Representações do sujeito feminino em O Despertar e Riacho Doce ...
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<strong>Representações</strong> <strong>do</strong> <strong>sujeito</strong> <strong>f<strong>em</strong>inino</strong> <strong>em</strong> O <strong>Despertar</strong> e <strong>Riacho</strong> <strong>Doce</strong>: um estu<strong>do</strong> comparativo<br />
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Moreira (2003), que aproxima a escritora americana Kate Chopin da brasileira Júlia Lopes<br />
de Almeida, e os de Heloísa Toller Gomes (1981), que analisa José Lins <strong>do</strong> Rego a partir<br />
de comparações com o americano William Faulkner. Longe de desmerecer o trabalho das<br />
duas pesquisa<strong>do</strong>ras, que se consolidaram como expoentes críticos <strong>do</strong>s respectivos autores,<br />
os estu<strong>do</strong>s de ambas corroboram que é mais recorrente se estudar obras de escritores que<br />
possu<strong>em</strong> a mesma autoria: f<strong>em</strong>inina e/ou masculina. Com a nossa proposta, pretend<strong>em</strong>os<br />
não apenas oferecer um estu<strong>do</strong> comparativo exploran<strong>do</strong> o papel da figura f<strong>em</strong>inina, mas<br />
mostrar como esta figura é revelada na escrita de autores de sexos, propostas literárias e<br />
inserção t<strong>em</strong>poral e social distintos. Dessa forma, oferec<strong>em</strong>os uma leitura, de certa forma<br />
inova<strong>do</strong>ra, de <strong>do</strong>is autores de destaque nas suas respectivas nacionalidades literárias, além<br />
de ampliarmos os estu<strong>do</strong>s de gênero, revelan<strong>do</strong> o mo<strong>do</strong> como Kate Chopin e José Lins<br />
<strong>do</strong> Rego tratam da representação <strong>do</strong> <strong>f<strong>em</strong>inino</strong>.<br />
Além das justificativas apresentadas, todas de ord<strong>em</strong> crítico-analítica, apresentamos<br />
outras de cunho profissional e pessoal. Como professor e estudioso de literatura anglo-<br />
americana e teoria da literatura, procurar<strong>em</strong>os agregar este projeto às nossas atividades<br />
profissionais. Assim sen<strong>do</strong>, o que estudar<strong>em</strong>os durante este processo aqui está<br />
intimamente liga<strong>do</strong> ao nosso trabalho junto à instituição de ensino onde estamos lota<strong>do</strong>s,<br />
o que nos possibilita levarmos para os nossos alunos e colegas as discussões levantadas<br />
neste processo de <strong>do</strong>utoramento.<br />
Por fim, é importante salientar que o que impulsiona a permanência de uma<br />
determinada obra literária advém da (re)leitura desse material artístico, principalmente das<br />
(re)leituras desenvolvidas por reflexões acadêmicas. Portanto, nosso trabalho procura<br />
atualizar as duas obras, oferecen<strong>do</strong> ao público uma nova abordag<strong>em</strong> interpretativa de O<br />
<strong>Despertar</strong> e <strong>Riacho</strong> <strong>Doce</strong>, uma vez que não t<strong>em</strong>os conhecimento de uma outra pesquisa que<br />
procure aproximar estes <strong>do</strong>is romances.<br />
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