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COSMOS

cosmos_de_carl_sagan

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50 - CosmosMovimento retrógrado do planeta Marte,em linha vermelha, ao longo de váriosmeses, visto contra o fundo das constelações.Movimento aparente, ao longo de váriosmeses, através das mesmas constelaçõesde vários planetas.de um determinado horóscopo. Em testes minuciosos, foramincapazes de prever o caráter e o futuro de pessoas sobre asquais nada sabiam, exceto a época e o local do nascimento.*Há um aspecto curioso a respeito das bandeirasnacionais do planeta Terra. A dos Estados Unidos possuicinqüenta estrelas; a da União Soviética e a de Israel, uma;Birmânia, quatorze; Granada e Venezuela, sete; China, cinco;Iraque, três; São Tome e Príncipe, duas; Japão, Uruguai,Malawi, Bangladesh e Tailândia, o Sol; Brasil, uma esferaceleste; Austrália, Samoa Ocidental, Nova Zelândia e Papua,Nova Guiné, a constelação do Cruzeiro do Sul; Bhutan, odragão-pérola, símbolo da Terra; Camboja, o observatórioastronômico de Angkor Wat; índia, Coréia do Sul e a Repúblicada Mongólia, símbolos cosmológicos. Muitas nações socialistasexibem estrelas, muitas nações islâmicas exibem luascrescentes. Quase metade das nossas bandeiras nacionaisexibem símbolos astronômicos. O fenômeno é transcultural, nãosectárioe geral. Também não é restrito ao nosso tempo: o selocilíndrico sumeriano, do terceiro milênio A.C. e as bandeirastaoístas na China pré-revolucionária exibiam constelações. Asnações, eu não duvido, desejam abranger algo com o poder e acredibilidade dos céus. Procuramos uma conexão com oCosmos. Queremos considerar a grande escala das coisas, eacontece que estamos conectados, não em um padrão pessoal,de pequena escala, sem imaginação, que os astrólogospretendem, mas de modo mais profundo, envolvendo a origemda matéria, a habitabilidade da Terra, evolução e destino daespécie humana, temas aos quais retornaremos.A astrologia popular moderna remonta diretamente aClaudius Ptolemaeus, a quem chamamos de Ptolomeu, emboranão tivesse nenhuma relação com os reis do mesmo nome. Eletrabalhou na Biblioteca de Alexandria no século II. Todo esteaspecto misterioso sobre planetas ascendentes nesta ou naquela"casa" solar ou lunar, ou a "Era de Aquário" provém dePtolomeu, que codificou a tradição astrológica babilônica. Aquitemos um horóscopo típico do tempo de Ptolomeu, escrito emgrego, em um papiro, para uma menina nascida no ano 150: "Onascimento de Philoe. O 10.° ano do imperador Antonius Caesar,Phamenoth 15 a 16, primeira hora da noite. Sol em Peixes,Júpiter e Mercúrio em Áries, Saturno em Câncer, Marte em*O ceticismo em relação à astrologia e às doutrinas correlatas não é nemrecente, nem exclusivo da sociedade ocidental. Por exemplo, em Ensaiossobre a Inutilidade, escrito em 1332 por Tsurezuregusa, de Kenko,encontramos:Os ensinamentos Yin-Yang (no Japão) não têm nada a dizer sobreos Dias de Língua Vermelha. As pessoas antigas não evitaramesses dias, mas as de hoje — gostaria de saber o responsável peloinício desse costume — dizem coisas como "Uma contenda iniciadaem um Dia da Língua Vermelha nunca terá um fim", ou "Qualquercoisa dita ou iniciada em um Dia da Língua Vermelha deverá resultarem nada: você perde o que ganhou, seus planos não se realizam".Que insensatez! Se alguém contar os projetos iniciados "dias desorte" cuidadosamente selecionados que resultaram em nada,provavelmente serão tantos quantos as lutas sem proveitocomeçadas em dias da Língua Vermelha.

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