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COSMOS

cosmos_de_carl_sagan

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220 - CosmosÁtomos de marcassita, ampliados 4,5 milhõesde vezes por um microscópio, utilizandoa luz visível e o raio X. A marcassitaé um cristal no qual a unidade FeS 2 érepetida, Fe representando o ferro(manchas grandes) e S para enxofre(mancha pequena formada por um par aolado de cada átomo de ferro). Cortesia doInstitute Professor Marin J. Buerger,Massachusetts Institute of Technology.não haver espaço em nenhum lugar vazio, ainda haveria somentecerca de 10 128 partículas nele, pouco mais do que googol,mas trivialmente pequeno se comparado a um googolplexo. E,embora esses números, o googol e o googolplexo, não sejampróximos, eles não chegam perto da idéia do infinito. Um googolplexoestá precisamente tão longe do infinito quanto o númeroum. Podemos tentar escrever um googolplexo, mas é somenteuma ambição. Um pedaço de papel grande o suficiente paraconter todos os zeros de um googolplexo escritos explicitamentenão poderia ser atestado no universo conhecido. Felizmente háum modo mais simples e bem conciso de se escrever umgoogolplexo: 10 10¹ºº — infinito, ou ∞.Em uma torta de maçã queimada, o carvão será principalmentecarbono. Noventa cortes e chegaremos a um átomo decarvão, com seis prótons, seis nêutrons em seu núcleo e seiselétrons em sua nuvem exterior. Se retirarmos um pedaço donúcleo, por exemplo, com dois prótons e dois nêutrons, não seráum núcleo de um átomo de carbono, mas sim o núcleo de umátomo de hélio. Este corte ou fissão do núcleo atômico ocorre emarmas nucleares e em máquinas convencionais de potêncianuclear, embora não seja o carbono que se parte. Se fizermos ononagésimo primeiro corte na torta de maçã, se partirmos umnúcleo de carbono, não faremos um pedaço ainda menor decarbono, mas alguma coisa a mais, um átomo com propriedadesquímicas inteiramente diferentes. Quando cortamos um átomo,transmutamos os elementos.Suponhamos que prosseguíssemos. Os átomos sãoformados de prótons, nêutrons e elétrons. Podemos partir um próton?Se bombardearmos os prótons com altas energias de outraspartículas elementares, outros prótons, por exemplo, começaremosa ver de relance unidades mais fundamentaisescondendo-se dentro do próton. Os físicos propõem que aschamadas partículas elementares como prótons e nêutrons são,na verdade, formadas de partículas ainda mais elementareschamadas quarks, que aparecem em uma variedade de "cores" e"sabores", pois suas propriedades foram denominadas em umatentativa pungente de tornar o mundo subnuclear um pouquinhomais familiar. Serão os quarks os últimos constituintes da matéria,ou serão eles também compostos de partículas ainda menores emais elementares? Chegaremos nós a um ponto final em nossacompreensão da natureza da matéria, ou haverá uma regressãoinfinita em partículas cada vez mais fundamentais? Este é um dosgrandes problemas sem solução da ciência.A transmutação dos elementos foi realizada em laboratóriosda idade medieval em uma pesquisa chamada alquimia.Muitos alquimistas acreditavam que toda a matéria era umamistura de quatro substâncias elementares: água, ar terra e fogo,uma antiga especulação jônica. Alterando as proporçõesrrrrrrrrrrrrr

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