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acta pediátrica portuguesa - Sociedade Portuguesa de Pediatria

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Acta Pediatr Port 2010:41(5):S110<br />

em 71,5%. Em relação á presença <strong>de</strong> anticorpos positivos, verificou-se<br />

anti-GAD em 75%, ICA em 45,5% e anti-in sulina em 75%. O Péptido C<br />

estava diminuído em todas as crianças. Todos os doentes são normotensos e<br />

2 têm Dislipidémia. Três crianças apresentam patologia da Tirói<strong>de</strong>. Dois<br />

doentes com nefropatia e um com retinopatia. O nível médio <strong>de</strong> HbA1c foi<br />

<strong>de</strong> 9,4%, por grupo etário: &lt;6A: 9%, 6-12A: 8,9% e &gt;12A: 10,3%.<br />

Todos os doentes fazem terapêutica com esquema intensivo, mas apenas<br />

quatro utilizam a contagem <strong>de</strong> equivalentes <strong>de</strong> Hidra tos <strong>de</strong> Carbono (HC) ás<br />

refeições. Conclusões: O controlo metabólico da nossa consulta está longe<br />

do preconizado, apesar <strong>de</strong> semelhante a outros estudos realizados em<br />

Portugal. Não se verificou associação entre o controlo metabólicos e a utili -<br />

zação <strong>de</strong> equivalentes <strong>de</strong> HC. É necessário o reforço do ensino do auto-con -<br />

trole e <strong>de</strong> terapêutica intensiva com utilização dos equi valentes para melhorar<br />

os indicies metabólicos. De salientar o aumento da hiperglicemia e presença<br />

<strong>de</strong> sintomas como forma <strong>de</strong> apresentação, com baixa incidência <strong>de</strong><br />

cetoacidose, o que indica maior sensibilização do pessoal da Saú<strong>de</strong>.<br />

Palavras-chave: Hospital Distrital <strong>de</strong> Santarém.<br />

PD178 - Avaliação da função tirói<strong>de</strong>a e anticorpos anti-tirói<strong>de</strong>os em<br />

crian ças e adolescentes com Diabetes Mellitus tipo 1: influência da ida<strong>de</strong>,<br />

sexo e duração da diabetes<br />

Carla Costa 1 ; Sofia Fernan<strong>de</strong>s Paupério 1 ; Susana Lima 1 ; Cíntia Castro-<br />

-Correia 1 ; Irene Carvalho 1 ; Manuel Fontoura 1<br />

1- Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Endocrinologia e Diabetologia Pediátrica, UAG-MC, Hospital<br />

São João, EPE, Porto, Portugal<br />

Introdução: A diabetes mellitus tipo 1 (DM1) está associada a uma reacção<br />

auto-imune a antígenos da tirói<strong>de</strong>, incluindo tirói<strong>de</strong> peroxidase (anti-TPO) e<br />

tireoglobulina (anti-Tg). Objectivos: Avaliar em crianças e adolescentes com<br />

DM1 a prevalência dos anticorpos anti-tirói<strong>de</strong>os positivos e sua relação com<br />

potenciais factores <strong>de</strong> risco tais como ida<strong>de</strong>, sexo e duração da diabetes.<br />

Materiais e métodos: Estudo retrospectivo <strong>de</strong> 288 crianças e adolescentes<br />

com DM1. A ida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong> 13,5 + / - 4,3 (média + / - SD) anos, e a duração do<br />

dia betes foi <strong>de</strong> 6,1 + / - 2,8 anos. Sexo masculino (55%). Os anticorpos anti-<br />

-ti rói<strong>de</strong>os foram <strong>de</strong>terminados pelo método <strong>de</strong> quimioluminescência. Resultados:<br />

A prevalência <strong>de</strong> anticorpos anti-tirói<strong>de</strong>os em crianças com DM1 foi:<br />

anti-TPO (17,4%), anti-Tg (12,8%) e <strong>de</strong> ambos os anticorpos anti-tirói<strong>de</strong>os<br />

(11,1%). A presença <strong>de</strong> anticorpos séricos anti-tirói<strong>de</strong>os foi positivamente<br />

associada com a ida<strong>de</strong> (14,7 anos entre aqueles com testes positivos versus<br />

13,2 anos em pacientes com testes negativos), duração da diabetes (7,8 versus<br />

5,7 anos). A presença <strong>de</strong> anticorpos anti-tirói<strong>de</strong>os foi associada ao sexo<br />

masculino (19 M versus 13 F). A tiroidite auto-imune subclínica estava presente<br />

em 24% dos pacientes com anticorpos anti-tirói<strong>de</strong>os positivos e foi<br />

associada ao sexo feminino (8 F versus 4 M). Conclusões: A auto-imunida<strong>de</strong><br />

tirói<strong>de</strong>a foi associada ao sexo masculino, ida<strong>de</strong>s mais avançadas, e longa<br />

duração da diabetes, contudo a presença <strong>de</strong> tiroidite auto-imune subclínica foi<br />

associada ao sexo feminino. A prevalência é alta, pelo que o screening anual<br />

