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Da Vida de São Domingos – Fr. Luís de

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PAKTICULÂR DO UEIXO BE PORTUGAL 0^<br />

A memoria referida como fala em Convento do Santo, e n"elle manda<br />

guardar as relíquias, mostra que já era edificado este <strong>de</strong> Guimarães. E<br />

ainda que se podia enten<strong>de</strong>r por Convento na embaixada do Anjo a re-<br />

sidência <strong>de</strong> <strong>Fr</strong>a<strong>de</strong>s, que <strong>de</strong> ordinário assistiâo no Hospital, da qual, como<br />

atrás dissemos, lhe ficou o nome <strong>de</strong> Hospital <strong>de</strong> S. <strong>Domingos</strong> : não ha<br />

duvida que o Santo vio em seus dias o Convento acabado. Porque nos<br />

consta <strong>de</strong> sua vida, por huma escritura authentica, assinada <strong>de</strong> sua mão,<br />

e sellada com o seu sello, como então se costumava, no anno <strong>de</strong> líi79,<br />

no qual tempo era já o Mosteiro edificado. A escritura temos hoje viva»<br />

e por abreviar a <strong>de</strong>ixamos. A matéria era partir as terras, em que ha-<br />

vião <strong>de</strong> pregar os Religiosos do Porto, e Guimarães, pêra saber cada<br />

Convento as que estavão á sua conta. E fizerão a <strong>de</strong>marcação o Santo<br />

<strong>Fr</strong>ei Lourenço, e <strong>Fr</strong>ei Vicente Egas, ou Viegas, com os Priores <strong>Fr</strong>ei João<br />

Martins do Porto, e <strong>Fr</strong>ei Miguel Sueiro <strong>de</strong> Guimarães, por mandado, e<br />

commissão do Provincial. Pola qual razão como nos consta a verda<strong>de</strong> da<br />

entrega das relíquias ao Santo, e que vivia <strong>de</strong>spois do Convento acaba-<br />

do, e que as mesmas com a mesma caixa estão hoje n'elle, fica o <strong>de</strong>bate<br />

<strong>de</strong> lhes buscarmos a cida<strong>de</strong> don<strong>de</strong> vierão, mais curioso, e pêra gosto,<br />

que importante pêra a Historia.<br />

CAPITULO XVH<br />

<strong>Da</strong> forma, e feitio da eaixa que o Anjo <strong>de</strong>u ao Santo <strong>Fr</strong>ei Lourenço : do<br />

numero^ e calida<strong>de</strong> das rdiquias que nella havia. Apontão-se alguns tes-<br />

timunhos, que <strong>de</strong>rão estrangeiros, da santida<strong>de</strong> <strong>de</strong> S. <strong>Fr</strong>ei Lourenço ; e<br />

o sitio em que estão seus ossos.<br />

A caixa he da feição, e feitio <strong>de</strong> huma arca ordinária, com sua fe-<br />

chadurinha <strong>de</strong> latão na face : tem <strong>de</strong> comprimento hum palmo gran<strong>de</strong>,<br />

e ires <strong>de</strong>dos ; e <strong>de</strong> largura hum palmo menos três <strong>de</strong>dos ; e meio palmo<br />

<strong>de</strong> altura. Levantado o tampo, mostra-se por <strong>de</strong>ntro marchetada em<br />

partes, e em partes pintada, e está repartida em escaninhos, e gavetas,<br />

e todas miúdas conforme a estreiteza do lugar, e postas <strong>de</strong> maneira, que<br />

humas tem seus tampãosinhos, outras correm como em escritório. Por<br />

ellas estavão repartidas as santas relíquias, envoltas cada huma em seu<br />

sendal : e os sendaes <strong>de</strong> varias cores. Erão muitas em numero, e todas<br />

sinaladas com seus rótulos (exceilo algumas poucas que os não tinhão)

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