10.10.2013 Views

Representações do sujeito feminino em O Despertar e Riacho Doce ...

Representações do sujeito feminino em O Despertar e Riacho Doce ...

Representações do sujeito feminino em O Despertar e Riacho Doce ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Representações</strong> <strong>do</strong> <strong>sujeito</strong> <strong>f<strong>em</strong>inino</strong> <strong>em</strong> O <strong>Despertar</strong> e <strong>Riacho</strong> <strong>Doce</strong>: um estu<strong>do</strong> comparativo<br />

____________________________________________________________________<br />

Ao mesmo t<strong>em</strong>po, conceitos utiliza<strong>do</strong>s pela literatura comparada têm ti<strong>do</strong> grande<br />

aceitação nos mais diferentes campos das abordagens literárias. É o caso, por ex<strong>em</strong>plo, <strong>do</strong><br />

conceito de Intertextualidade, de Kristeva, de Dialogismo, de Bakhtin, de Différance, de<br />

Derrida, entre outros. Em nossa pesquisa, não procuramos vincular a ideia de que o texto<br />

de um autor seria fruto da leitura de um texto primeiro. Ou seja, José Lins <strong>do</strong> Rego teria<br />

li<strong>do</strong> Kate Chopin, uma vez que ele escreve t<strong>em</strong>pos depois. Isso seria pouco provável,<br />

da<strong>do</strong> a fatores históricos que fizeram o romance de Chopin ser esqueci<strong>do</strong> por um longo<br />

perío<strong>do</strong>. Os estu<strong>do</strong>s compara<strong>do</strong>s entram <strong>em</strong> nossa pesquisa como ferramenta auxiliar que<br />

permite criar uma aproximação entre duas obras advindas de autores diferentes,<br />

proporcionan<strong>do</strong> construir um diálogo promissor entre as duas estéticas.<br />

Concomitant<strong>em</strong>ente com os estu<strong>do</strong>s comparatistas, nosso trabalho possui um<br />

enfoque f<strong>em</strong>inista, procuran<strong>do</strong> “investigar o mo<strong>do</strong> pelo qual [o] [...] texto está marca<strong>do</strong><br />

pela diferença de gênero, num processo de desnudamento que visa despertar o senso<br />

crítico e promover mudanças de mentalidades [...]” (ZOLIN, 2009, p. 218), assim como<br />

levantar reflexões críticas relacionadas à autoria das obras “<strong>em</strong> relação às convenções<br />

sociais que, historicamente, têm aprisiona<strong>do</strong> a mulher e tolhi<strong>do</strong> seus movimentos”<br />

(ZOLIN, 2009, p. 218). Deixamos claro que nossa maior intenção, quanto aos estu<strong>do</strong>s<br />

f<strong>em</strong>inistas, é investigar a representação/construções de gênero que a literatura desses <strong>do</strong>is<br />

escritores criou, principalmente nos romances O <strong>Despertar</strong> e <strong>Riacho</strong> <strong>Doce</strong>.<br />

Como ponto inicial de nossa investigação, buscamos fazer um levantamento geral<br />

da obra <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is autores destacan<strong>do</strong> a maneira como se caracteriza a representação da<br />

mulher. O que se pretende, nesse primeiro diálogo, é fazer uma leitura s<strong>em</strong> pretensões de<br />

esgotar o material artístico de Kate Chopin e José Lins <strong>do</strong> Rego para, depois, afunilarmos<br />

nosso foco nas duas obras que constitu<strong>em</strong> o corpus de análise deste trabalho – O <strong>Despertar</strong><br />

e <strong>Riacho</strong> <strong>Doce</strong>.<br />

31

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!