o texto literário no ensino de espanhol como língua ... - UERN
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<strong>de</strong> um ouvinte. Há uma característica comum a todos os poemas, sem a qual<br />
nunca seriam poesia: a participação. Cada vez que o leitor revive realmente o<br />
poema, atinge um estado que po<strong>de</strong>mos na verda<strong>de</strong>, chamar <strong>de</strong> poético. A<br />
experiência po<strong>de</strong> adotar esta ou aquela forma, mas é sempre ir além <strong>de</strong> si,<br />
um romper os muros temporais, para ser outro. [...] O poema é mediação:<br />
graças a ele, o tempo original, pai dos tempos, encarne-se num momento. A<br />
sucessão se converte em presente puro, manancial que se alimenta a si<br />
próprio e transmuta o homem. A leitura do poema mostra gran<strong>de</strong> semelhança<br />
com a criação poética. O poeta cria imagens, poemas; o poema faz do leitor<br />
imagem, poesia. (PAZ, 1982, p. 29-30).<br />
Desse modo, o poema, enquanto artefato artístico, uso diferenciado com a<br />
linguagem, possibilita a materialização da poesia. Assim, diante do que foi abordado,<br />
compreen<strong>de</strong>mos a literatura <strong>como</strong> uma forma <strong>de</strong> manifestação artística do homem, logo<br />
situada num tempo, numa socieda<strong>de</strong>, numa experiência <strong>de</strong> vida, num i<strong>de</strong>al.<br />
1.5 O planejamento e o processo <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong> da leitura literária<br />
Neste item, apresentamos algumas concepções sobre o planejamento e sua<br />
importância <strong>no</strong> processo <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong>-aprendizagem <strong>de</strong> uma <strong>língua</strong> estrangeira através da leitura<br />
literária. Para trabalhar com a leitura <strong>de</strong> <strong>texto</strong>s <strong>literário</strong>s na sala <strong>de</strong> aula, <strong>de</strong>vemos ter em conta<br />
diversos aspectos, já que uma diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fatores intervém nessa prática. Dentre esses<br />
aspectos, po<strong>de</strong>mos citar a relação teoria-prática, cujo planejamento, segundo Sampaio (2005),<br />
se constitui em instrumento mediador nessa relação em sala <strong>de</strong> aula. De modo que o<br />
planejamento e a mediação funcionam <strong>como</strong> duas faces da mesma moeda.<br />
Sabemos que, <strong>no</strong> trabalho pedagógico em sala <strong>de</strong> aula, especialmente <strong>no</strong> trabalho<br />
com a leitura, o professor <strong>de</strong>ve fundamentar-se <strong>no</strong> pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> aula, enquanto instrumento <strong>de</strong><br />
reflexão sobre a teoria e a prática. Lembramos, portanto, que o professor na sala <strong>de</strong> aula tem a<br />
função <strong>de</strong> mediador e, <strong>como</strong> tal, <strong>de</strong>ve buscar estratégias pedagógicas que contribuam para o<br />
ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> leitura, a fim <strong>de</strong> lograr uma aprendizagem significativa por parte dos alu<strong>no</strong>s.<br />
Assim, é que diversos elementos <strong>de</strong>vem ser pensados, <strong>no</strong> momento do planejamento, os quais<br />
vão interferir <strong>no</strong> processo <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong>-aprendizagem. Esses elementos vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o momento <strong>de</strong><br />
ingressar à sala <strong>de</strong> aula até a escolha do material <strong>de</strong> estudo (<strong>texto</strong>s) e as ativida<strong>de</strong>s previstas<br />
<strong>no</strong> início, durante e o térmi<strong>no</strong> do processo.<br />
O planejamento, <strong>como</strong> processo que antece<strong>de</strong> às ações, tem <strong>como</strong> função organizar<br />
<strong>de</strong> modo qualitativo e estruturado a prática pedagógica, cujas intervenções <strong>de</strong>vem estar<br />
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