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COSMOS

cosmos_de_carl_sagan

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256 - CosmosNovas estrelas estão sendo formadas na"ponte" que une duas galáxias (ESOB138 — IG29, 30). Imagem em cor falsaampliada por computador. Cortesia deArthur Hoag e Kitt Peak NationalObserva-tory.Milton Humason, astrônomo (1891-1957). Cortesia dos Hale Observatories.conectando-as. Se o desvio para o vermelho é devido à expansãodo universo, desvios para o vermelho muito diferentes implicamem distâncias muito diferentes. Duas galáxias fisicamente unidasdificilmente podem estar também muito separadas uma da outra,em alguns casos por um bilhão de anos-luz. Os céticos dizem quea associação é puramente estatística; que, por exemplo, umagaláxia brilhante próxima e um quasar muito mais distante, cadaum com o desvio para o vermelho bem diferente do outro, bemcomo a velocidade de recessão, estão meramente alinhados demodo acidental ao longo da linha de visada; que não têmnenhuma associação física real. Tais alinhamentos estatísticospodem acontecer ao acaso de vez em quando. O debate seprende ao aspecto se o número de coincidências é mais do queseria esperado pelo acaso. Arp aponta outros casos nos quaisuma galáxia, com um pequeno desvio para o vermelho, estáflanqueada por dois quasars de grandes e quase iguais desviospara o vermelho. Ele acredita que os quasars não estejam adistâncias cosmológicas, mas que, ao contrário, estejam sendoejetados, para a esquerda e para a direita, pela galáxia em"primeiro plano", e que os desvios para o vermelho sejam oresultado de algum mecanismo até então impenetrado. Os céticossustentam o alinhamento coincidental e a interpretaçãoconvencional de Hubble-Humason do desvio para o vermelho. SeArp estiver certo, os mecanismos exóticos propostos para explicara fonte energética dos quasars distantes — reações em cadeia desupernovas, buracos negros supermassivos e outros — nãoserão necessários. Os quasars então não precisam estar tãodistantes. Outro mecanismo exótico será exigido para explicar odesvio para o vermelho. Em qualquer caso, algo muito estranhoestá acontecendo nas profundezas do espaço.A recessão aparente das galáxias, com o desvio para overmelho interpretado pelo efeito Doppler, não é a única evidênciado Big Bang. Outras, independentes e muito persuasivas,desviam da radiação de corpo negro de fundo cósmico, a débilestática de ondas de rádio provenientes, de modo bem uniforme,de todas as direções do Cosmos, na intensidade esperada, emnossa época, da radiação agora substancialmente resfriada doBig Bang. Aqui também há algo desconcertante. Observaçõescom uma antena sensível de rádio, levada próximo ao topo daatmosfera terrestre em um avião U-2, mostraram que a radiaçãode fundo é, em uma primeira aproximação, intensa em todas asdireções, como se a bola de fogo do Big Bang tivesse expandidouniformemente, uma origem do universo com uma simetria muitoprecisa. Mas a radiação de fundo, quando examinada com maioracuro, mostra ser imprecisamente simétrica. Há um pequenoefeito sistemático que poderia ser entendido se a Via-lácteainteira (e presumivelmente outros membros do Grupo Local)estivesse se movendo em direção ao aglomerado de galáxias deVirgo a mais de um milhão de milhas por hora (600 quilômetrospor segundo). Neste ritmo, nós o atingiremos em dez bilhões deanos, e a astronomia extragaláctica estará bem facilitada. Oaglomerado de Virgo é a coleção de galáxias mais rica conhecida,repleta de espirais, elípticas e irregulares, uma caixa de jóiasrrrrrrr

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