22.07.2014 Views

acta pediátrica portuguesa - Sociedade Portuguesa de Pediatria

acta pediátrica portuguesa - Sociedade Portuguesa de Pediatria

acta pediátrica portuguesa - Sociedade Portuguesa de Pediatria

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Acta Pediatr Port 2010:41(5):S102<br />

e necessitar <strong>de</strong> substituto ainda é tida por 59.6%. A ausência <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes é<br />

sinónimo <strong>de</strong> comida “passada” para 70%. 50.8% escolhe o <strong>de</strong>cúbito dorsal<br />

como a posição <strong>de</strong> dormir mas <strong>de</strong>stes só 70% sabe que é preventiva da SMSL,<br />

e 35% ainda acredita que <strong>de</strong>itar o lactente sem ter arrotado” é um dos factores<br />

<strong>de</strong> risco. Apenas 6.3% refere não ser necessário esterilizar biberões e tetinas<br />

após cada utilização e 55% crê que as bactérias e/ou alimentos são a causa<br />

mais frequente <strong>de</strong> gastroenterite. Andar <strong>de</strong>scalço é apontado como a etiologia<br />

<strong>de</strong> infecções urinárias por 25%. As respostas serão correlacionadas com as<br />

diferentes características dos inquiridos. Comentário: Apesar da população<br />

abrangida por este inquérito ser maioritariamente jovem, ter concluído o ensino<br />

secundário e ser <strong>de</strong> uma zona urbana, ainda há muitas concepções erradas<br />

acerca <strong>de</strong> situações banais que po<strong>de</strong>m, e <strong>de</strong>vem, ser esclarecidas na Consulta<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Infantil.”<br />

Palavras-chave: Mito, cuidadores <strong>de</strong> crianças, Consulta <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Infantil.<br />

PD147 - Doença <strong>de</strong> Wilson diagnóstico <strong>de</strong> caso índice em criança <strong>de</strong> 3 anos<br />

Arnaldo Cerqueira 1 ; Sandra Costa 2 ; Íris Maia 2 ; Henedina Antunes 3<br />

1- Hospital <strong>de</strong> Braga; 2- Consulta <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong> Geral, Serviço <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>,<br />

Hospital <strong>de</strong> Braga; 3- Instituto <strong>de</strong> Ciências da Vida e da Saú<strong>de</strong>, Escola <strong>de</strong><br />

Ciências da Saú<strong>de</strong> da Universida<strong>de</strong> do Minho<br />

Introdução: A doença <strong>de</strong> Wilson (DW) é uma doença hereditária rara do<br />

metabolismo do cobre <strong>de</strong> transmissão autossómica recessiva. A mutação<br />

localiza-se no cromossoma 13. Crianças com ida<strong>de</strong> inferior aos 5 anos raramente<br />

apresentam sintomas da doença*. Menino <strong>de</strong> 3 anos referenciado<br />

pelo médico assistente a consulta <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>, em Março <strong>de</strong> 2009 por a<strong>de</strong>nomegalias<br />

cervicais bilaterais <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro ano <strong>de</strong> vida. Antece<strong>de</strong>ntes<br />

fami liares: paramiloidose na família materna. Antece<strong>de</strong>ntes pessoais: cres -<br />

ci mento estaturo-pon<strong>de</strong>ral P75-90. O estudo efectuado revelou citólise hepática.<br />

Após 3 meses, mantinha elevação das transaminases TGO- 151U/l,<br />

TGP- 437 U/l, GGT- 163 U/l pelo que foi referenciado à Consulta <strong>de</strong><br />

Gastrenterologia Pediá trica. Ceruloplasmina &lt; 2 mg/dl no soro com<br />

TGP=437 U/l. Ao exa me objectivo à palpação abdominal apresentava fígado<br />

com aumento da consistência; e o baço não era palpável. Sugerindo o<br />

diagnóstico <strong>de</strong> hepatite crónica pela consistência do fígado e provavelmente<br />

por Doença <strong>de</strong> Wilson efectuou colheita <strong>de</strong> urina <strong>de</strong> 24h para doseamento<br />

do cobre e biopsia hepá tica no dia seguinte. TGP elevada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Dezembro<br />

<strong>de</strong> 2008. A biopsia hepá tica foi compatível com Doença <strong>de</strong> Wilson, com<br />

cobre hepático <strong>de</strong> 1098 ug/ml <strong>de</strong> fígado seco e doseamento <strong>de</strong> cobre na<br />

urina 24h = 46,4 ug/24h. Inicia tratamento a com penicilamina com aumento<br />

progressivo, (actualmente 22 mg/Kg/dia) restrição dietética do cobre e<br />

piridoxina. Verificou-se dimi nui ção das transaminases. Tem ainda <strong>de</strong>ficiência<br />

