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Da Vida de São Domingos – Fr. Luís de

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PARTICULAR DO REINO DE PORTUGAL 169<br />

Com esta patente, e or<strong>de</strong>nação assi junta, sem outro preceito nem<br />

advertências (como n'aquelles bemditos tempos tudo era singeleza, e<br />

pouca cautela) se poz a caminho a Madre Domingas Jolío poios mesmos<br />

passos por on<strong>de</strong> fora. <strong>Da</strong>va-llie azas o gosto do bom <strong>de</strong>spacho, e breve-<br />

mente entrou em Santarém: e sendo recebida <strong>de</strong> suas irmãs, e compa-<br />

nheiras com o amor, e alvoroço que se <strong>de</strong>ixa enten<strong>de</strong>r, tudo foi dobrado<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> entendido o bom successo <strong>de</strong> sua jornada. E não faltarão san-<br />

tas envejas do premio que já trazia d^ella, sendo a primeira professa <strong>de</strong><br />

toda aquella Gommunida<strong>de</strong>. O <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> se verem brevemente no mesmo<br />

estado começou <strong>de</strong> alvoroçar todas, vista huma carta, e coramissâo<br />

que Domingas João mostrou do Padre Geral pêra o Padre <strong>Fr</strong>ei Gonçalo<br />

Origijs (chama-lhe a com missão Latina, Gonsalvus Honorii) morador no<br />

Convento dos <strong>Fr</strong>a<strong>de</strong>s da mesma villa, com or<strong>de</strong>m pêra lhes fazer pro-<br />

fissão, como veremos logo.<br />

CAPITULO XXV<br />

Vão duas Religiosas do nosso Mosteiro <strong>de</strong> CheUas fundar o das Donas<br />

<strong>de</strong> Santarém. Dá-se conta das grossas esmolas (jue acudirão ao Mosteiro<br />

tanto que foi admittido ao governo da Or<strong>de</strong>m.<br />

Era <strong>Fr</strong>ei Gonçalo Origijs hum Religioso velho, e <strong>de</strong> muita autorida-<br />

<strong>de</strong>, e tal em sua vida, e costumes como os criava então o Convento <strong>de</strong><br />

Santarém, que segundo nos referem os escritores d'aquelle tempo, erão<br />

todos santos. Mandava-lhe o Padre Geral que tevesse o governo das<br />

<strong>Fr</strong>eiras, e Mosteiro, com titulo <strong>de</strong> Prior, que era o mesmo que agora<br />

Vigário. E porque a nova observância costuma entrar nas casas on<strong>de</strong> se<br />

pranta, com pessoas criadas, e versadas n'ella, dava-lhe or<strong>de</strong>m pêra tra-<br />

zer do nosso Mosteiro <strong>de</strong> S. Félix <strong>de</strong> CheUas duas Religiosas, que pe-<br />

diria em seu nome áPrioressa: das quaes instituiria huma em Prioressa<br />

do novo Mosteiro, e logo lançaria o habito a todas, e a seu tempo lhes<br />

faria profissão. Não houve dilação em virem as Religiosas <strong>de</strong> CheUas,<br />

que forão as Madres dona Maria Men<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ansião, e dona Estevainha<br />

Bassinha, pola gran<strong>de</strong> instancia que fazião as <strong>de</strong> Santarém, que não ha*<br />

vião por bom o <strong>de</strong>spacho do Capitulo, emquanlo lhes tardava a execu-<br />

ção d'elle. Mas <strong>de</strong> força tardou mais do que cuidarão, porque não pa-<br />

receo bem a <strong>Fr</strong>ei Gonçalo, que começasse a correr o rigor da observan-<br />

,

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