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Da Vida de São Domingos – Fr. Luís de

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170 LIVRO V DA HISTORIA DE S. DOMINGOS<br />

(iíi em quanto havia falia no edifício pêra verda<strong>de</strong>ira clausura. Assi se<br />

trabalhou no que convinha sem per<strong>de</strong>r hora, até véspera <strong>de</strong> Pentecoste<br />

(lo anuo <strong>de</strong> i^OO: no qual dia o Prior <strong>Fr</strong>ei Gonçalo coníiraiou em pri<br />

meira Prioressa a Madre dona Maria Men<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ansião. Começou logo<br />

o Mosteiro a correr em perfeita clausura, e em todo rigor das constitui-<br />

ntes com excessiva alegria das Religiosas, e <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>\'Otos da Or-<br />

<strong>de</strong>m. Começou também a mostrar-se a charida<strong>de</strong> dos moradores da villa,<br />

(?m acodirem muitos com grossas esmolas ao novo Mosteiro, assi pe!'a<br />

ajuda da sustentação corporal, como do edifício: e algumas <strong>de</strong> renda<br />

perpetua em bens <strong>de</strong> raiz.<br />

De uma dona principal ha gran<strong>de</strong>s memorias n'este Mosteiro, qite<br />

com particular <strong>de</strong>vação se lhe alíeiçoou, e tomou á sua conta fazer a<br />

igreja. Chamava-se dona Estevainlia Pirez <strong>de</strong> Casevel. E porque succe-<br />

<strong>de</strong>o falecer antes <strong>de</strong> ser <strong>de</strong> todo acabada: pêra que outrem niío tivesse<br />

parte na obra que começara, <strong>de</strong>ixou-lhe hum legado <strong>de</strong> quinhentas livras,<br />

com que se poz em sua perfeição. E por singular bemfeilora foi enter-<br />

rada na capeila mór, que agora possuem os her<strong>de</strong>iros <strong>de</strong> Manuel Telles<br />

<strong>de</strong> Menezes, Commendador da Commenda das vi lias do campo <strong>de</strong> Ouri-<br />

que, da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Santiago, que vivem, e tem sua casa na mesma villa<br />

<strong>de</strong> Santarém.<br />

Também, a Prioressa do Mosteiro <strong>de</strong> Chellas quiz acodir com obras<br />

<strong>de</strong> charida<strong>de</strong> as novas filhas, em teslimunho do que estimava a honra<br />

du tal fundação, e fez doação á casa <strong>de</strong> Sanlaním <strong>de</strong> todo o patrimoim><br />

quo possuiâo as duas fundadoras, o juntamente do que ficara da irim<br />

<strong>de</strong> dona Estevainha, que era liuma d'ellas, <strong>de</strong>spois <strong>de</strong> o lograrem em<br />

sua vida. Lançaremos aqui a doação na mesma lingoagem, e polas mes»<br />

mas palavras em que jaz no pergaminho original, o qual está vivo, e<br />

guardado no Cartório das <strong>Fr</strong>eiras <strong>de</strong> Santarém. E não no haverá por so-<br />

beja curiosida<strong>de</strong> quem se lembrar das queixas, que fizemos n outra parle<br />

d*esta Historia, <strong>de</strong> huma pedra, que posta na Igreja <strong>de</strong> Chellas está sem<br />

rezão tirando pedras a todas estas verda<strong>de</strong>s; e diz assi.<br />

Conhoscão quantos esta carta virem e ler ouvirem, que eu 'Fareja Fa-<br />

gnndijs Prioressa do Mosteiro <strong>de</strong> Chelias enten<strong>de</strong>ndo acrecentar o servi-<br />

ço <strong>de</strong> Deos, e a saú<strong>de</strong> das nímas^ dou e outorgo licença a dona Estevainha<br />

dita Bassinka, e d MarXa Menen<strong>de</strong>z dita <strong>de</strong>Ancion, <strong>de</strong> morarem em San-<br />

tarém, e <strong>de</strong> po<strong>de</strong>rem hy fazer e acrecentar Mosteiro <strong>de</strong> Donas da noss^

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