Revista Universidade e Sociedade - Andes-SN
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visaram à adequação dos futuros trabalhadores<br />
ao sistema fordista com o intuito de diminuir<br />
desigualdade social e acumular capital. Em 1990,<br />
a Educação adapta-se às exigências do mercado de<br />
trabalho e volta-se à padronização e massificação de<br />
processos administrativos e pedagógicos, para baixar<br />
custos e controlar políticas implementadas.<br />
Apesar dos protestos, das reivindicações e<br />
da revolta da comunidade acadêmica contra as<br />
reformas ocorridas a partir de 1990, a prevalência<br />
das leis do mercado de trabalho e a importação<br />
das teorias administrativas à Educação se deram,<br />
principalmente, de maneira impositiva através<br />
de programas governamentais como: criação de<br />
financiamento per capita, a exemplo do FUNDEF1 ;<br />
regularidade e ampliação dos exames nacionais,<br />
como SAEB, ENEM e ENC2 ; modificação e<br />
aumento das exigências das instituições de fomento<br />
e das próprias universidades pela produtividade<br />
científica exacerbada, com alto nível de controle, aos<br />
programas de pós-graduação; e implementação de<br />
apoio à reestruturação e expansão das universidades<br />
federais, como o REUNI3 . (OLIVEIRA, 2004; LOPES,<br />
2006; BIANCHETTI; MACHADO, 2007; LEDA;<br />
MANCEBO, 2009; LACAZ, 2010)<br />
Diante deste cenário, inúmeras foram e<br />
continuam sendo as implicações destas mudanças<br />
macroorganizacionais mencionadas no cotidiano<br />
docente. Estas consequências serão expostas a seguir<br />
e também articuladas à realidade que se mostra<br />
presente na vida e no discurso dos professores<br />
da <strong>Universidade</strong> Federal do Paraná (UFPR), que<br />
procuraram a Associação dos Professores da UFPR<br />
(APUFPR-SSind4 ), seção sindical da Associação<br />
Nacional dos Docentes de Ensino Superior - Sindicato<br />
Nacional (ANDES-<strong>SN</strong>). Pontua-se, que através<br />
do contato com estes docentes, pode-se levantar<br />
reflexões e discussões a respeito das intervenções<br />
sindicais que já foram realizadas referentes a este tema<br />
e as que poderiam ocorrer a partir de especificidades<br />
que se fazem presentes no cotidiano, a exemplo<br />
da atividade de trabalho na UFPR. Sob este viés,<br />
também será exposta a experiência da APUFPR e as<br />
medidas tomadas pela mesma ante o sofrimento, o<br />
adoecimento e a degradação de relações entre pares<br />
relacionados ao trabalho.<br />
ANDES-<strong>SN</strong> n junho de 2012 107