Desenvolvimento de um VeÃculo Aéreo Não-Tripulado - LARA ...
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adiciona mais <strong>um</strong>a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se utilizar <strong>um</strong> mo<strong>de</strong>lo não linear.<br />
Vale dizer que a i<strong>de</strong>ntificação não se comporta muito bem com extrapolação. Isso significa que<br />
o mo<strong>de</strong>lo i<strong>de</strong>ntificado funciona bem, caso a validação tenha retornado bons valores, para a faixa<br />
<strong>de</strong> operação no qual foi i<strong>de</strong>ntificado. Isso é bem evi<strong>de</strong>nte em todos os mo<strong>de</strong>los implementados<br />
para a aeronave. O mo<strong>de</strong>lo linear só funciona bem <strong>de</strong>ntro da faixa i<strong>de</strong>ntificada, pois o processo só<br />
po<strong>de</strong> ser linearizado daquela forma naquele ponto <strong>de</strong> operação. Em outros lugares a linearização<br />
evi<strong>de</strong>ntemente será diferente. No mo<strong>de</strong>lo não linear, por mais amplo e completo que ele seja para<br />
esse caso, como foi citado na Seção 6.5.5, os seus parâmetros sofrem influência <strong>de</strong> cada modo <strong>de</strong><br />
voo, apresentando modificações em suas magnitu<strong>de</strong>s.<br />
Então <strong>de</strong>vemos colher os sinais <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação (entrada) e as respostas do sistema para fazer<br />
a i<strong>de</strong>ntificação utilizando as ferramentas apresentadas na Seção 6.4. Como estamos trabalhando<br />
com o domínio discreto, os sinais <strong>de</strong>vem ser amostrados <strong>de</strong> forma que as amostras adjacentes não<br />
tenham correlação, e assim a dinâmica do processo seja bem i<strong>de</strong>ntificada.<br />
Essa exigência é mais bem percebida nos mo<strong>de</strong>los lineares do tipo ARX. Neste mo<strong>de</strong>lo vemos<br />
claramente as realimentações do processo e a utilização <strong>de</strong> saídas e entradas passadas. Caso<br />
as saídas e entradas passadas sejam muito correlacionadas com as atuais, haverá muitos valores<br />
iguais, e <strong>de</strong> pouco adiantará a presença <strong>de</strong>sses atrasos. Esse fenômeno acontece quando o taxa <strong>de</strong><br />
amostragem é alta, ou falamos que o sinal é sobreamostrado. Mas em contraponto caso o sinal<br />
tenha taxa <strong>de</strong> amostragem gran<strong>de</strong>, subamostrado, a dinâmica do processo não é representada<br />
bem, pois é possível que eventos importantes que aconteceram entre os tempos <strong>de</strong> amostragem<br />
não sejam gravados.<br />
Em todos os casos, por segurança o sinal é sobreamostrado, e através <strong>de</strong> experimentos verificase<br />
a taxa <strong>de</strong> amostragem mais interessante. Então é feita a dizimação, ou <strong>de</strong>cimação, em que se<br />
dispensa certas amostras para que o sinal tenha <strong>um</strong>a taxa <strong>de</strong> amostragem menor. Caso o sinal<br />
seja subamostrado não há o que fazer, e o mais correto é refazer o experimento. Há <strong>um</strong> estudo<br />
mais aprofundado sobre esse assunto no Capítulo 12 <strong>de</strong> [81].<br />
Para a aeronave, i<strong>de</strong>ntificamos que é necessário fazer a dizimação para a i<strong>de</strong>ntificação das velocida<strong>de</strong>s<br />
lineares. Já para as velocida<strong>de</strong>s angulares não foi necessário. Esse fato se explica, pois as<br />
velocida<strong>de</strong>s lineares mudam lentamente, sendo que há correlação entre as amostras adjacentes. As<br />
velocida<strong>de</strong>s angulares mudam mais rapidamente, e as amostras adjacentes conseguem caracterizar<br />
o processo porque apresentam menos correlação.<br />
No caso <strong>de</strong>ste trabalho a taxa <strong>de</strong> amostragem dos dados como <strong>um</strong> todo é <strong>de</strong> 50hz.<br />
Para fazer a i<strong>de</strong>ntificação do sistema, as variáveis <strong>de</strong> saída foram todas transpostas para o<br />
sistema <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas ABC. Assim todas as medições estarão referenciadas à aeronave, e não a<br />
<strong>um</strong> ponto fixo na superfície terrestre. Com isso, evitamos a tendência <strong>de</strong> aparecimento <strong>de</strong> bias,<br />
que é <strong>um</strong>a constante somada ao sinal i<strong>de</strong>ntificado e drift.<br />
No caso da i<strong>de</strong>ntificação linear, como são obtidas funções <strong>de</strong> transferência, foi necessário remover<br />
a média dos sinais <strong>de</strong> entrada e saída i<strong>de</strong>ntificados no trecho <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação, para evitar o<br />
aparecimento <strong>de</strong> bias. Isso foi feito, pois se existe <strong>um</strong>a compontente DC nos sinais <strong>de</strong> entrada e<br />
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