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COSMOS

cosmos_de_carl_sagan

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118 - CosmosImagem noturna do Mar do Japão. Asluzes mais brilhantes são das quase 1.300embarcações das frotas japonesa e coreana,de pesca de lula, utilizadas paraatrair o molusco. Cortesia do DefenseMeteorological Satellite Program.Selo postal soviético ilustrando a descidada espaçonave Marte 3, ainda em sua coberturade proteção de aterrissagem, nomeio de uma tempestade de poeira violentaem 2 de dezembro de 1971.as fotografias orbitais mostravam esses padrões mutáveis.Nossas garantias não podiam ser 100% seguras. Por exemplo,poderíamos imaginar um sítio de pouso no qual os ventos eramtão fortes que toda a areia a ser removida já tinha sido levada enão teríamos a indicação dos ventos existentes na área. Asprevisões meteorológicas detalhadas sobre o tempo atmosféricoem Marte eram naturalmente muito menos seguras do que asprevisões para a Terra. (Em verdade um dos muitos objetivos damissão Viking era ampliar a nossa compreensão do tempo emambos os planetas.)Pelas limitações de comunicação e temperatura, a Vikingnão poderia descer em latitudes altas de Marte. Em uma distânciamaior do que 45 ou 50 graus em direção aos pólos, emambos os hemisférios, o tempo útil de comunicação daespaçonave com a Terra e o período durante o qual a naveevitaria as temperaturas perigosamente baixas teriam que serdrasticamente curtos.Não desejávamos um pouso em um local muitoacidentado. A espaçonave poderia ter saltado e quebrado, oupelo menos o seu braço mecânico, tentando recolher amostrasdo solo marciano, poderia ter entortado ou deixado ondulandosem esperanças a um metro acima da superfície. Igualmentenão desejaríamos pousar em lugares muito macios. Se as trêstraves de pouso da espaçonave afundassem muito em um solopouco compacto, haveria várias conseqüências indesejáveis,incluindo a imobilização do braço de recolhimento de amostras.Também não desejávamos um solo muito duro — sepousássemos em um campo de lava vitrificada, por exemplo,com nenhuma matéria pulverizada, o braço mecânico nãoconseguiria recolher as amostras vitais para as experiênciasquímicas e biológicas estipuladas.As melhores fotografias disponíveis de Marte, tiradas abordo na Mariner 9 em órbita, mostram formas de, no mínimo, 90metros (100 jardas) de extensão. As da Viking foram um poucomelhores. Pedras de um metro (três pés) eram inteiramenteinvisíveis nas primeiras fotos e poderiam ter provocadoconseqüências desastrosas para a Viking. Além disso, a poeiramacia e profunda seria indetectável nas fotos. Felizmente, háuma técnica que nos permitiu determinar a aspereza ou a suavidadedo local-candidato: o radar. Um local áspero espalharia ofeixe de radar da Terra para os lados e apareceria com poucoreflexo, ou imagens escuras. Um lugar muito macio tambémapareceria com pouco reflexo pelos vários interstícios entre osgrãos de areia espalhados. Enquanto permanecermos incapazesde distinguir locais ásperos dos macios, não haverá necessidadede fazer tal distinção para uma seleção de sítio de pouso, poisambos sabemos serem perigosos. As perspectivas preliminarespelo radar sugerem que entre um quarto a um terço da área dasuperfície de Marte deve ser radar-escuro e, portanto, perigosapara a Viking. Mas nem tudo de Marte pode ser visto por umradar com base na Terra, somente uma parte entre 25° N e 25°S. A nave Viking não possui sistema de radar próprio paramapear a superfície.

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