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acta pediátrica portuguesa - Sociedade Portuguesa de Pediatria

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Acta Pediatr Port 2010:41(5):S124<br />

dos e 0.1% do total <strong>de</strong> casos diagnosticados) foram admitidas na UCI (duas<br />

necessitando <strong>de</strong> ventilação mecânica e duas com patologia <strong>de</strong> base). Não se<br />

verificaram óbitos. Conclusões: As manifestações clínicas foram semelhan -<br />

tes às <strong>de</strong> outras séries nacionais e internacionais. A clínica gastrointestinal<br />

esteve presente em cerca <strong>de</strong> 1/3 das crianças. Em 17% dos casos foi diagnosticada<br />

pneumonia. Os casos com pneumonia intersticial ocorreram em crian -<br />

ças mais novas, observadas mais cedo no <strong>de</strong>curso da doença e com alta mais<br />

precoce em comparação com os casos <strong>de</strong> pneumonia lobar. Globalmente 19%<br />

das crianças foram internadas e 6% <strong>de</strong>stas necessitaram <strong>de</strong> admissão em<br />

cuidados intensivos. Não houve óbitos.<br />

Palavras-chave: Influenza A, Pan<strong>de</strong>mia, Criança.<br />

PD229 - Resistências Antimicrobianas nas Infecções do Tracto Urinário<br />

- Análise Retrospectiva 2001-2008<br />

Eulalia Viveiros 1 ; Joana Oliveira 1 ; Jorge Cabral 1 ; Cristina Aveiro 1 ; Alberto<br />

Berenguer 1 ; Maria Borges 1 ; Teresa Afonso 1 ; Amélia Cavaco 1<br />

1- Hospital Central do Funchal<br />

Introdução:A infecção do tracto urinário (ITU) é uma das patologias mais frequentes<br />

na criança e responsável por um elevado consumo <strong>de</strong> antibióticos.<br />

Sendo a terapêutica inicial empírica, é importante i<strong>de</strong>ntificar em cada área<br />

geográfica, os agentes etiológicos mais frequentes e o seu padrão <strong>de</strong> sen si -<br />

bilida<strong>de</strong>s. Objectivo:Conhecer os agentes etiológicos associados a ITU e ava liar<br />

o seu padrão <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> nos últimos 8 anos. Determinar o antibió tico <strong>de</strong><br />

eleição na terapêutica empírica das ITU nas crianças. Comparar os resultados<br />

com estudos semelhantes do HCF <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2001. Material e Méto dos:Realizou-<br />

-se um estudo retrospectivo e <strong>de</strong>scritivo com base na análise das uroculturas do<br />

ano <strong>de</strong> 2008, em crianças com ida<strong>de</strong> &lt;15anos. Foram incluídas no estudo<br />

todas uroculturas positivas, com crescimento <strong>de</strong> um só tipo <strong>de</strong> colónias em<br />

número superior ou igual 10 5/mL, em urina colhida por saco colector ou do<br />

jacto médio,&gt; 103/mL se colhida por cateterização vesical ou qualquer<br />

crescimento em urina colhida por punção supra-púbica. Resultados:No estudo<br />

foram incluídas um total <strong>de</strong> 217 uroculturas. O agente etiológico mais frequente<br />

foi a Escherichia coli seguido do Proteus mirabilis e da Klebsiella pneumoniae.<br />

A ITU foi mais prevalente no sexo femi nino(65%), e com a seguite distribuição<br />

etária: 26% em lactentes, 15% entre 12-24 meses, e 20% entre os 2 e 5 anos. O<br />

padrão <strong>de</strong> resistência à ampicilina mantém-se elevado. No que respeita ao<br />

agente mais frequente, a E. coli apresentou: 58% <strong>de</strong> resistência à ampicilina,<br />

20% à Amoxicilina/Ác. Clavulânico, 20% às cefalosporinas <strong>de</strong> 1ª geração, 8%<br />

às Cefalosporinas <strong>de</strong> 2ª geração, 17% ao Cotrimoxazol e 5% à Gentamicina. No<br />

último ano verificou-se uma diminuição da resistência da E. coli face à ampicilina<br />

(3%),e um aumento da mesma <strong>de</strong> 6 e 2% respectivamente às cefalosporina<br />

