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Representações do sujeito feminino em O Despertar e Riacho Doce ...

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<strong>Representações</strong> <strong>do</strong> <strong>sujeito</strong> <strong>f<strong>em</strong>inino</strong> <strong>em</strong> O <strong>Despertar</strong> e <strong>Riacho</strong> <strong>Doce</strong>: um estu<strong>do</strong> comparativo<br />

____________________________________________________________________<br />

José Lins <strong>do</strong> Rego”, tratar<strong>em</strong>os das representações da figura <strong>do</strong> <strong>f<strong>em</strong>inino</strong> na literatura,<br />

com uma breve introdução <strong>do</strong> capítulo, para afunilarmos as nossas discussões para o<br />

mo<strong>do</strong> como a figura da mulher é representada na obra completa <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is escritores que<br />

compõ<strong>em</strong> o nosso corpus – Kate Chopin e José Lins <strong>do</strong> Rego. Para cada um <strong>do</strong>s autores,<br />

será reserva<strong>do</strong> um subcapítulo, enfocan<strong>do</strong> a abordag<strong>em</strong> <strong>do</strong> <strong>f<strong>em</strong>inino</strong> <strong>em</strong> suas mais<br />

variadas criações artísticas. Embora represente o <strong>f<strong>em</strong>inino</strong> de forma diferenciada, é nosso<br />

intento mostrar que a mulher faz-se presente no imaginário artístico <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is escritores,<br />

constituin<strong>do</strong> ponto <strong>em</strong>bl<strong>em</strong>ático na feitura de seus textos, seja através da presença<br />

marcante, como no caso de Kate Chopin; seja através <strong>do</strong> apagamento <strong>do</strong> <strong>f<strong>em</strong>inino</strong>, como<br />

ocorre <strong>em</strong> grande parte da obra romanesca de José Lins <strong>do</strong> Rego. Aqui, foram-nos de<br />

grande utilidade as discussões oferecidas pela crítica f<strong>em</strong>inista, ao abordar as questões de<br />

gênero na literatura.<br />

No segun<strong>do</strong> capítulo, intitula<strong>do</strong> “Abismos de solidão: as incursões das<br />

protagonistas de O <strong>Despertar</strong> e <strong>Riacho</strong> <strong>Doce</strong>”, tratamos, a partir da teoria apresentada por<br />

Georg Lukács, <strong>em</strong> Teoria <strong>do</strong> romance, e das leituras da crítica f<strong>em</strong>inista, <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> como as<br />

duas protagonistas, Edna Pontellier e Edna/Eduarda, se configuram como heroínas<br />

solitárias. Partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> princípio de que o herói <strong>do</strong> romance se constitui como oponente<br />

de uma ord<strong>em</strong> que lhe é externa e que se choca com seu interior (Lukács, 2000),<br />

analisar<strong>em</strong>os as protagonistas <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is romances procuran<strong>do</strong> destacar o <strong>em</strong>bate entre o<br />

interno das personagens e o mun<strong>do</strong> que as cerca – o externo. Mostrar<strong>em</strong>os que por<br />

estar<strong>em</strong> imersas <strong>em</strong> um universo patriarcal, que forja um estereótipo <strong>do</strong> <strong>f<strong>em</strong>inino</strong>, estas<br />

duas heroínas, ao fugir<strong>em</strong> de tu<strong>do</strong> que é espera<strong>do</strong> para o <strong>f<strong>em</strong>inino</strong>, não encontram espaço<br />

de pertencimento para si. E por não encontrar<strong>em</strong> o espaço que lhes acolha, ver<strong>em</strong>os que<br />

elas também não enxergam nas outras personagens mulheres um modelo que se aproxime<br />

<strong>do</strong> que a interioridade de cada uma delas exige. Dessa forma, Edna Pontellier e<br />

Edna/Eduarda terminam suas narrativas <strong>em</strong> um na<strong>do</strong> solitário, mostran<strong>do</strong> que as duas<br />

buscam um mun<strong>do</strong> simbólico que tanto aponta para a morte como para a vida. Desse<br />

mo<strong>do</strong>, este capítulo centrará suas análises na solidão existencial e social que as<br />

protagonistas viv<strong>em</strong>.<br />

No terceiro e último capítulo, denomina<strong>do</strong> de “O caminho das águas: as<br />

personagens e as águas <strong>em</strong> O <strong>Despertar</strong> e <strong>Riacho</strong> <strong>Doce</strong>”, buscar<strong>em</strong>os interpretar os <strong>do</strong>is<br />

romances utilizan<strong>do</strong> a simbologia das águas e a crítica f<strong>em</strong>inista, para adentrarmos na<br />

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