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Da Vida de São Domingos – Fr. Luís de

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QO LÍVUO IV DA IIISTOrUA DE S. DOMINGOS<br />

lixto III, e- taato qiio o foi canonizou a S. Vicente, pagando-lho com esta<br />

lionra a que a ambos profetizou. Assi se <strong>de</strong>lerminarão todos os marean-<br />

tes da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, juntos em hum corpo, cm seu nome, e <strong>de</strong> to-<br />

dos os mais portos doestes Reinos, e ilhas adjacentes <strong>de</strong> sua Coroa, nâo<br />

perdoar a nenhum trabalho, nem <strong>de</strong>speza, até verem o Santo canonizado.<br />

E havendo muitos ânuos que trazião o ne^^ocio movido diante do íllus-<br />

trissimo Senhor dom Miguel <strong>de</strong> Castro, Arcebispo <strong>de</strong> Lisboa, por cuja<br />

autorida<strong>de</strong> era necessário começar, pêra se po<strong>de</strong>rem fazer os requeri-<br />

mentos ordinários em Roma: como a matéria era <strong>de</strong> tanto peso que nâo<br />

podia correr se nao mui <strong>de</strong>vagar; e elle como Prelado mandava fazer<br />

muitas diligencias importantes pêra se po<strong>de</strong>r resolver, nas quaes se gas-<br />

tou muito tempo; porque se processarão autos jurídicos mui largos: <strong>de</strong>-<br />

terminarão fazer hum acto digno <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> louvor; o qual foi, porque a<br />

dilação, e o ro<strong>de</strong>ar dos annos não entibiasse o fervor com que proce-<br />

dião, obrigarem-se com voto todos os que se ajuntavão na consulta doesta<br />

obra, <strong>de</strong> não <strong>de</strong>sistirem d'ella até verem o Santo canonizado. Âssi pro-<br />

ce<strong>de</strong>ndo alcançarão do mesmo Prelado huma certidão pêra presentarem<br />

ao Summo Pontífice, na qual copiosamente se <strong>de</strong>clarão todas as particularida<strong>de</strong>s<br />

porque em semelhantes pretenções se costumão pedir. E<br />

porque a certidão em si he <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>, e contém hum mui<br />

gran<strong>de</strong>, e honrado testemunho do animo, e <strong>de</strong>vação d'esta boa gente,<br />

tresladaremos aqui alguns pedaços d'ella, que também nos servirão <strong>de</strong><br />

suprir na Historia o que mais podíamos dizer das cousas do Santo. A<br />

certidão começa assi.<br />

Dom Miguel ds Castro, por mercê <strong>de</strong> Deos, e da Santa Igreja <strong>de</strong> Roma<br />

Metropolitano Arcebispo <strong>de</strong> Lisboa, do Conselho do Estado <strong>de</strong> Sua Ma-<br />

(jesla<strong>de</strong> n estes Reinos^ e senhorios <strong>de</strong> Portugal^ etc. Fazemos saber aos<br />

que a presente virem^ como a Confraria <strong>de</strong> S. <strong>Fr</strong>ei Pêro Gonçalves Telmo<br />

^ ou como multou dizeniy do Corpo Santo, sita na Igreja Parrochiai <strong>de</strong><br />

S. Miguel <strong>de</strong> Alfama doesta cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, por seu especial, e bastante<br />

procurador, e também em nome <strong>de</strong> muitaa outras confrarias doestes Reinos,<br />

muitas vezes com gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sejo^ e muita vonta<strong>de</strong> nos poz diante querer<br />

tratar com Sua Santida<strong>de</strong>^ e a Santa Sé Apostólica da canonização do<br />

mesmo Santo. E com muita instancia outro si nos- pedia, que tomando in-<br />

formação com diligencia <strong>de</strong> sua vida, e milagres, déssemos disso conta a<br />

Sua Santida<strong>de</strong>, e juntamente lhe disséssemos com efficacia, que á honra <strong>de</strong><br />

Deos todo po<strong>de</strong>roso, cxaltanuj da Santa Maúre Igreja, e consolação uni-

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