong>de</strong> servidores, que viabilizam a operação dos<br />

sistemas <strong>de</strong>senvolvidos. As unida<strong>de</strong>s internas são contratadas pelas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> clientes.<br />

Em 1999 o SERPRO criou uma nova área administrativa cujo objetivo era o <strong>de</strong> integrar as unida<strong>de</strong>s<br />

internas, com o foco <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> serviços. Esta nova unida<strong>de</strong> tinha como meta avançar com a maturida<strong>de</strong><br />

dos processos <strong>de</strong> gestão, migrando o foco do gerenciamento <strong>de</strong> recursos para o gerenciamento <strong>de</strong> serviços. O<br />

<strong>de</strong>safio era o <strong>de</strong> unificar as informações provenientes das diferentes unida<strong>de</strong>s internas <strong>de</strong> produção. A partir<br />

<strong>de</strong> 2004, o SERPRO passou a adotar, <strong>de</strong> modo corporativo, os conceitos do ITIL – Information Technology<br />

Library, com o objetivo <strong>de</strong> conduzir o aumento da maturida<strong>de</strong> na administração dos recursos <strong>de</strong> TIC.<br />

Muito embora o SERPRO possua uma única experiência na visualização <strong>de</strong> indicadores-chave <strong>de</strong> negócio<br />

(no caso da entrega das <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong> imposto <strong>de</strong> renda), esta experiência não está dis<strong>semi</strong>nada nem fez uso<br />

<strong>de</strong> uma base conceitual sólida, passível <strong>de</strong> estendê-la a outras unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> clientes.<br />

A forma <strong>de</strong> o SERPRO monitorar os serviços prestados sempre foi a <strong>de</strong> acompanhar cada recurso físico<br />

(ou item <strong>de</strong> configuração, na linguagem do ITIL), individualmente. Deste modo, o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> estabeleceremse<br />

indicadores-chave para negócios representou uma dificulda<strong>de</strong> adicional, qual seja, a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

natureza da cultura da organização, <strong>de</strong> se adotar um conceito novo, por meio do qual os serviços seriam<br />

acompanhados não mais por meio <strong>de</strong> seus recursos físicos, mas sim, por meio <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> negócio. Do<br />

ponto <strong>de</strong> vista da implementação, o <strong>de</strong>safio foi o <strong>de</strong> se <strong>de</strong>scobrir o modo <strong>de</strong> se implementar os conceitos,<br />

traduzindo-se o negócio (no nível mais alto da hierarquia) em recursos computacionais (nível mais baixo da<br />

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