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Da Vida de São Domingos – Fr. Luís de

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40 LIVRO IV DA IIISTOUIÂ DE S. DOMINGOS<br />

ria, o qual po<strong>de</strong> ce<strong>de</strong>r, e ce<strong>de</strong>o a Lisboa, como a Convento que por<br />

í^ran<strong>de</strong>za, e sitio hc cabeça <strong>de</strong> todos os mais do Reino. Mas não pareceo<br />

justo que ce<strong>de</strong>sse também a Elvas : o por isso, dando a Lisboa o seu<br />

quarto lugar, se ficou no quinto, e Elvas tem o sexto.<br />

CAPITULO Xlíl<br />

Chama o governo <strong>de</strong> Guimarães aos <strong>Fr</strong>a<strong>de</strong>s <strong>de</strong> S. <strong>Domingos</strong> pêra mora-<br />

rem na villa. Dd-se-lhe sitio : edificào Convénio : aponlão-se os nomes<br />

das pessoas que lhe acudirão com esmolas.<br />

Dezenove annos havia que o Santo <strong>Fr</strong>ei Pêro Gonçalves gozava dos<br />

prémios eternos, segundo a conta do Mestre <strong>Fr</strong>ei Vicente Justiniano An-<br />

tíst, que diz faleceo no <strong>de</strong> 1251. E havia doze que o seguira ao Ceo o<br />

Santo <strong>Fr</strong>ei Gonçalo <strong>de</strong> Amarante, que acabou no <strong>de</strong> 1258, e o Santo<br />

<strong>Fr</strong>ei Lourenço andava em seu ministério Apostohco, pregando polas ter-<br />

ras on<strong>de</strong> sintia mais necessida<strong>de</strong> : quando a Camará, e governo <strong>de</strong> Gui-<br />

marães, <strong>de</strong>sejando que os <strong>Fr</strong>a<strong>de</strong>s <strong>de</strong> S. <strong>Domingos</strong> fossem moradores <strong>de</strong><br />

assento, e não só hospe<strong>de</strong>s em sua terra : ou por ventura temendo-se<br />

(jue nacesse da continuação da morada do seu Hospital, haverem-se por<br />

senhores d^elle : e tendo tratado o negocio com os Prelados maiores, em<br />

fim alcançarão no anno <strong>de</strong> 1270 que aceitasse a Or<strong>de</strong>m sitio, e casa formada<br />

na viila.<br />

Entrava o mez <strong>de</strong> Dezembro d'este anno, quando aparecerão em Gui-<br />

marães o Prior <strong>de</strong> S. <strong>Domingos</strong> do Porto com outros três Religiosos<br />

(todos pessoas <strong>de</strong> importância), mandados pola Provincia pêra a funda-<br />

ção pedida. Mostrou o povo o gosto com que a pedira, o esperava, no<br />

gasalhado, e alvoroço com que os recebeo : e ellos o que a Or<strong>de</strong>m linha<br />

<strong>de</strong> agradar á villa, pois em tal tempo caminhavão. Or<strong>de</strong>nou-se que o<br />

Vnor pregasse aos doze do mez pêra que se ajuntasse o povo, e vissem<br />

os Religiosos nos olhos, e sembrantes <strong>de</strong> todos a vonta<strong>de</strong>, e promptidão<br />

com que <strong>de</strong> todos erão <strong>de</strong>sejados. Ajuntou- se a terra no dia aprazado,<br />

sem faltar homem, porque os do governo por fazerem o auto mais so-<br />

lene mandarão convocar os vizinhos com voz <strong>de</strong> pregoeiro. Pregou <strong>Fr</strong>ei<br />

Álvaro, que assi se chamava o Prior; e acabado o Sermão propoz a re-<br />

zão <strong>de</strong> sua vinda, e<strong>de</strong> seus companheiros, que era serem chamados por<br />

carta da Camará pêra edificarem Convento, e mandados a isso <strong>de</strong> seus

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