15.05.2013 Views

o texto literário no ensino de espanhol como língua ... - UERN

o texto literário no ensino de espanhol como língua ... - UERN

o texto literário no ensino de espanhol como língua ... - UERN

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

1.4 Sobre o <strong>texto</strong> <strong>literário</strong><br />

Vários, são os trabalhos em relação à utilização do <strong>texto</strong> <strong>literário</strong> <strong>no</strong> ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> <strong>língua</strong><br />

tanto materna quanto estrangeira. O trabalho com a leitura literária, segundo Jouve (2002, p.<br />

137), “supõe uma cultura”; nesse sentido “a leitura literária tem, portanto, um duplo interesse<br />

em <strong>no</strong>s mergulhar numa cultura e fazer explodir os limites”, por outro lado o “<strong>texto</strong> <strong>literário</strong><br />

remete sempre uma pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> significações”, e isso é enriquecedor para o pla<strong>no</strong><br />

intelectual e investe <strong>no</strong> imaginário.<br />

Enten<strong>de</strong>mos que o <strong>texto</strong> <strong>literário</strong> se caracteriza pela sua especificida<strong>de</strong> estética, ou<br />

seja, está aberto a inúmeras interpretações, mas isso não quer dizer, contudo, que se permita<br />

qualquer leitura. Em outras palavras, o <strong>texto</strong> <strong>literário</strong> tem um caráter múltiplo e<br />

plurissignificativo, permitindo, assim, que através <strong>de</strong>ste, o leitor se torne um agente ativo já<br />

que ele tem diversas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dar significações ao <strong>texto</strong>; posto que não se possa<br />

reduzir, limitar as interpretações do <strong>texto</strong> a uma única, tanto quanto não se autoriza varias<br />

leituras, pois,<br />

[...] O <strong>texto</strong> <strong>literário</strong> remete sempre a uma pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> significações [...].<br />

O leitor dispõe assim <strong>de</strong> certa latitu<strong>de</strong> quanto a sua interpretação. A leitura<br />

literária é, mais do que qualquer uma, marcada subjetivamente:<br />

enriquecedora <strong>no</strong> pla<strong>no</strong> intelectual, autoriza também o investimento<br />

imaginário [...]. De essa forma <strong>de</strong>senha se para cada indivíduo um espaço<br />

ambíguo on<strong>de</strong> graças à leitura, o psíquico e o social reformulam suas<br />

relações. [...] “a mo<strong>de</strong>lização por uma experiência <strong>de</strong> realida<strong>de</strong> fictícia”.<br />

Trata-se aqui do papel pedagógico da leitura. Mo<strong>de</strong>lizar uma situação é<br />

propor ao leitor experimentar <strong>no</strong> modo imaginário uma cena que ele po<strong>de</strong>ria<br />

viver na realida<strong>de</strong>: a leitura, em outras palavras, permite “experimentar”<br />

situações. (JOUVE, 2002, p. 137-138).<br />

Diante do exposto, observamos que o <strong>texto</strong> <strong>literário</strong>, haja vista as suas características<br />

provocam <strong>no</strong> leitor, diversas nuances que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a imaginação, passando pelas<br />

experiências vividas pelo leitor, configurando-se <strong>no</strong> papel pedagógico/mediação <strong>de</strong> outros<br />

mais experientes, dado o caráter <strong>de</strong> interação atribuído ao ato <strong>de</strong> ler. Assim sendo, a interação<br />

que ocorre entre <strong>texto</strong> e leitor, <strong>de</strong> modo que este último <strong>no</strong> ato da leitura participa ativamente<br />

da construção e atribuição <strong>de</strong> sentido ao lido.<br />

Na perspectiva pedagógica, a leitura <strong>de</strong> literatura permite-<strong>no</strong>s “experimentar”,<br />

mesmo que sejam <strong>no</strong> imaginário, situações que po<strong>de</strong>riam ser vivenciadas na “realida<strong>de</strong>”<br />

(JOUVE, 2002, p. 137).<br />

26

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!