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Da Vida de São Domingos – Fr. Luís de

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Í02 LIVRO V I>A HISTORIA DE S. DOMINGOS<br />

Dom Dinis pola graça <strong>de</strong> Deos Bei <strong>de</strong> Portugal^ e dos Algarve.?, a rós Jui-<br />

zes, c Concelho <strong>de</strong> Évora saú<strong>de</strong>. Sahe<strong>de</strong> que os <strong>Fr</strong>a<strong>de</strong>s Pregadores me disse-<br />

Tilo, que a vós prazia, e tinha<strong>de</strong>s por bem <strong>de</strong> morar em eíisit villa tanto que sou-<br />

bésseis que prazia a mim, Sahe<strong>de</strong> que a mim praz^ e tenho por bem, ca os íe-<br />

iilio por homens bons que amo, c prezo. E mirando elles ahg tenho que se-<br />

rá a serviço <strong>de</strong> Deos, e a vosso proveito. E todo o bem, e Ioda a esmola<br />

que lhes faça<strong>de</strong>s será em elles bem empregada, e eu gracircolacg. Outro si<br />

me disserão qve Mestre Paio, e Martim Migueis Tabellioens <strong>de</strong>í^m villa<br />

iiào querem a elles dar testimonyo <strong>de</strong> cousas que passarão <strong>de</strong> seu feito. Por-<br />

que mundo a vós Juizes vista esta carta diga<strong>de</strong>s da inha parte a esses Ta-<br />

bellioens que lhes <strong>de</strong>m seu teslimonyo em aquella guiza qne lhe lo <strong>de</strong>vem<br />

dar <strong>de</strong> direito, e ai não faça<strong>de</strong>s. E esses <strong>Fr</strong>a<strong>de</strong>s ou alguém por elles íenhão esta<br />

inha carta. <strong>Da</strong>da cm Lisboa XXIX dias <strong>de</strong> Junho.. Jil-Reij o mandou por<br />

Lourenço Eíicala seu Faceiro mór. Martim Marlinz a fez Era <strong>de</strong> M.GCC^<br />

XXIU. (Quô respon<strong>de</strong> ao anno do Re<strong>de</strong>mptor 1280.)<br />

Como nestes princípios não interveio maior forca ffue a dos <strong>Fr</strong>a<strong>de</strong>s,<br />

foi a fabrica mui pobre, e mais conforme ás dos primeiros fundadores;<br />

da Or<strong>de</strong>m, que á gran<strong>de</strong>za da cida<strong>de</strong>. Mas cabião em gasalhados curtos<br />

ânimos grandiosos, e capazes da soberania do Geo. Assi o mostravâo<br />

na aspereza <strong>de</strong> vida, na mortificação, e recolhin^ento ; o sobre ludo na<br />

gran<strong>de</strong> continuação do exercido do púlpito, e doutrina, com que cdifi-<br />

cavão aquelle gran<strong>de</strong> povo, <strong>de</strong> maneira que erâo vistos com geral satis-<br />

fação, e affeição. Ao que ajudava ver-se gran<strong>de</strong> mudança, e emenda nos<br />

costumes, muita continuação dos Sacramentos, concurso geral da terra<br />

aos sermões, e particular <strong>de</strong> muitos ao trato, e communicaçâo dos <strong>Fr</strong>a-<br />

<strong>de</strong>s mais assinalados em virtu<strong>de</strong> : e todos o erâo.<br />

Doze annos durou esta estreiteza <strong>de</strong> casa com tanto aperto, que ha-<br />

vendo teri-a do Concelho á roda pêra se po<strong>de</strong>rem l>em alargar, e ânimos<br />

na gente do governo prontos pêra a darem : só f)or não pedirem<br />

pêra si, ou mostrarem cobiça sofrião toda a <strong>de</strong>scommodida<strong>de</strong>. Tinhâo<br />

os oll»os nas moradas eternas : quanto ás do mundo, como vivião <strong>de</strong>senganados,<br />

que nem são permanentes em si, nem lie permanente quem<br />

as logra, nenhuma pena nem cuidado lhes dava o bem, nem o mal <strong>de</strong>l-<br />

ias. Mas não faltou quem com bom zelo propoz na Gamara o que pa-<br />

<strong>de</strong>cião por mal agasalhados, e o que merecia sua visinhança pêra cousas<br />

maiores. Folgavâo os que governavão <strong>de</strong> lhes dar tudo o que quisessem <strong>de</strong>

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