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Da Vida de São Domingos – Fr. Luís de

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236 LIVRO VI DA HISTORIA DE S. DOMINGOS<br />

fFellas não valiao mais que hum real. Estranha diíTerença, e varieda<strong>de</strong><br />

•causada só do ro<strong>de</strong>ar dos annos. Não peço perdão doestas miu<strong>de</strong>zas, por-<br />

que nenhuma hngoa se apren<strong>de</strong> sem o seu alfabeto: e estas o são da<br />

moeda <strong>de</strong> Portugal.<br />

CAPITULO IV<br />

Dota a fundadora o Mosteiro em conformida<strong>de</strong> do Breve: vão duas Religiosas<br />

do Mosteiro das Donm <strong>de</strong> Santarém dar-lhe principio.<br />

Como por este tempo residião os Pontifices Romanos com toda sua<br />

€orte no Reino <strong>de</strong> <strong>Fr</strong>ança, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Avinhão, tardarão pouco as le-<br />

tras Apostólicas em chegar a Portugal, e ás mãos da fundadora: e tanto<br />

que estas recebeo, tratou logo <strong>de</strong> fazer vir do Mosteiro das Donas <strong>de</strong><br />

'Santarém as Religiosas, que o Provincial tinha <strong>de</strong>putado pêra darem prin-<br />

cipio ao novo Mosteiro. Mas porque era ponto principal dotar-se primeiro<br />

nas quinhentas livras <strong>de</strong> renda, que pêra aquelles tempos não era pe-<br />

quena diíTiculda<strong>de</strong>, veio a celebrar-se a escritura <strong>de</strong> nova doação, e dote<br />

juntamente na entrada do anno seguinte: a qual tirada do Original, que<br />

as <strong>Fr</strong>eiras guardão em seu Cartório, contem o seguinte.<br />

Saibão todos, qne ^m presença <strong>de</strong> mim Afonseanes Taballiom d^ Ji&sso<br />

Senhor el Rey cm Gaija, e em Vi lia Nova, e em seus termos c julga-<br />

dos, e as testimmihas que adiante são escritas, estando dona Maria Metu-<br />

•<strong>de</strong>s Petita filha <strong>de</strong> Suegro Meen<strong>de</strong>s Petite em Villa nova <strong>de</strong> par <strong>de</strong> Gaya<br />

no seu 3fosteyro, a dita dona Maria Meen<strong>de</strong>s disse, que a ella fora ou-<br />

torgado hum privilegio e graça especiai <strong>de</strong> Nosso Senhor o Papa Innoeen-<br />

cio Sexto, no qual era conteúdo entre as outras cousas, que o dito Senhor<br />

Papa dava licença d dita doua Maria, que ella pu<strong>de</strong>sse fundar e edificar<br />

o dito Mosteijro, e as cousas que a eile pertencessem: e que Ihi era manda-<br />

do na dita Bolla que ella assinasse <strong>de</strong> renda ao dito Mosteyro em cada<br />

hum anno em dote quinhentas livras <strong>de</strong> dinheiros Portugueses dos seus bens^<br />

^ntè que as ditas cousas fossem feitas. E dizia que ella pêra satisfazer ao<br />

mandado e Bolla do dito Senhor Papa assinara já ao dito Mosteyro as<br />

trezentas livras, polo seu logar e erda<strong>de</strong> que ella ha em termo <strong>de</strong> Leirea,<br />

que chamão o Crasto: e outrosi as sas casas que estão na dita Villa <strong>de</strong><br />

Leirea, que estom na ribeira do rio^ e as sas marinhas do sal que ella ha<br />

^m Tavari<strong>de</strong> termo <strong>de</strong> Monte mayor o velho: e outro si o seu logar e er-

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