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Da Vida de São Domingos – Fr. Luís de

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PARTICULAR DO REINO DE PORTUGAL 9<br />

que SC estenda hum pouco, espero não será <strong>de</strong>sagradável, porque se ve-<br />

rão <strong>de</strong> mistura algumas antiguida<strong>de</strong>s notáveis : e se enten<strong>de</strong>rá juntamen-<br />

te a diligencia com que aquelles bemditos Padres antigos nossos irmãos,<br />

semeavão a santa Doutrina, não perdoando a nenhuma comarca, por<br />

apartada, nem terra por áspera, nem al<strong>de</strong>ã por pequena, mas correndo<br />

por tudo, e procurando aproveitar a todos. Que claro está que não po-<br />

dião os povos aíieiçoar-se á <strong>de</strong>vação do Santo, nem edilicar-lhe casas,<br />

sem terem novas d'elle ; nem podião ter novas d'elle, sem haver quem<br />

lhas levasse : nem lhas podia levar se não quem <strong>de</strong> raiz as soubesse, o<br />

milito <strong>de</strong> perto lhe tocasse o bem d'ellas, e da honra do Santo. E estes<br />

não podião ser outros se não <strong>Fr</strong>a<strong>de</strong>s da mesma Or<strong>de</strong>m, e habito. D^on<strong>de</strong><br />

íica entendido, c provado que andarão tudo, e não pouparão os pés, pêra<br />

po<strong>de</strong>rmos dizer por elles: Quam speciosi pe<strong>de</strong>s evangelizantium bona! (1)<br />

Que fermosos são os pés dos correios <strong>de</strong> boas, e santas novas 1 E também<br />

se <strong>de</strong>ixa ver que não foi ocioso seu trabalho, nem pouco o proveito<br />

que fizerão, pois assi acen<strong>de</strong>rão nas gentes o amor, e estimação do San-<br />

to. <strong>Da</strong> qual po<strong>de</strong>mos colligir (como nossa humanida<strong>de</strong> se move tanto<br />

por benefícios), que elle as <strong>de</strong>via obrigar com muitos, como na verda<strong>de</strong><br />

obrigou ; e alguns encontraremos em casos tão peregrinos, que nos fiquem<br />

forrando o trabalho <strong>de</strong> contar muitos. Pois on<strong>de</strong> houve valia, e<br />

po<strong>de</strong>r pêra cousas gran<strong>de</strong>s, certo he que não faltaria nas menores. E<br />

começaremos esta matéria no capitulo seguinte.<br />

CAPÍTULO IV<br />

<strong>Da</strong>s <strong>Fr</strong>eguezias^ e Ermidas que ha da invocação <strong>de</strong> S. <strong>Domingos</strong><br />

no Arcebispado <strong>de</strong> Braga.<br />

Começando pola cabeça da Igreja <strong>de</strong> Portugal, e <strong>de</strong> toda Espanha,<br />

que he Braga, temos em seu Arcebispado sinco <strong>Fr</strong>eguezias da invocação<br />

<strong>de</strong> S. <strong>Domingos</strong>, que são em Yaldauta, termo da villa <strong>de</strong> Chaves: em<br />

Ferreiros : em<br />

Vai <strong>de</strong> Mendijs : em<br />

Soutello junto a Chaves, e em Mi-<br />

ran<strong>de</strong>lla, on<strong>de</strong> chamão o Rego.<br />

No mesmo Arcebispado temos quatro Ermidas <strong>de</strong> S. <strong>Domingos</strong>. IIuma<br />

junto da villa <strong>de</strong> Guimarães : outra na serra do Alvão, concelho da<br />

Ribeira <strong>de</strong> Pena, junto ao rio Tâmega : outra menos <strong>de</strong> mea legoa da<br />

(1] Rom. 10. Isai 1%

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