Doing Business Angola - Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da ...
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<strong>Doing</strong> <strong>Business</strong> <strong>Angola</strong><br />
19. Principais Sectores de Activi<strong>da</strong>de<br />
19.2 Pescas<br />
<strong>Angola</strong> é um país com uma vasta orla marítima e com acesso directo a recursos piscatórios no<br />
oceano Atlântico. O peixe é um alimento muito importante na dieta dos angolanos, sendo<br />
consumido sobretudo seco ou salgado, <strong>da</strong><strong>da</strong>s as dificul<strong>da</strong>des de conservação do mesmo.<br />
A nova lei <strong>da</strong>s pescas ou Lei dos Recursos Biológico Aquáticos (Lei n.º 6-A/04, de 8 de<br />
Outubro) estabelece as bases <strong>da</strong>s políticas para a conservação e renovação sustentável dos<br />
recursos biológicos aquáticos e os princípios que devem orientar a sua exploração e uso,<br />
consagrando princípios de sustentabili<strong>da</strong>de e responsabili<strong>da</strong>de ambiental importados <strong>da</strong> Lei<br />
de Bases do Ambiente (Lei n.º 5/98, de 19 de Junho). A lei regula ain<strong>da</strong> o licenciamento<br />
de estabelecimentos de processamento e ven<strong>da</strong> de peixe e produtos <strong>da</strong> pesca, assim como<br />
a constituição (mediante concessão do Ministro <strong>da</strong> Agricultura, Desenvolvimento Rural e<br />
Pescas) e extinção de direitos de pesca.<br />
Nos termos desta lei, a pesca em <strong>Angola</strong> pode ser marítima ou continental e comercial ou<br />
não comercial. A pesca comercial é industrial, semi-industrial ou artesanal conforme os<br />
equipamentos utilizados, volume de captura e o destino a <strong>da</strong>r ao pescado. A pesca artesanal<br />
representa uma parcela considerável do volume total e valor na pesca angolana.<br />
O Regulamento Geral <strong>da</strong> Pesca (Decreto n.º 41/05, de 13 de Junho) estabelece as regras<br />
gerais e comuns para a implementação <strong>da</strong> Lei dos Recursos Biológico Aquáticos, versando<br />
nomea<strong>da</strong>mente o ordenamento <strong>da</strong> pesca, medi<strong>da</strong>s de conservação e preservação dos recursos<br />
marítimos e o registo, segurança e seguros <strong>da</strong>s embarcações de pesca.<br />
Na sequência de uma série de reformas políticas e económicas, o Estado angolano tem<br />
procurado modificar o seu papel neste sector, tendo-se assistido nos últimos anos à<br />
liberalização dos preços e à privatização de algumas empresas e estando em curso a<br />
preparação de condições para a privatização de outras de maior dimensão. O Estado passou<br />
assim a limitar a sua acção neste sector à gestão dos recursos, à fiscalização, ao apoio ao<br />
desenvolvimento e à criação de infra-estruturas portuárias.<br />
Para o período de 2012/2017, estão estabelecidos objectivos de recuperação dos recursos<br />
piscatórios, melhoria <strong>da</strong>s infra-estruturas de suporte, desenvolvimento <strong>da</strong> indústria de<br />
sal e formação de recursos humanos. Foi também anuncia<strong>da</strong> a intenção de concessão de<br />
incentivos ao sector privado na área de construção de navios, visando a reabilitação <strong>da</strong>s<br />
frotas. Será também <strong>da</strong><strong>da</strong> a possibili<strong>da</strong>de de participação às enti<strong>da</strong>des do sector privado<br />
na construção de complexos de refrigeração e conservação de peixe, sendo a redução <strong>da</strong><br />
utilização de conservas de peixe um dos objectivos dos projectos anunciados.<br />
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