<strong>de</strong> 1ª G e Gentamicina em relação ao ano anterior. Conclusões:A análise<br />

retros pectiva é essencial na prática clínica, contribuindo para uma melhor<br />

reflexão sobre condutas e resultados. As resistências bacterianas são elevadas,<br />

pelo que, a instituição da terapêutica <strong>de</strong> primeira linha na ITU <strong>de</strong>ve basear-se no<br />

padrão <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong>s local com objectivo <strong>de</strong> optimizar o tratamento e evitar<br />

a emergência <strong>de</strong> estirpes resistentes. A monitorização <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998 permitiu que,<br />

em 2001, instituíssemos cefuroxime como terapêutica <strong>de</strong> primeira linha no<br />

tratamento da ITU na criança. Os resultados encontrados confirmam que o<br />

esquema <strong>de</strong> antibioterapia em curso mantém-se efectivo.<br />

Palavras-chave: Infecção do tracto urinário. Antibioterapia. Sensibilida<strong>de</strong><br />

PD230 - Artrite Séptica Meningocócica Primária em Lactente <strong>de</strong> Dois<br />

Meses – Case report<br />

Teresa Jacinto 1 ; Helena Rego 1 ; Juan Gonçalves 1 ; Virgílio Paz Ferreira 1 ; Carlos<br />

Pereira Duarte 1<br />

1- Hospital do Divino Espírito Santo - Ponta Delgada<br />

A infecção articular bacteriana na ida<strong>de</strong> pediátrica é mais frequentemente causada<br />

por Staphylococcus aureus (44%), e por Streptococcus pyogenes (grupo<br />

A) e Streptococcus pneumonia em 10% a 20% dos casos. A artrite é parte do<br />

espectro <strong>de</strong> manifestações da sépsis meningocócica, com ou sem meningite;<br />

contudo, a artrite meningocócica primária, sem outras manifestações sistémicas<br />

ou envolvimento <strong>de</strong> órgãos, é um fenómeno raro, especialmente nas crianças.<br />

Na infecção por Neisseria spp., o atingimento oligoar ticular é mais frequente<br />

que o poliarticular, atingindo as gran<strong>de</strong>s articulações, como o joelho, enquanto<br />

a forma monoarticular é extremamente rara. Neste trabalho <strong>de</strong>screvemos o caso<br />

<strong>de</strong> uma lactente <strong>de</strong> 2 meses, sexo feminino, caucasiana, trazida ao SU por choro<br />

persistente durante a mobilização do membro inferior esquerdo (MIE) a nível<br />

da coxa e febre elevada (Tax. 39-40ºC) com cerca <strong>de</strong> 4 dias <strong>de</strong> evolução. Sem<br />

outros sinais inflamatórios locais. Sem sinais <strong>de</strong> sépsis e/ou meningite. Fez<br />

ecografia da articulação coxo-femoral esquerda, revelando presença da líquido<br />

intra-articular sugestivo <strong>de</strong> conteúdo purulento. Foi submetida a artrotomia<br />

com drenagem cirúrgica e lavagem intra-articular. Isolamento <strong>de</strong> Neisseira<br />

meningitidis no líquido articular. Cumpriu 3 semanas <strong>de</strong> ceftriaxone endo -<br />

venoso em regime <strong>de</strong> internamento hospitalar. Antes da alta, fez ecografia arti -<br />

cular, com boa cobertura aceta bular bilateral. Alta medicada com cefuroxime<br />

oral, até completar 21 dias <strong>de</strong> antibioterapia. Teve alta orientada para Consulta<br />

Ortopedia Infantil. A artrite séptica é uma urgência pediátrica que necessita <strong>de</strong><br />

diagnóstico e tratamento imediatos <strong>de</strong> modo a prevenir e/ou minimizar a<br />

<strong>de</strong>struição da articulação e a disseminação sistémica da infecção. A avaliação<br />

clínica inclui a realização <strong>de</strong> hemocultura e drenagem <strong>de</strong> fluido sinovial intraarticular<br />

e seu exame bacteriológico e citológico, fundamentais para o esta -<br />

belecimento do diagnóstico. O isolamento do meningococo é positivo em 90%<br />

no líquido sinovial, comparado a 40% em hemocultura. A coloração a fresco<br />

por Gram é útil na orien tação inicial da antibioterapia empírica. A artrite<br />

meningocócica primária é rara, com poucos casos <strong>de</strong>scritos na literatura para<br />

qualquer faixa etária, no entanto, não <strong>de</strong>ve ser esquecida no diagnóstico diferencial<br />

<strong>de</strong> qualquer artrite séptica aguda.<br />

Palavras-chave: Artrite séptica, primária, meningococo.<br />

PD231 - Infecção pelo vírus influenza A H1N1 – Visão pós-pan<strong>de</strong>mia<br />

Cármen Silva 1 ; Filipa Flor <strong>de</strong> Lima 1 ; Diana Amaral 1 ; Rosário Costa 2 ;<br />

Margarida Tavares 3 ; Bonito Vítor 3<br />

1- Serviço <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>, UAG da Mulher e da Criança, Hospital <strong>de</strong> São João<br />

