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COSMOS

cosmos_de_carl_sagan

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Viajando no Espaço e no Tempo -197A aparência das constelações muda no espaço e no tempo,não somente se alterarmos nossa posição mas também se esperarmoso suficiente. Algumas estrelas movem-se juntas, em umgrupo ou aglomerado, outras vezes uma única estrela pode moversemuito rapidamente em relação às suas companheiras.Eventualmente deixam uma constelação antiga e penetram emuma outra. Ocasionalmente um membro de um sistema de estreladuplaexplode, rompendo as algemas gravitacionais que a unem àsua companheira que então salta no espaço na velocidade orbitalinicial, um tiro no céu. Além disso as estrelas nascem, evoluem emorrem. Se esperarmos o suficiente, novas estrelas aparecerão evelhas sumirão. Os padrões no céu lentamente se dissolvem e sealteram.Mesmo durante a existência da espécie humana, algunsmilhões de anos, as constelações têm-se alterado. Consideremos aatual configuração da Ursa Maior. Nosso computador pode nostransportar no tempo e no espaço. Quando andamos para trás notempo, considerando o movimento das estrelas que a formam,descobrimos uma aparência bem diferente há um milhão de anos.A Ursa Maior se parecia então com uma lança. Se a máquina dotempo nos mergulhar precipitadamente em algum tempodesconhecido no passado distante, poderemos, em princípio,determinar a época pela configuração das estrelas: se a Ursa Maiorfor uma lança, deverá ser o Período Pleistoceno médio.Também podemos pedir ao computador que avance notempo. Consideremos o Leão. O zodíaco é uma faixa de dozeconstelações aparentemente disposta em círculo no céu nocaminho anual aparente do Sol pelos céus. A raiz da palavra é zoo,por causa das constelações zodiacais, como Leão, apresentaremprincipalmente a forma de animais. Daqui a um milhão de anos, oLeão se parecerá ainda menos com este animal do que hoje.Talvez nossos descendentes remotos a chamem de constelação doradiotelescópio, embora suspeite que daqui a um milhão de anos oradiotelescópio terá se tornado mais obsoleto do que o é a lança depedra hoje.A constelação de Órion (não-zodiacal), o caçador, é delineadapor quatro estrelas brilhantes e seccionadas por uma linhadiagonal de três estrelas que representam o cinturão do caçador.Três estrelas mais pálidas caindo do cinturão são, de acordo com aperspectiva astronômica, a espada de Órion. A estrela do meio daespada não é realmente uma estrela, mas uma grande nuvem degás chamada Nebulosa de Órion, na qual estrelas estão nascendo.Muitas delas são quentes e jovens, evoluindo rapidamente eterminando suas vidas em explosões cósmicas colossais chamadassupernovas. Elas nascem e morrem em períodos de dez milhõesde anos. Se em nosso computador avançássemos no futuro, emÓrion, veríamos um fantástico efeito, nascimentos e mortesespetaculares de muitas destas estrelas, cintilando e piscandocomo pirilampos na noite.A circunvizinhança solar, o ambiente imediato do Sol noespaço, inclui o sistema estelar mais próximo, o Alfa Centauro. É,na verdade, um sistema triplo, duas estrelas girando uma em tornoda outra, e uma terceira, a Próxima Centauro, orbitando oImagens da Ursa Maior, geradas porcomputador, de como deveria ser vista daTerra há um milhão e a meio milhão deanos. Sua forma atual é apresentada porúltimo.

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