<strong>de</strong> alfa1- antitripsina, fenótipo PiMS e ANA positivos 1/160 com anticorpo<br />

anti LKM e anti músculo liso negativos. Foi i<strong>de</strong>ntificada a mutação<br />

da doença. Conclusões: Esta entida<strong>de</strong> é pouco frequente na ida<strong>de</strong> pediá -<br />

trica, mas fatal se não reconhecida e tratada. O doente mais jovem com<br />

doença hepática publicado tinha 4 anos*. A Doença <strong>de</strong> Wilson como diagnóstico<br />

diferencial <strong>de</strong> hepatite crónica antes dos 3 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> é muito<br />

rara mas apresentamos este caso para alertar para esta possibilida<strong>de</strong>. A consistência<br />

do fígado é fundamental na avaliação da criança com transaminases<br />

elevadas dado que a consistência aumentada obrigará a excluir mais rapi -<br />

damente duas causas tratáveis <strong>de</strong> cirrose em pediatria, Doença <strong>de</strong> Wilson e<br />

Hepatite Auto-Imune.<br />

Palavras-chave: Doença <strong>de</strong> Wilson, hepatite crónica, biopsia hepática.<br />

PD148 - Vacinas extra-PNV em 3 Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Região <strong>de</strong> Lisboa<br />

e Vale do Tejo<br />

Marta Correia 1 ; Gustavo Queirós 2 ; Joana Ramalho 3 ; Isabel Ferreira 4 ; Teresa<br />

Kulberg 5 ; Ana Maria Costa 3 ; Florbela Cunha 1<br />

1- Hospital <strong>de</strong> Reynaldo dos Santos; 2- Hospital D. Estefânia; 3- Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> Familiar Villa Longa; 4- Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Amora; 5- Centro <strong>de</strong> Saú -<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong> Marvila<br />

Introdução: A vacinação foi um dos maiores ganhos em Saú<strong>de</strong> Pública já<br />

que, além da protecção individual, beneficia toda a comunida<strong>de</strong>, evitando a<br />

transmissão <strong>de</strong> doenças. Actualmente, no Programa Nacional <strong>de</strong> Vacinação<br />

(PNV), são administradas gratuitamente 12 vacinas, existindo outras que,<br />

administradas por indicação médica, conferem imunida<strong>de</strong> adicional contra<br />

patologias não cobertas pelo PNV. Objectivos: Avaliar a prevalência <strong>de</strong><br />

vacinas extra-PNV em crianças inscritas em Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (CS) da<br />

Amora, Vialonga e Marvila. Comparar prevalências entre as diferentes<br />

áreas. Material e Métodos: Estudo transversal, com análise das fichas <strong>de</strong><br />

vacinação das crianças nascidas entre 1/09/2007 e 31/08/2008, inscritas nos<br />

3 CS mencionados, tendo como base as recomendações sobre vacinas da<br />

<strong>Socieda<strong>de</strong></strong> <strong>Portuguesa</strong> <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>. Análise estatística através dos programas<br />

MSExcel 2007® e SPSS v17®. Resultados: Foram analisadas 1041<br />

crianças. Estavam vacinadas com esquema completo da vacina conjugada<br />

anti-pneumocócica 441 crianças (42,4%), com taxas por CS <strong>de</strong> 41,1%<br />

(Amora), 36,7% (Marvila) e 51,8% (Vialonga). Apenas com a primovacinação<br />

(3 doses &lt;12M), encon travam-se 12,2% <strong>de</strong> crianças, com a percentagem<br />

mais baixa a pertencer a Vialonga (7,8%) e a mais alta à Amora<br />

(14,7%). A vacina contra o Rotavírus foi administrada em esquema com -<br />

pleto a 212 crianças (20,4%) e em esquema incompleto a 15 (1,4%). A<br />

cobertura <strong>de</strong>sta vacina nos 3 CS ana li sados foi <strong>de</strong> 32% (Marvila), 22%<br />

(Vialonga) e 11,7% (Amora). A probabi lida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estar vacinado com esta<br />

vacina esteve estatisticamente associada com o ter efectuado a vacina conjugada<br />

anti-pneumocócica (p&lt;0,001). A vacina contra o vírus da gripe<br />

pandémica (H1N1) foi administrada em 11%, na maioria 2 doses (8,8%). A<br />

vacina contra o vírus da gripe sazonal teve uma prevalência <strong>de</strong> 2,3%. No<br />

que diz respeito a outras vacinas, 30 (2,9%) estavam vacinados contra a<br />

Hepatite A e 20 (1,9%) contra a Varicela. Conclusões: A vacina conjugada<br />

anti-pneumocócica é a vacina extra-PNV mais adminis trada, com uma percentagem<br />

significativa <strong>de</strong> esquemas vacinais incompletos. A maioria das<br />

crianças com vacinação contra o Rotavirus tinha igualmente a vacina antipneumocócica,<br />

o que po<strong>de</strong>rá estar relacionado com questões financeiras.<br />

Verificaram-se algumas assimetrias entre os 3 CS analisados, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

