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uma análise urbano-regional baseada em cluster ... - Dados e Fatos

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304Na medida <strong>em</strong> que a expansão turística contribue a gerar um processo dedesenvolvimento <strong>em</strong> cadeia, também incide, direta ou indiretamente, nasmodificações que se operam nas estruturas do gasto. O sentido destastransformações é bastante conhecido: a elevação do nível de vida traz consigo ummenor peso dos produtos primários na d<strong>em</strong>anda total, <strong>uma</strong> vez que aumenta oprotagonismo dos produtos industriais e dos serviços no orçamento das famílias,[tradução livre nossa]. (GODED SALTO, 1998, p. 94).É importante frisar, como b<strong>em</strong> colocado pela autora, que <strong>uma</strong> parte, por vezes significativa,do propalado aporte de divisas propiciado pelo turismo, não chega n<strong>em</strong> a entrar no paísreceptor. Dado que o produto turístico se comercializa, cada vez mais, através de pacotes queenglobam <strong>uma</strong> vasta gama de serviços, ao pagar-se por eles, adiantadamente, nos países<strong>em</strong>issores, <strong>uma</strong> grande parcela do dinheiro des<strong>em</strong>bolsado pelos turistas n<strong>em</strong> sequer chegará aentrar no país de destino.O “setor” se caracteriza, precisamente, por <strong>uma</strong> crescente integração vertical; assim,é cada vez mais habitual que <strong>uma</strong> mesma companhia seja proprietária,simultaneamente, de <strong>em</strong>presas aéreas, de cadeia hoteleira e de <strong>uma</strong> agência deviagens, ou de <strong>em</strong>presas locais de aluguel de veículos. Nestas circunstâncias, aproporção do preço total do pacote turístico que recebe o país anfitrião, pode chegara ser muito reduzida, [tradução livre nossa]. (GODED SALTO, 1998, p. 114-115).Uma possível solução para o probl<strong>em</strong>a do controle externo dos fluxos turísticos, sugerida porErbes, mencionado por Goded Salto, seria a tentativa dos países receptores, de um modo geralpaíses <strong>em</strong> desenvolvimento ou subdesenvolvidos, de implantar nos mercados <strong>em</strong>issores suaspróprias entidades promotoras-organizadoras de estadias turísticas. Dadas as dificuldades quea criação de intermediários turísticos de capital nacional trariam para esses países, Erbesrecomenda que os mesmos cri<strong>em</strong> organismos que envolvam os diversos grupos de interessespara, entre outras ações, fixar tarifas mínimas para os produtos turísticos comercializados nosmercados internacionais pelos operadores turísticos.Neste sentido, e com a nomenclatura própria da sua concepção teórica, que aborda o turismosob o enfoque de oferta, Muñoz de Escalona (1990) questiona: como poderia defender-se a

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