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uma análise urbano-regional baseada em cluster ... - Dados e Fatos

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345bens instrumentais e manufaturados, possibilitando a realização dos efeitos da dominação nocomércio internacional.Esta característica, contudo, não t<strong>em</strong> nenhum confronto na atividade turística, que éfundamentalmente ligada, no momento de sua produção, aos serviços centradossobre o fator h<strong>uma</strong>no, e portanto, à baixa produtividade. [...] Mas, existe outraconsideração a ser efetuada. A produção turística se realiza <strong>em</strong> pólos territoriais e éligada a <strong>uma</strong> atração natural ou cultural. Neste tipo de produção “atípica”, é oconsumidor-turista que se desloca ao local de produçåo para realizar o consumo enão as mercadorias que são enviadas. Em conseqüência, existe a materialimpossibilidade estrutural de se expandir a produção turística além de certos limitesde saturação natural. (SESSA, 1983, p. 85-86).Por este motivo, os países avançados turisticamente teriam interesse <strong>em</strong> não expandir a suaprodução além de certos limites naturais, definidos pelas condições inelásticas do seuterritório e da impossibilidade de acumular estoque de produção, como se realiza <strong>em</strong> qualqueroutra atividade produtiva, que não a de serviços. Deste modo, afirma Sessa, o efeito dedominação seria estruturalmente impossível de realizar-se, <strong>em</strong> funçåo das condições inerentesà peculiaridade deste tipo de atividade econômica.Este pensamento é coerente, <strong>em</strong> se tratando de um país receptor desenvolvido, onde o turismose desenrola <strong>em</strong> pólos territoriais, envolvendo <strong>uma</strong> estrutura econômica diversificada eoferecendo condições de impor-se limites ao fluxo turístico. Não se aplica porém,linearmente, ao caso de um país subdesenvolvido, onde o pólo turístico, às vezes, se confundecom sua própria extensão territorial, existindo <strong>uma</strong> forte dependência da atividade turística <strong>em</strong>função dos padrões internacionais.É o turismo um fator de degradação e dependência? Ou a única esperança de revitalização deáreas marginais? Ou ambas as coisas de <strong>uma</strong> só vez? Este é o triplo questionamento colocadopor Callizo Soneiro (1991), sobre o qual tece as seguintes considerações:A monocultura turística é, certamente, geradora de dependência e colonialismoeconômicos. Isto <strong>em</strong> dois planos distintos: dependência, desde o ponto de vista daestrutura econômica das áreas receptoras, como conseqüência da hipertrofia do setor

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