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Representações do sujeito feminino em O Despertar e Riacho Doce ...

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<strong>Representações</strong> <strong>do</strong> <strong>sujeito</strong> <strong>f<strong>em</strong>inino</strong> <strong>em</strong> O <strong>Despertar</strong> e <strong>Riacho</strong> <strong>Doce</strong>: um estu<strong>do</strong> comparativo<br />

____________________________________________________________________<br />

Generation). Um <strong>do</strong>s escritores estuda<strong>do</strong>s no referi<strong>do</strong> curso foi a escritora Kate Chopin.<br />

Para aquele s<strong>em</strong>estre de 2007.2, o romance mais conheci<strong>do</strong> de Chopin, O <strong>Despertar</strong>, estava<br />

no programa de leitura. A narrativa de Kate Chopin foi lida logo depois de finalizarmos a<br />

leitura de <strong>Riacho</strong> <strong>Doce</strong> e, antes mesmo de concluirmos a leitura de O <strong>Despertar</strong>, veio-nos a<br />

ideia de juntarmos os <strong>do</strong>is romances para um possível projeto de estu<strong>do</strong> mais denso.<br />

Amadurecen<strong>do</strong> a ideia, rel<strong>em</strong>os as duas obras e juntamos material que possibilitasse a<br />

elaboração de um projeto de pesquisa para o nosso <strong>do</strong>utoramento. Como nossa pretensão<br />

era enfocar as duas protagonistas <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is romances, vimos na crítica f<strong>em</strong>inista <strong>em</strong><br />

parceria com os estu<strong>do</strong>s de gênero a porta de entrada para desenvolvermos a pesquisa.<br />

O que nos levou a aproximar os <strong>do</strong>is textos pode ser resumi<strong>do</strong> nos seguintes<br />

pontos: a) a procura das personagens por uma forma de preencher ou dar senti<strong>do</strong> às suas<br />

vidas; b) o nome escolhi<strong>do</strong> para as protagonistas, Edna, que possui <strong>em</strong> si a noção de<br />

prazer, algo tão caro a estas personagens; c) o final <strong>em</strong> aberto <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is romances; e d) a<br />

utilização <strong>do</strong> el<strong>em</strong>ento água na construção da trama narrativa. Estes pontos serão<br />

manti<strong>do</strong>s neste texto de análise, constituin<strong>do</strong> o esqueleto que dará corpo ao estu<strong>do</strong><br />

hermenêutico por nós desenvolvi<strong>do</strong> aqui.<br />

No que diz respeito à proximidade destes <strong>do</strong>is autores e aos estu<strong>do</strong>s compara<strong>do</strong>s,<br />

perceb<strong>em</strong>os que o trabalho de Kate Chopin t<strong>em</strong> si<strong>do</strong> aproxima<strong>do</strong>, <strong>em</strong> diferentes aspectos,<br />

ao de outros escritores já consagra<strong>do</strong>s. Por ex<strong>em</strong>plo, há estu<strong>do</strong>s que mostram como<br />

Maupassant influenciou a obra da escritora, outros que criam diálogos entre Chopin e<br />

Gustave Flaubert, Walt Whitman, Henrik Ibsen, Sylvia Plath, Willa Carther, George Eliot,<br />

Charlotte Perkins Gilman, Georg Sand, Alexandra Kollontai, Mary Wollstonecraft,<br />

Geroge Washington Cable, Herman Melville, Nathaniel Hawthorne, Ralph Wal<strong>do</strong><br />

Emerson, Agnes Smedley, Theo<strong>do</strong>re Dreiser, entre outros (cf. SKAGGS, 1985). Nossa<br />

intenção, ao aproximar o texto de Kate Chopin ao de José Lins <strong>do</strong> Rego, será dar<br />

abrangência aos estu<strong>do</strong>s compara<strong>do</strong>s que enfocam os textos de Chopin, inserin<strong>do</strong> José<br />

Lins <strong>do</strong> Rego como mais um escritor cuja obra oferece aspectos que pod<strong>em</strong> ser<br />

identifica<strong>do</strong>s nas criações da autora americana citada. Com isso, quer<strong>em</strong>os criar outras<br />

possibilidades de leituras de textos já consagra<strong>do</strong>s pela crítica <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e <strong>do</strong><br />

Brasil.<br />

Quanto ao estu<strong>do</strong> da produção artística <strong>do</strong> paraibano José Lins <strong>do</strong> Rego, o teor<br />

regionalista e m<strong>em</strong>orialista de seus textos e os romances que enfocam o Nordeste <strong>do</strong><br />

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