<strong>de</strong> factores sociais ou <strong>de</strong> organização das respectivas unida<strong>de</strong>s. A vacina<br />

contra o vírus da gripe pandémica, apesar <strong>de</strong> recomendada e gratuita, teve<br />

uma baixa prevalência.<br />

Palavras-chave: Vacinação, Cobertura, Extra-PNV, Lisboa<br />

PD149 - Sintomas e sinais em <strong>Pediatria</strong>: o que os pais sabem e como actuam<br />

Miguel Costa 1 ; Bárbara Pereira 1 ; Filipa Neiva 1 ; Miguel Salgado 2 ; Helena<br />

Albuquerque 3<br />

1- Hospital <strong>de</strong> Braga; 2- Unida<strong>de</strong> Local <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Alto Minho, EPE - Viana<br />

do Castelo; 3- ACES Braga (Unida<strong>de</strong>s: Carandá, Maximinos e Infías)<br />

Introdução: A gestão da afluência massiva <strong>de</strong> crianças aos serviços <strong>de</strong><br />

urgência nos meses <strong>de</strong> Inverno é um problema actual e <strong>de</strong> difícil resolução.<br />

Uma estra tégia preventiva, baseada na interface informação/educação,<br />

po<strong>de</strong>rá tranqui lizar os pais e dotá-los <strong>de</strong> um melhor discernimento e capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> actuar perante a patologia aguda dos seus filhos. Objectivos:<br />

Analisar os conhe cimentos e a conduta dos pais perante sintomas e sinais <strong>de</strong><br />

patologia aguda na criança: febre (F), vómitos (V), diarreia (D), obstrução<br />

nasal/rinorreia (ON) e tosse (T). Métodos: Estudo transversal <strong>de</strong>scritivo.<br />

Inquéritos apli cados, em três Centros <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, a 62 mães (crianças entre os<br />

6 meses e os 6 anos). Resultados: A média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> dos filhos foi <strong>de</strong> 24<br />

meses (56,5% ). História prévia <strong>de</strong> F em 85,5% dos casos, <strong>de</strong> V em 58%,<br />

<strong>de</strong> D em 63%, <strong>de</strong> ON em 92% e <strong>de</strong> T em 89%. A temperatura é predominantemente<br />

medida na axila (75%). Meta<strong>de</strong> dos pais consi<strong>de</strong>ra F a partir <strong>de</strong> 38ºC<br />

e 32% acima <strong>de</strong> 37,5ºC. O que mais inquieta numa criança febril é temperatura<br />

superior a 39ºC (44%) ou F que não ce<strong>de</strong> à medicação (31%). A<br />

<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> levar o filho ao médico é tomada em função dos sintomas acompanhantes<br />

em 53% dos casos e apenas 3% tomam essa <strong>de</strong>cisão mal a criança<br />

tenha F. Perante um episódio <strong>de</strong> V 88% dos pais realizam uma pausa ali -<br />

mentar (30 min) oferecendo posteriormente um chá ou água. Se dois episódios,<br />

76% levam os seus filhos ao médico. O sintoma associado consi<strong>de</strong> rado<br />

mais preocupante é a D (36%). Meta<strong>de</strong> das crian ças já tomou solução <strong>de</strong><br />

rehidratação oral. Houve boa tolerância e reso lução da sintomatologia em<br />

89% dos casos. A primeira atitu<strong>de</strong> na D é o aumento do aporte hídrico. O que<br />

mais alarma nesta situação é a presença <strong>de</strong> sangue nas fezes. A dieta, com<br />

<strong>de</strong>staque para a evicção <strong>de</strong> doces, é consi<strong>de</strong> rada importante (93%). A tera -<br />

pêutica mais utilizada na ON é o soro fisioló gico e 45% dos pais administram,<br />

apenas, umas gotas em cada narina. O sintoma associado mais valo -<br />

rizado é a dificulda<strong>de</strong> respiratória. A medicação mais utilizada na T é o<br />

“xarope da T” (42%). Preocupa os pais que esta seja produtiva e que exista<br />

febre associada. A F é o que mais alarma os pais e que motiva mais idas ao<br />

médico (2/3 das situações). Apenas 25% utiliza a Linha <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> 24 e <strong>de</strong>stes<br />

73% ficaram satisfeitos com o atendimento. Conclusão: São muitas as dúvidas,<br />

os erros e a ansieda<strong>de</strong> associadas a esta problemática. A partir das informações<br />

recolhidas neste estudo foi elaborada uma estratégia <strong>de</strong> esclare -<br />

cimento e educação aos pais.<br />

Palavras-chave: Patologia aguda, conhecimentos e preocupações dos pais,<br />

educação.<br />

S102

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!