10.10.2013 Views

Representações do sujeito feminino em O Despertar e Riacho Doce ...

Representações do sujeito feminino em O Despertar e Riacho Doce ...

Representações do sujeito feminino em O Despertar e Riacho Doce ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Representações</strong> <strong>do</strong> <strong>sujeito</strong> <strong>f<strong>em</strong>inino</strong> <strong>em</strong> O <strong>Despertar</strong> e <strong>Riacho</strong> <strong>Doce</strong>: um estu<strong>do</strong> comparativo<br />

____________________________________________________________________<br />

Ao finalizar o nosso processo de escrita, o faz<strong>em</strong>os movi<strong>do</strong> pelo desejo de<br />

continuar com os acha<strong>do</strong>s aqui elenca<strong>do</strong>s, buscan<strong>do</strong> novas formas de adentrar nos textos<br />

destes <strong>do</strong>is autores. Quanto ao que aqui foi posto, acreditamos que os objetivos<br />

formula<strong>do</strong>s <strong>em</strong> nossa primeira ideia de pesquisa, o projeto de <strong>do</strong>utora<strong>do</strong>, foram atingi<strong>do</strong>s.<br />

É o que fica evidente quan<strong>do</strong> rev<strong>em</strong>os os quatro objetivos específicos <strong>do</strong> projeto de<br />

<strong>do</strong>utoramento, a saber: 1. Analisar os <strong>do</strong>is romances, dan<strong>do</strong> destaque ao mo<strong>do</strong> como cada<br />

obra focaliza a figura f<strong>em</strong>inina protagonista, Edna Pontellier e Edna/Eduarda, na busca<br />

de realizar os seus desejos; 2. Fazer uma leitura sobre as relações de gênero, dentro das<br />

duas sociedades patriarcais apresentadas no corpus; 3. Mostrar a relação das protagonistas<br />

<strong>do</strong>s romances com a natureza que as cerca, focalizan<strong>do</strong> o mo<strong>do</strong> como o meio <strong>em</strong> que as<br />

estórias ocorr<strong>em</strong> t<strong>em</strong> função para as ações das duas protagonistas; 4. Interpretar a última<br />

cena <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is romances, mostran<strong>do</strong> o senti<strong>do</strong> simbólico da passag<strong>em</strong>, buscan<strong>do</strong> criar um<br />

diálogo com o imaginário cultural <strong>do</strong> qual se nutre a literatura para questionar e/ou<br />

reafirmar o papel <strong>do</strong> <strong>f<strong>em</strong>inino</strong>.<br />

O que foi apresenta<strong>do</strong> e o que ainda vislumbramos pesquisar, <strong>em</strong> momentos<br />

futuros, sobre O <strong>Despertar</strong> e <strong>Riacho</strong> <strong>Doce</strong>, d<strong>em</strong>onstram que o texto de Kate Chopin e o de<br />

José Lins <strong>do</strong> Rego constitu<strong>em</strong> clássicos literários, pois eles possibilitam a materialização<br />

de significa<strong>do</strong>s vários que são estoca<strong>do</strong>s, arquiva<strong>do</strong>s e organiza<strong>do</strong>s, de maneira que<br />

qualquer um pode deles se nutrir cada vez que se entregar à leitura das obras. A<br />

bibliografia apresentada, que procura atualizar os estu<strong>do</strong>s sobre os <strong>do</strong>is autores, intenta<br />

ser uma fonte de referência para instigar novas abordagens analíticas para O <strong>Despertar</strong> e<br />

<strong>Riacho</strong> <strong>Doce</strong>s, b<strong>em</strong> como para outros textos de Kate Chopin e José Lins <strong>do</strong> Rego.<br />

A partir <strong>do</strong> que expomos neste texto interpretativo, esperamos que outros leitores<br />

construam novas possibilidades de análise para as obras literárias que constitu<strong>em</strong> o nosso<br />

corpus, amplian<strong>do</strong> nossa leitura e crian<strong>do</strong> um fio de leitura capaz das mais diferentes<br />

construções. Dessa forma, como expõe Italo Calvino, esses livros nos parecerão “[...] que<br />

nunca [terminarão] de dizer aquilo que [têm] para dizer” (2007, p.11), nos instigan<strong>do</strong> a<br />

aprofundarmo-nos ainda mais e nos permitin<strong>do</strong> mergulhos mais densos e dinâmicos, tais<br />

como fizeram as heroínas das narrativas analisadas.<br />

<br />

214

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!