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Revista Universidade e Sociedade - Andes-SN

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pode não ter sido suficiente. Vejamos primeiramente<br />

a evolução no quantitativo de cursos oferecidos pela<br />

<strong>Universidade</strong> ao longo do período de 2006-2010<br />

e ainda o comparativo com o ano de 1995, que foi<br />

o ponto de partida desta dissertação. Observamos<br />

que o número de cursos de graduação quase que<br />

dobrou (95,56%), e que se incluirmos os cursos de<br />

pós-graduação strictu sensu, esse percentual sobe<br />

para 257,78%.<br />

Com base no Caderno Técnico do REUNI,<br />

verificamos que, se compararmos o número de<br />

matrículas de graduação em 2010 (36.103) em<br />

relação ao patamar de 1995 (15.967), observamos um<br />

crescimento da ordem de 126,11%. Houve também<br />

um crescimento de matrículas no turno noturno<br />

(122,37% de 2006 a 2010), passando de 4.358 em<br />

2006 para 9.691 em 2010.<br />

Esse crescimento no número de vagas pode ser<br />

melhor observado se levarmos em consideração as<br />

vagas oferecidas pelo Concurso Vestibular da UFF<br />

no período entre 2006 e 2011. Cabe ressaltar que no<br />

concurso vestibular 2011 da UFF só foram oferecidos<br />

80% das vagas disponíveis e que as 20% restantes<br />

foram oferecidas através do ENEM. No total foram<br />

oferecidas pela UFF 8.170 vagas nos seus cursos de<br />

graduação para 2011.<br />

As vagas ficaram bastante concentradas nos cursos<br />

oferecidos no interior do Estado, principalmente<br />

nos Polos Universitários de Volta Redonda, Rio das<br />

Ostras e Campos dos Goytacazes.<br />

Os impactos no quadro<br />

de pessoal docente<br />

Observados esses dados, lançaremos nosso olhar<br />

sobre a evolução do quadro de pessoal docente da<br />

UFF no período de 2006 a 2010, e perceberemos<br />

um aumento nos números absolutos de docentes da<br />

<strong>Universidade</strong>.<br />

Neste período, o número total de docentes da<br />

UFF passou de 2.233 em 2006 para 2.920 em 2010,<br />

o que representa um aumento de 30,8%. Entretanto,<br />

se considerarmos os índices verificados em 1995<br />

(ano de início do governo FHC) encontraremos<br />

um crescimento muito mais acanhado, da ordem<br />

de apenas 14,4%, que torna-se ainda mais pífio se<br />

considerarmos as metas “impostas” pelo acordo do<br />

REUNI e ao crescimento do número de matrículas<br />

na UFF. Da mesma forma, podemos considerar o<br />

crescimento no número de professores em regime<br />

integral (40 horas ou DE), que de 2006 a 2010 variou<br />

positivamente em 28%, bem mais moderado se<br />

abrangermos todo o período FHC/Lula (22,9% de<br />

1995 a 2010).<br />

Note que falamos de um período bastante longo, de<br />

cerca de quinze anos, quando a <strong>Universidade</strong> Federal<br />

Fluminense passou por uma enorme expansão<br />

em sua estrutura organizacional, aumentando sua<br />

área geográfica de atuação de maneira agressiva e<br />

expandindo o número de cursos e vagas conforme já<br />

mencionamos anteriormente.<br />

Passamos, então, a observarmos a evolução<br />

do quadro de pessoal docente da UFF, agora nos<br />

marcos do REUNI, focando o período de 2006 (ano<br />

imediatamente anterior ao decreto) a 2010 (último<br />

ano do governo Lula da Silva) entretanto, sempre<br />

fazendo um paralelo com a situação de 1995.<br />

Podemos verificar que, embora tenha diminuído<br />

o ritmo das aposentadorias neste período frente ao<br />

que aconteceu de 1995 a 2005, ainda é um número<br />

expressivo de 264 professores aposentados, e que<br />

vem aumentando a cada ano. Essa situação se agrava<br />

ainda mais se somarmos esses 264 aos 847 verificados<br />

no período anterior (1995-2005), totalizando 1.111<br />

aposentadorias em 15 anos de análise.<br />

Quando focamos as vacâncias geradas por<br />

exonerações, falecimentos e posse em outro cargo<br />

inacumulável, nos deparamos com uma situação<br />

ainda mais preocupante, onde atingimos o número de<br />

147 num período de 5 anos. Isto, proporcionalmente,<br />

é pior do que o que aconteceu nos dez anos anteriores<br />

(1995-2005), onde 196 professores haviam se afastado<br />

definitivamente de suas atividades. Se somarmos<br />

as vacâncias do período do REUNI (147) às do<br />

período anteriormente analisado (196), chegaremos<br />

a expressiva marca de 343 professores excluídos<br />

do quadro de pessoal docente por exoneração,<br />

falecimento e posse em cargo inacumulável.<br />

Isto posto, chegamos ao número de 411 professores<br />

afastados de seus cargos durante o período do REUNI<br />

(2006-2010), que, se somados aos 1.043 já verificados<br />

O REUNI na UFF<br />

ANDES-<strong>SN</strong> n junho de 2012 99

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