17.04.2013 Views

Da Vida de São Domingos – Fr. Luís de

Da Vida de São Domingos – Fr. Luís de

Da Vida de São Domingos – Fr. Luís de

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

«PARTICrLAR DO URÍNO DE PORTUGAL 2Í9<br />

Ceo, e <strong>de</strong>spois por gran<strong>de</strong>s milagres, em fim foi levado pêra a sua Sé<br />

^le Braga poios annos do Senhor <strong>de</strong> 1352. Mas toríiemosánossíj Historia,<br />

CAPITULO .II<br />

Do principio que teve o Mosteiro <strong>de</strong> <strong>Fr</strong>eiras <strong>de</strong> Corpus Chrhii<br />

em <strong>Vida</strong> naca do Porto.<br />

Cinquenta e oito annos correrão <strong>de</strong>spois que no Capitulo geral <strong>de</strong><br />

Bor<strong>de</strong>os foi admittido á Or<strong>de</strong>m o Mosteiro das Donas <strong>de</strong> Santarém, até<br />

t)<strong>de</strong> 1345, em que se fez nova fundação, e doação jnntoá cida<strong>de</strong> do Por-<br />

to da casa, e Igreja <strong>de</strong> Corpus Christi: e porque no discurso d'estes an-<br />

nos não succe<strong>de</strong>o levantar-se no Reino outro nenhum edificio pertencente<br />

4i or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> <strong>São</strong> <strong>Domingos</strong>, tem aqui esta casa seu lugar: e no numero, e<br />

antiguida<strong>de</strong> dos Mosteiros <strong>de</strong> <strong>Fr</strong>eiras \m o terceJro, e no <strong>de</strong> casas em geral,<br />

undécima, He pois <strong>de</strong> saber, que reinando em Portugal el-Rei dom<br />

Affonso o quarto, que por valor mereceo o nome <strong>de</strong> Bravo, vivia em<br />

Villa nova do Porto hmm Dona muito rica, e nobre, por nome dona<br />

JMaria Men<strong>de</strong>s Petita, filha <strong>de</strong> Sueiro Men<strong>de</strong>s Petite, a qual ficando viuva<br />

^le hum fidalgo honrado do apellido dos Coelhos (apellido que n'aquelle<br />

tempo tinha no Reino muito lugar, e nome) <strong>de</strong>sejosa <strong>de</strong> empregar parto<br />

-<strong>de</strong> sua fazenda em hum Mosteiro <strong>de</strong> <strong>Fr</strong>eiras pêra serviço <strong>de</strong> Deos, e re^<br />

.colhimento seu em vida,» e morte: começou junto das casas^ em que vir<br />

via, huma fabrica gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> claustros, e olíicinas sem dar conta a nin^<br />

.guem da tenção^ e fim pêra que assi edificavíi, e procurando qae se não<br />

enten<strong>de</strong>sse, que fazia Mosteiro. TanXo que ^ teve acabada, mandou pôr<br />

mãos no que faltava pêra <strong>de</strong>scobrir seu intento, que era a Igreja. Pêra<br />

este elTeiío meteo numero <strong>de</strong> officiaes, e fez -gran<strong>de</strong>, e extríiordjnaria di-<br />

ligencia por ver se a podia levantar antes dos encontros, que tinha por<br />

certos na hora, que se enten<strong>de</strong>sse na terra seu disenho. E não se en-<br />

ganou : porque tanto que no processo da obra apareceo traça, e forma<br />

<strong>de</strong> Igreja, acodio logo o Cabido da Sé a impedir, e embargar tudo. Era<br />

dona Maria muito po<strong>de</strong>rosa por fazenda, e valia, tinha <strong>de</strong> propósito mui-<br />

tos materiaes juntos, sobejavão officiaes, e trabalhadores: não fez caso<br />

-dos embargos pêra <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> continuar a obra : antes corrião a passo<br />

jgual embargos, e edificio, e huma cousa, e outra hia a toda a fúria. Assi<br />

^m quanto se litigava creceo a Igreja <strong>de</strong> maneira, que se poz em Bm

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!