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Da Vida de São Domingos – Fr. Luís de

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PARTICULAR DO REINO DE PORTUGAL 31<br />

Conhoçuda cousa seja a todos aquelles que esta caria virem^ que nós<br />

Alcai<strong>de</strong>, e Juizes, et Conceto <strong>de</strong> Elvas^ vimos letras <strong>de</strong> nosso Senhor o<br />

Apostoligo <strong>de</strong> Roma, que tem os <strong>Fr</strong>a<strong>de</strong>s Pregadores, em que dá cem dian<br />

<strong>de</strong> perdon <strong>de</strong> seus peccados a todos aquelles, que a esse seu logar <strong>de</strong> Elvas<br />

fizerem esmolna. E vimos ainda letras <strong>de</strong> doze Bispos, que cada hum d'elles<br />

dá quarenta dias <strong>de</strong> perdon <strong>de</strong> seus peccados nos que a esse logar d'esse^<br />

mesmos <strong>Fr</strong>a<strong>de</strong>s fizerem, esmolna. E vimos ainda carta aberta com sello pen-<br />

<strong>de</strong>nte do muy nobre Infante don Fernando <strong>de</strong> Castella et <strong>de</strong> Leon, porque<br />

manda a todas <strong>de</strong> sa terra que non filhem dizimo, nem portagem^ nem ou-<br />

tro direito nem hum a esses <strong>Fr</strong>a<strong>de</strong>s Pregadores <strong>de</strong> Elvas, ou a seus hor<br />

mens: et não facão en ai por nem huma maneira, se nom a elles se torna-<br />

ria. Porém <strong>de</strong> iodalas cousas que elles comprarem, ou fizerem comprar na<br />

sa terra, et <strong>de</strong> seu Padre assi pêra seu vestir., como pêra seu calçar, como<br />

peva seu comer., como pêra suas obras: e outro si manda <strong>de</strong> todalas cou-<br />

sas que les por esmolna <strong>de</strong>rem. Em testimonyo da qual cousa nos a esta<br />

carta posemos nosso sello pen<strong>de</strong>nte. E rogamos Martim Pires nosso publi-<br />

co tabaliam <strong>de</strong> Elvas que ponha hg sen sinal. E eu Martim Pires publico<br />

tabaliom <strong>de</strong> Elvas vi essas sobreditas letras e lg. E a rogo do Alcai<strong>de</strong>, e<br />

dos Juizes, et do Concelo, e d^esses mesmos I^ra<strong>de</strong>s Pregadores <strong>de</strong> Elvas^<br />

este meu sinal com inha mão hg puz que tal he.<br />

Bem se <strong>de</strong>ixa enten<strong>de</strong>r por esta certidão, e pola gran<strong>de</strong> copia do<br />

dinheiro que era necessário juntar-se pêra taraanho edifício, a reputação,<br />

c credito em que estavão os <strong>Fr</strong>a<strong>de</strong>s com todo estado <strong>de</strong> gente, c por<br />

toda Espanha. Mas constando isto por tão certos indícios, inda <strong>de</strong>vemos<br />

estimar mais outros da mo<strong>de</strong>ração, e pouca cobiça com que se havião<br />

no que tocava a suas pessoas. Do que apontaremos n'esta casa dous<br />

exemplos, que por serem do mesmo tempo, e pertencerem á Historia<br />

nos caem a propósito. E seja o primeiro, que tendo os Rehgiosos ne-<br />

cessida<strong>de</strong> pêra ficarem com a largueza conveniente <strong>de</strong> mais hum peda-<br />

ço <strong>de</strong> terra, e partindo com as do Convento huma boa courella que era<br />

da Coroa, e fora cousa fácil havel-a d'el Rei, mandarão ver, que canti-<br />

da<strong>de</strong> lhes bastaria precisamente pêra o que havião mister; e achando<br />

que com seis alqueires <strong>de</strong> semeadura ílcavão reme<strong>de</strong>ando a falta, isso<br />

somente pedirão, como he <strong>de</strong> ver do alvará d'el-Rei, que por isso o<br />

lançaremos aqui, como jaz no original, mas sem tradução, por encur-<br />

tarmos escritura, e porque já fica <strong>de</strong>clarada a susíancia, e diz assi.

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