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COSMOS

cosmos_de_carl_sagan

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Céu e Inferno - 87A Terra está muito próxima da Lua. Se esta apresenta-setão castigada pelas crateras de impacto, como a Terra as evitou?Por que crateras como a do Meteoro são raras? Será quecometas e asteróides têm como imprudente impactar um planetahabitado? Isto é uma indulgência improvável. A única explicaçãopossível é que as crateras de impacto são formadas de modomuito semelhante tanto na Terra como na Lua, mas nesta, sem are água, elas são preservadas por períodos imensos de tempo,enquanto que, na Terra, a erosão lenta apaga-as ou enche-as. Aágua corrente, a areia soprada pelo vento e a construção de umamontanha são processos muito lentos, mas milhões ou bilhões deanos são capazes de apagar lentamente até mesmo as cicatrizesdos grandes impactos.Na superfície de qualquer lua ou planeta, haveráprocessos externos, como impactos do espaço, e processosinternos como terremotos; haverá eventos catastróficos rápidos,como explosões vulcânicas e processos de lentidão cruciantescomo a escavação da superfície por pequenos grãos de areiatrazidos no ar. Não há uma resposta geral para a pergunta dequais processos são dominantes, os externos ou os internos, oseventos raros mas violentos, ou as ocorrências comuns eimperceptíveis. Na Lua, os eventos externos catastróficosgovernam; na Terra, os processos internos e lentos dominam.Marte é um caso intermediário.Entre as órbitas de Marte e Júpiter está um incontável númerode asteróides, pequeníssimos planetas terrestres. Osmaiores possuem poucas centenas de quilômetros. Muitos possuemformas oblongas e estão rolando pelo espaço. Em algunscasos parecem estar dois ou mais asteróides em órbitas mútuas efechadas. Colisões entre asteróides acontecem com freqüência, eocasionalmente um pedaço é cortado, interceptando acidentalmentea Terra, caindo ao solo como um meteorito. Emexibição em nossos museus, estão fragmentos de mundos distantes.O cinturão de asteróides é um grande moinho de trituração,produzindo pedaços cada vez menores até partículas depoeira. Os maiores pedaços de asteróides, junto com os cometas,são os principais responsáveis pelas crateras recentes emsuperfícies planetárias. O cinturão de asteróides pode ser umlugar onde não se tenha formado um planeta em conseqüênciadas marés gravitacionais do gigante próximo, Júpiter, ou talvezsejam os remanescentes espalhados de um planeta que explodiu,embora isto pareça improvável, porque nenhum cientista na Terrasabe como um planeta pode explodir.Os anéis de Saturno lembram a aparência de asteróides:trilhões de pequenas luazinhas geladas orbitando o planeta.Podem representar debris que a gravidade de Saturno impediu dese unirem em uma lua próxima, ou podem ser os remanescentesde uma lua que vagou muito próximo e foi despedaçada pelasmarés gravitacionais. Ou talvez sejam o estado estável deequilíbrio entre o material ejetado de uma lua de Saturno, comoTitã, e o que é atraído para a atmosfera do planeta. Júpiter eUrano também possuem sistemas anelares, descobertos somenteem tempos recentes e quase que invisíveis da Terra. Se Netunopossui um anel é um problema que consta da agendarrrrrrrrrrrrrrrrrrFace oculta da Lua com muitas crateras.Até o advento dos veículos espaciais, estavisão era inteiramente desconhecida doshabitantes da Terra. Foi primeiro observadapelos veículos lunares da União Soviética.As marés gravitacionais do nossoplaneta forçam a Lua a completar umarotação a cada mês, resultando em umhemisfério permanentemente voltado paraa Terra e o outro permanentemente oculto.As manchas escuras na parte superiordireita são os pequenos mares. São maisdestacadas no hemisfério voltado para aTerra e produzem o "Homem na Lua". FotoApollo Orbiter. Cortesia da NASA.

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