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COSMOS

cosmos_de_carl_sagan

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246 - CosmosA Galáxia do Redemoinho, M51 (o 51.°objeto no catálogo de Charles Messier),também chamada de NGC 5194. Em1845, William Parsons, terceiro Conde deRosse, descobriu a estrutura espiral desta"nebulosa", a primeira galáxia com estaestrutura a ser observada. A treze milhõesde anos-luz de distância, está sendo gravitacionalmentedeformada pela sua pequenacompanheira galáctica, a NGC 5195(abaixo). Cortesia dos Hale Observatories.A Grande Galáxia em Andrômeda, M31, éo objeto mais distante no Cosmos visívelda Terra a olho nu, Com pelo menos setebraços espirais, ela lembra a nossa Vialáctea.Membro do Grupo Local das galáxias,se encontra a cerca de 2,3 milhõesde anos-luz de nós. A M31 tem, circulandoà sua volta, duas galáxias anãs elípticas, aNGC 205 e, logo acima da espiral, a M32.Cortesia dos Hale Observatories.HÁ DEZ OU VINTE BILHÕES DE ANOS aconteceu uma coisa —o Big Bang, o evento que iniciou o nosso universo. Por que aconteceué o nosso maior mistério. Que aconteceu, é racionalmenteclaro. Toda a matéria e energia atuais no universo estavam concentradasem uma densidade extremamente alta, um tipo de ovocósmico, remanescente dos mitos da criação de muitas culturas,talvez num ponto matemático com nenhuma dimensão. Não quea matéria e a energia tivessem sido comprimidas em um pequenocanto do universo atual, mas o universo inteiro, matéria e e-nergia, e o espaço que preenchem, ocupavam um volume muitopequeno. Não havia muito lugar para os eventos acontecerem.Nesta explosão cósmica titânica, o universo iniciou umaexpansão que nunca cessou. É um engano descrever a expansãodo universo como uma bolha crescendo, vista do lado defora. Por definição, nada do que sabemos estava do lado de fora.É melhor pensar nela do lado de dentro, talvez com uma grade— imaginemos uma aderência a uma estrutura em movimento doespaço — expandindo uniformemente em todas as direções. Àmedida que o espaço se estendeu, a matéria e a energia no universoexpandiram com ele e esfriaram rapidamente. A radiaçãoda bola de fogo cósmica que, então, como agora, preenchia ouniverso, moveu-se no espectro, dos raios gama aos raios X e àluz ultravioleta, através do arco-íris de cores do espectro visível,às regiões do infravermelho e do rádio. Os resquícios desta bolade fogo; a radiação do palco cósmico, emanando de todas aspartes do céu podem ser detectados pelos radiotelescópios dehoje. No início do universo, o espaço era brilhantemente iluminado.À medida que o tempo passou, sua estrutura continuou ase expandir, a radiação a esfriar em luz visível ordinária; pelaprimeira vez, o espaço tornou-se escuro, como o é hoje.O universo, no princípio, era cheio de radiação e pleno dematéria, originalmente hidrogênio e hélio, formados das partículaselementares na densa bola de fogo primitiva. Havia muitopouco a ser visto, se houvesse alguém para fazê-lo. Então, diminutosreceptáculos de gás, sem formas-padrão começaram acrescer. Formaram-se rebentos de imensas nuvens delgadas degás, colônias de grandes troncos, formas girando lentamente,brilhando com constância, formas brutas contendo eventualmentecem bilhões de pontos brilhantes. Formaram-se as maioresestruturas reconhecíveis no universo. Nós as vemos hoje. Nóspróprios habitamos uma esquina perdida delas. Chamamo-las degaláxias.Um bilhão de anos após o Big Bang, a distribuição da matériado universo tornou-se um pouco granulosa, talvez pelo próprioBig Bang não ter sido perfeitamente uniforme. A matéria ficoumais densamente compacta nestes grânulos do que em outroslocais. Sua gravidade arrastou para eles quantidades substanciaisdo gás à volta, nuvens avolumando-se de hidrogênio ehélio que estavam destinados a tornarem-se aglomerados degaláxias. Um grânulo inicial sem forma e muito pequeno era suficientepara produzir posteriormente condensações substanciaisde matéria.

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