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uma análise urbano-regional baseada em cluster ... - Dados e Fatos

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217O conteúdo da citação acima vai de encontro ao argumento de Almeida (2002), favorável à“verdadeira desterritorialização do mercado” face à realidade e alcance virtuais das networkse dos market spaces, que limitam e dificultam a aplicabilidade do conceito de <strong>cluster</strong> de baselocal ou <strong>regional</strong>.Por outro lado, de acordo com Cassiolato e Szapiro (2003), a única maneira de asaglomerações localizadas <strong>em</strong> países menos desenvolvidos de transformar<strong>em</strong> <strong>em</strong> arranjos esist<strong>em</strong>as produtivos locais (<strong>cluster</strong>s) é via exportação e integração <strong>em</strong> cadeias globais.Esta única via parece, a princípio, reforçar a condição de dependência dos países menosdesenvolvidos, pois confirma as condições vigentes no sist<strong>em</strong>a de relações de trocasinternacionais, ainda marcado pela lógica da especialização do trabalho e suascorrespondentes vantagens comparativas, o que tende a manter a transferência, acumulação econcentração dos ganhos de produtividade alcançados pelos países mais atrasados, nos paísesmais desenvolvidos.Para romper esta lógica secular, revertendo-a <strong>em</strong> benefício dos países menos desenvolvidos, ograu de territorialização das atividades produtivas e inovativas nesses países, incluindo apropriedade do capital, é fator essencial a ser considerado e trabalhado. Conforme Cassiolatoe Szapiro (2003, p. 44), a pergunta-chave é “[...] até que ponto estão enraizadas localmente ascapacitações necessárias ao estabelecimento de atividades inovativas”.Considerando o aspecto da governança nos arranjos produtivos, (Quadro 2.5, p. 218), osautores acrescentam que:[...] a partir da abertura comercial, os casos [de arranjos produtivos ou <strong>cluster</strong>s] <strong>em</strong>que a coordenação é feita por filiais de multinacionais são aqueles onde o grau deterritorialização diminuiu e os processos de capacitação e aprendizado foramreduzidos [além da possibilidade de ter<strong>em</strong> ocorrido vazamentos da economia local].Inversamente, naqueles casos <strong>em</strong> que a coordenação local é dada majoritariamentepor <strong>em</strong>presas de controle local, observou-se [nos estudos <strong>em</strong>píricos efetuados pelaRedeSist] um aumento no grau de territorialização. [...] Pode-se [ainda] concluirdesta análise que os arranjos governados por grandes firmas cuja produção é

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