(H.S.J.), E.P.E., Porto; 2- Serviço <strong>de</strong> Patologia Clínica, UAG MCDTS,<br />

H.S.J., E.P.E., Porto; 3- Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Infecciologia e Imuno<strong>de</strong>ficiências,<br />

Serviço <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>, UAG da Mulher e da Criança, H.S.J., E.P.E., Porto<br />

Introdução: Em Abril <strong>de</strong> 2009 o vírus Influenza A H1N1 disseminou-se por<br />

todo o mundo tendo sido <strong>de</strong>clarada fase pandémica pela OMS <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2009<br />

a Agosto <strong>de</strong> 2010. As características clínicas e as complicações da infec ção na<br />

população pediátrica continuam pouco <strong>de</strong>finidas. Objectivos: Conhe cer as<br />

carac terísticas clínicas e complicações da infecção pelo vírus H1N1 em doentes<br />

internados. Material e Métodos: Estudo retrospectivo entre 1 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2009<br />

e 30 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2010, através da consulta do processo clínico dos doentes internados<br />

com Gripe A (diagnóstico por RT-PCR) no Serviço <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong> <strong>de</strong> um<br />

hospital terciário. Excluídos doentes internados noutros hospitais ou com sintomas<br />

gripais após o 3º dia <strong>de</strong> internamento. Analisados dados socio<strong>de</strong>mográ -<br />

ficos, antece<strong>de</strong>ntes, sintomas, exames auxiliares <strong>de</strong> diagnóstico à admissão, tera -<br />

pêutica, duração do internamento e complicações. Análise estatística através do<br />

SPSS® v.18 (testes Mann-Whitney e qui-qua drado), nível <strong>de</strong> significância 0,05.<br />

Resultados: Dos 903 casos positivos foram analisados 86 (9,5%) processos e<br />

excluídos 28 (32,6%). Trinta e um (53,4%) do sexo feminino, mediana <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />

36 meses (2-314 meses). Mês <strong>de</strong> Novembro com 36 (62,1%) internamentos.<br />

Vinte e cinco (46,3%) tinham factores <strong>de</strong> risco, dos quais 13 (52%) apresentavam<br />

asma/sibilância recorrente. Dois (3,3%) doentes eram vacinados previamente<br />

(1 dose). Dos sintomas, a febre foi referida por 56 (96,6%) doentes, tosse<br />

por 47 (81%) e rinor reia/obs trução nasal por 31 (53,4%). A contagem mediana<br />

<strong>de</strong> leucócitos foi <strong>de</strong> 9,1x109/L, neutrófilos 59,9%, linfócitos 26% e PCR 15,8<br />

mg/L. Cinquenta e um (92,7%) efectuaram oseltamivir e a duração mediana <strong>de</strong><br />

internamento foi <strong>de</strong> 3,5 dias. Dos 21 (22,4%) doentes com pneumonia, 14 (70%)<br />

apresentavam ≥1 factor <strong>de</strong> risco (p=0,02), 20 (95,2%) efectuaram tera pêutica<br />

antibiótica (p&lt;0,001), 2 (9,5%) <strong>de</strong>senvolveram <strong>de</strong>rrame pleural e o valor<br />

mediano (55,9mg/L) <strong>de</strong> PCR foi maior nestes doentes comparativamente aos<br />

sem pneumonia (p=0,001). Um (1,7%) com doença metabólica em estudo teve<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ventilação mecânica apresentando evolução fatal. Conclusão:<br />

Apesar do número limitado da amostra, a maioria dos doentes apresentou sintomas<br />

respiratórios e uma evolução benigna. O factor <strong>de</strong> risco mais frequente foi<br />

a asma/sibilância recorrente. A pneumonia foi a principal complicação, sendo<br />

que nestes doentes a maioria apresentava pelo menos um factor <strong>de</strong> risco. Os<br />

autores salientam a importância da vacinação nos doentes crónicos.<br />

Palavras-chave: Vírus influenza A H1N1, gripe A, factores <strong>de</strong> risco, com -<br />

plicações<br />

PD232 - Doença Meningocócica na Era Pós Vacina - Em 2 meses, 4 casos<br />

Helena Rego 1 ; Teresa Jacinto 1 ; Ana Raposo 1 ; Raquel Amaral 1 ; Juan<br />

Gonçalves 1 ; C.Pereira Duarte 1<br />

1- HDES<br />

A doença meningocócica é uma infeção bacteriana aguda, rapidamente letal,<br />

causada pela Neisseria meningitidis, que afecta essencialmente crianças até<br />

aos 5 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Diagnóstico precoce, novas terapêuticas e medidas <strong>de</strong><br />

S124

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