<strong>de</strong> anticorpos é recomendado em todos os pacientes com DM1, enquanto o<br />

nível sérico <strong>de</strong> TSH <strong>de</strong>verá ser avaliado em pacientes com anticorpos<br />

tirói<strong>de</strong>os positivos. Os autores colocam a hipótese <strong>de</strong> que o tratamento da<br />

tiroidite autoimune po<strong>de</strong>rá influenciar o controlo metabólico dos doentes diabéticos,<br />

mas são necessários estudos para confirmar esta hipótese.<br />

Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 1, anticorpos anti-tirói<strong>de</strong>os.<br />

PD179 - Baixa Estatura – Casuística <strong>de</strong> 5 anos <strong>de</strong> uma consulta <strong>de</strong> endo -<br />

crinologia pediátrica<br />

Susana Pacheco 1 ; Susana Pacheco 1 ; Raquel Coelho 2 ; Ana Cristina Monteiro 2 ;<br />

Ester Almeida 2 ; Graciete Bragança 2 ; Helena Carreiro 2<br />

1- ACES X Cacém Queluz - USF M<strong>acta</strong>mã; 2- Hospital Fernando Fonseca<br />

Introdução: A baixa estatura é <strong>de</strong>finida como estatura inferior a -2DP. As<br />

causas são múltiplas, mas cerca <strong>de</strong> 80% dos casos correspon<strong>de</strong>m a variantes<br />

da normalida<strong>de</strong>: baixa estatura familiar e atraso constitucional do cresci mento.<br />

Assumir que a baixa estatura é uma variante da normalida<strong>de</strong> nem sempre é<br />

fácil, pois tal conclusão <strong>de</strong>ve sempre fazer-se com base na avaliação integrada<br />

<strong>de</strong> todos os factores envolvidos no crescimento estatural. Objectivo:<br />

Caracterizar os doentes referenciados a uma consulta <strong>de</strong> endo cri nologia pediá -<br />

trica por suspeita <strong>de</strong> baixa estatura. Métodos: Estudo retrospectivo com base<br />

na análise dos processos clínicos das crianças referenciadas à consulta <strong>de</strong><br />

endo crinologia pediátrica do Hospital Fernando Fonseca (HFF), por perturbação<br />

do crescimento, entre 1 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2005 e 31 Dezembro <strong>de</strong> 2009.<br />

Parâmetros avaliados: Ida<strong>de</strong>, sexo, origem da referenciação, altura, estatura<br />

alvo familiar e diagnóstico final. Resultados: Durante o período referido<br />

foram referenciadas 128 crianças com uma ida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 6,54 anos, 61,72%<br />

do sexo masculino. Apenas 42,19% das crianças foram referenciadas pelo<br />

médico <strong>de</strong> família, sendo as restantes enviadas pelo pediatra. Foram excluídos<br />

12 crianças que abandonaram a consulta e 5 que ainda se encontram em investigação.<br />

A média do DP da estatura foi <strong>de</strong> -1,78 (máx: 0,82; min: -4,51) e a<br />

média da estatura alvo familiar <strong>de</strong> 162,93 cm. Trinta e sete (33,33%) crianças<br />

apresentavam uma altura abaixo do P3, 27 (24,32%) no P3 e as restantes num<br />

percentil superior. Quanto ao diagnóstico final 36,94% (n=41) tinham atraso<br />

constitucional do crescimento, 36,04% (n=40) baixa estatura familiar, 16,22%<br />

(n=18) não apresentavam critérios <strong>de</strong> perturbação do crescimento, 14,41%<br />

(n=16) restrição do crescimento intra-uterino e 11,71% (n=13) défice <strong>de</strong> hormona<br />

do crescimento. De referir que em 20 das 111 crianças apresentam mais<br />

do que um diagnóstico final. Conclusões: A maioria das crianças referenciadas<br />

à consulta <strong>de</strong> endocrinologia pediátrica do HFF apresentava apenas uma va -<br />

riante do normal quanto ao crescimento estatural. Para evitar referenciações<br />

<strong>de</strong>snecessárias é fundamental que a nível dos Cuidados <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Primários<br />

sejam levados a cabo uma história clínica bem orientada, uma avaliação perió -<br />

dica da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> crescimento e eventualmente da ida<strong>de</strong> óssea que na<br />

maioria dos casos são suficientes para fazer o diagnóstico diferencial entre<br />

variantes do normal e baixa estatura patológica.<br />

Palavras-chave: Baixa Estatura.<br />

PD180 - Consulta <strong>de</strong> diabetes mellitus tipo 1: análise retrospectiva <strong>de</strong> 19 anos<br />

