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uma análise urbano-regional baseada em cluster ... - Dados e Fatos

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213[...] <strong>cluster</strong>s são formados apenas quando ambos os aspectos setorial e geográficoestão concentrados. De outra forma, o que se t<strong>em</strong> são apenas organização deprodução <strong>em</strong> setores e geografia dispersa, não formando, portanto, um <strong>cluster</strong>. [...] Oque se observa na prática, [...] é que há <strong>uma</strong> grande dificuldade de caracterização deum <strong>cluster</strong>, já que os sist<strong>em</strong>as produtivos n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre pod<strong>em</strong> ser claramenteseparados nas categorias “disperso” ou “aglomerado” (<strong>cluster</strong>ed). Os limites entreessas categorias n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre são nítidos, e, <strong>em</strong> alguns casos, pode haver um mix dasduas formas de organização. [Além disso, o] fato de que os <strong>cluster</strong>s combinamconcentração setorial e geográfica pode levar determinada cidade ou região a umestado de certa vulnerabilidade, <strong>em</strong> face das mudanças de paradigmas nos produtos enas tecnologias <strong>em</strong>pregadas. Esse é o principal argumento contra a concentração de<strong>cluster</strong>s. Contudo, o que se observa é que os <strong>cluster</strong>s têm maior capacidade desobreviver aos choques e à instabilidade do meio ambiente do que as <strong>em</strong>presasisoladas, <strong>em</strong> virtude da ação <strong>em</strong> conjunto e de sua alta capacidade de autoreestruturação,capacidades intrínsecas à própria forma organizacional <strong>em</strong> rede.(NETO, 2000, p. 53-55).Nesta linha de análise, Almeida, considera que se o conceito genérico de <strong>cluster</strong> já t<strong>em</strong> <strong>uma</strong>aplicabilidade limitada, o conceito de <strong>cluster</strong> de base geográfica enfrenta <strong>uma</strong> restrição amais,[...] na medida <strong>em</strong> que se torna cada vez mais difícil sustentar-se n<strong>uma</strong> baseterritorial local, <strong>em</strong> um mundo de suprimento globalizado, <strong>em</strong> que o “lugar d<strong>em</strong>ercado” (market place) dá lugar ao “espaço de mercado” (market space), valedizer, <strong>em</strong> que o mercado, como queria Adam Smith, verdadeiramente se“desterritorializa”. [...] Do mesmo tipo de probl<strong>em</strong>a padece a mais recenteteorização a respeito das “redes” de médias e pequenas <strong>em</strong>presas. [...] Os networkapproaches têm se revelado <strong>uma</strong> metodologia útil para a compreensão das conexõese estruturas de setores econômicos ou indústrias de bases regionais. Mas essasabordagens vêm, na prática, se confundindo com o estudo de <strong>cluster</strong>s regionais oulocais [...] e, além disso, têm d<strong>em</strong>onstrado pouca capacidade de analisar a dinâmicados novos ramos industriais. Por que manter <strong>uma</strong> ferramenta poderosa como onetworking prisioneira do contexto <strong>regional</strong>, quando o seu espaço potencial, a suaverdadeira vocação, é a análise da economia planetária, incluídos aí os marketspaces virtuais? [grifo do autor]. (ALMEIDA, 2003, p. 257).Além disso, na visão de Almeida, se o <strong>cluster</strong>ing de setores realmente existentes é difícil,mais complicado ainda é o agrupamento de <strong>em</strong>presas de setores de “alta tecnologia”. Tratarum tecnopolo como <strong>uma</strong> variante de <strong>cluster</strong> esbarra <strong>em</strong> <strong>uma</strong> série de dificuldades. Os

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