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uma análise urbano-regional baseada em cluster ... - Dados e Fatos

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338[...] a hierarquia urbana pode considerar-se, no caso das regiões fort<strong>em</strong>enteturísticas, como <strong>uma</strong> expressão da nodalidade surgida pela presença de serviçosdestinados, no todo ou <strong>em</strong> parte, à população turística. [...] <strong>uma</strong> classificaçãohierárquica dos centros turísticos [pode se sustentar, portanto,] sobre a análise dasfunções de comércio e serviços relacionados com a recepção turística, [traduçãolivre nossa]. (CALLIZO SONEIRO, 1991, p. 161-162).Referenciando-se à contribuição de Biagini, Callizo Soneiro comenta que um centro turísticoabriga quatro tipos de habitantes, oferecendo dois tipos de serviços. Os grupos populacionaissão:habitantes permanentes do próprio núcleo, a <strong>uma</strong> parte dos quais concerne deforma direta a atividade do turismo;mão-de-obra imigrada sazonalmente;turistas que pernoitam na localidade; eturistas “pendulares” – que se hospedam <strong>em</strong> um local base e se movimentam <strong>em</strong>torno de <strong>uma</strong> região próxima, indo e voltando, pernoitando fora da(s) localidade(s)turística(s) desta região, mas a ela(s) acorrendo, atraídos por sua dotação funcional.Já os serviços oferecidos por um centro turístico, de acordo com a teoria da base econômicaurbana – razão “básico-não básico”, são os seguintes: básicos, ou seja, aqueles que pod<strong>em</strong> serutilizados pelos turistas pendulares – souvenirs, alimentação, artesanato, galerias de arte,antiquários, discotecas, boutiques, restaurantes, serviços profissionais; e não-básicos, ouaqueles que vêm a ser usados pelos turistas que pernoitam na localidade – estruturas dealojamento <strong>em</strong> geral.Diferent<strong>em</strong>ente de outros bens de consumo, a oferta turística não pode deslocar-se, ela há deser consumida in loco; a economia turística se explica então, segundo Callizo Soneiro (2001),através da noção de utilidade dos lugares, a qual, conforme advertido por Christaller,gera <strong>uma</strong> propensão à mobilidade desde o centro <strong>em</strong>issor à periferia receptora; <strong>uma</strong>migração sazonal da clientela, que busca na periferia a mudança ou a diferenciaçãoespacial <strong>em</strong> relação ao centro habitual de residência. Daí que, quanto mais afastadado centro estiver a periferia, maior será o estímulo de deslocar-se <strong>em</strong> sua direção e,

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