Luísa Gaspar 1 ; Pedro Cruz 1 ; Vera Santos 1 ; Marisol Anselmo 1 ; Ana Lopes 1 ;<br />

Manuela Calha 1<br />

1- Hospital <strong>de</strong> Faro, E.P.E.<br />

Introdução: A diabetes mellitus tipo 1 (DMT1) é uma doença auto-imune frequente<br />

em ida<strong>de</strong> jovem, à qual se associam co-morbilida<strong>de</strong>s. Neste sentido, a<br />

análise retrospectiva <strong>de</strong> 19 anos <strong>de</strong> consulta <strong>de</strong> Diabetologia pediátrica é <strong>de</strong><br />

crescente interesse. Objectivos: Actualizar os dados epi<strong>de</strong>miológicos, avaliar<br />

o controlo metabólico, o tratamento, as complicações tardias e a existência <strong>de</strong><br />

doenças concomitantes. Métodos: Foi realizado o estudo retrospectivo através<br />

da consulta dos processos clínicos <strong>de</strong> crianças com ida<strong>de</strong> ≤15 anos, seguidas<br />

na consulta <strong>de</strong> Diabetologia entre o período <strong>de</strong> Maio/1990 e Dezembro/2009.<br />

Parâmetros analisados: número <strong>de</strong> novos casos/ano, distribuição por sexo,<br />

ida<strong>de</strong> e residência, ida<strong>de</strong> do diagnóstico, sazonalida<strong>de</strong>, factores <strong>de</strong>senca <strong>de</strong>an -<br />

tes, antece<strong>de</strong>ntes familiares <strong>de</strong> DMT1, controlo meta bólico (obtido através do<br />

cálculo da média dos últimos 3 doseamentos <strong>de</strong> hemoglobina A1c - HbA1C),<br />

número total <strong>de</strong> injecções <strong>de</strong> insulina/dia, complicações tardias, presença <strong>de</strong><br />

auto-anticorpos e <strong>de</strong> outras doenças. Resultados: Houve um total <strong>de</strong> 146<br />

casos, com 7,3±5,3 [1-25] novos casos/ano; 55,5% do sexo masculino; ida<strong>de</strong><br />

média no diagnóstico 8,0±3,9 [1-15] anos; o mês mais prevalente <strong>de</strong> diagnóstico<br />

foi Março (18 (12,3%) novos casos). Em 37 (25,3%) doentes foram i<strong>de</strong>ntificados<br />

factores <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>antes, sendo o mais frequente as infecções (31<br />

(21,2%) casos); 27 (18,5%) casos tinham ante ce<strong>de</strong>ntes familiares <strong>de</strong> DMT1.<br />

HbA1C média: 9,4±1,9; número <strong>de</strong> injec ções <strong>de</strong> insulina/dia: 4,6±0,7 [2-6]. 37<br />

(25,3%) doentes apresentaram complicações tardias microvasculares, todos<br />

com ≥5 anos <strong>de</strong> doença. Presença <strong>de</strong> auto-anticorpos em 95 (65,1%) casos; em<br />

29 (20%) casos registou-se pato lo gia auto-imune, nomeadamente 16 (11%)<br />

com asma, 7 (4,8%) doentes com patologia tiroi<strong>de</strong>ia, 4 (2,7%) com doença<br />

celíaca, 1 (0,7%) com <strong>de</strong>rmatite li near a Imunoglobulina A e 1 (0,7%) caso <strong>de</strong><br />

vitiligo. Conclusões: Com pre do mínio do sexo masculino, o pico <strong>de</strong> incidência<br />

<strong>de</strong> diagnóstico foi entre os 4-12 anos. A infecção foi i<strong>de</strong>ntificada como o<br />

principal factor precipitante. Todos estes factores são concordantes com a lite -<br />

ratura. Regista-se ainda uma elevada percentagem <strong>de</strong> familiares com DMT1,<br />

bem como a presença <strong>de</strong> ou tras doenças auto-imunes nos doentes estudados.<br />

A HbA1C não traduz o cumprimento do objectivo terapêutico o que acresce o<br />

risco <strong>de</strong> complicações tardias.<br />

Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 1, controlo metabólico, complicações<br />

tardias, doenças concomitantes.<br />

PD181 - Cetoacidose Diabética na UICD: casuística <strong>de</strong> cinco anos<br />

Filipa Reis 1 ; Isabel Melo 1 ; Filipa Nunes 1 ; José da Cunha 1 ; Margarida Pinto 1 ;<br />

Paula Azeredo 1<br />

1- Hospital Garcia <strong>de</strong> Orta<br />

Introdução: A cetoacidose diabética (CAD) é a complicação aguda mais<br />

grave da Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1), po<strong>de</strong>ndo constituir a primeira<br />

mani festação da doença ou resultar <strong>de</strong> <strong>de</strong>scompensação em doentes já<br />

diagnosti cados. Preten<strong>de</strong>-se rever a sua abordagem na unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interna-<br />

S110

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