acta pediátrica portuguesa - Sociedade Portuguesa de Pediatria
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Acta Pediatr Port 2010:41(5):S135<br />
Os principais motivos <strong>de</strong> observação foram a dispneia (18 %) e IS (11%). A<br />
PA foi diagnosticada em 76% dos casos, seguida da IS (20%) e da PH (4%),<br />
predominando no sexo feminino e dos 14 aos 16 anos. Em 57.3% dos casos<br />
i<strong>de</strong>ntificou-se factor <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ante, sendo os problemas escolares mais frequentes<br />
nas raparigas e os familiares nos rapazes (p<0.05). A ingestão <strong>de</strong><br />
drogas <strong>de</strong> abuso e fármacos foi mais frequente dos 14-16 anos (p<0,05)<br />
não havendo diferenças entre os dois géneros. Foram realizados exames complementares<br />
diagnósticos em 27% dos casos, predominando o electrocardiograma<br />
(25%). Cerca <strong>de</strong> 16% <strong>de</strong>stes episódios originou internamento <strong>de</strong> curta<br />
duração, 57% dos quais por IS. Em 15% dos casos proce<strong>de</strong>u-se à orientação<br />
para Consulta Externa (CE), 11% <strong>de</strong> Pedopsiquiatria, 4% <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>. Em 44<br />
(13.5%) casos verificou-se recorrência ao SU pelo mesmo motivo, 33 dos<br />
quais não tinham sido orientados para a CE. De entre os 48 adolescentes<br />
orien tados para a CE a maioria (37/77%) não recorreu <strong>de</strong> novo ao SU.<br />
Comentários: O recurso dos adolescentes ao SU com sintomatologia psi -<br />
cosso mática e/ou IS é uma realida<strong>de</strong>. A amostra estudada era predominantemente<br />
do género feminino e apresentava uma PA. Apenas foi i<strong>de</strong>ntificado factor<br />
<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ante em cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> dos casos, predominando os problemas<br />
escolares e familiares. No grupo dos adolescentes referenciados para a CE<br />
verificou-se uma diminuição do recurso ao SU, salientando a importância <strong>de</strong><br />
uma reavaliação a este nível para melhor avaliar o contexto, co-morbilida<strong>de</strong>s<br />
e permitir uma intervenção eficaz.<br />
Palavras-chave: Perturbação Ansieda<strong>de</strong>, Humor e Ingestao Substancias<br />
PD270 - Há males que vêem por bem<br />
Susana Branco 1 ; Joaquina Antunes 1 ; Catarina Resen<strong>de</strong> 1 ; Conceição Salgado 1 ;<br />
Alzira Ferrão 1<br />
1- Hospital São Teotónio, EPE, Viseu<br />
Descrição do Caso Clínico: Os autores apresentam o caso <strong>de</strong> uma adolescente,<br />
com 14 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, referenciada à Consulta <strong>de</strong> Adolescência por<br />
obesida<strong>de</strong>. Não apresentava antece<strong>de</strong>ntes pessoais <strong>de</strong> relevo e referia uma<br />
disfonia ligeira, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> há dois meses, após gran<strong>de</strong> esforço vocal (cantava num<br />
grupo <strong>de</strong> folclore); sem outras queixas. Além da obesida<strong>de</strong> (Índice <strong>de</strong> massa<br />
corporal <strong>de</strong> 34,3 Kg/m2), constatou-se, ao exame físico, um aumento do<br />
volu me da glândula tirói<strong>de</strong> pelo que realizou doseamento das hormonas tiroi -<br />
<strong>de</strong>ias, com T3 aumentada e T4 livre normal, da TSH, que se revelou dimi -<br />
nuída, dos anticorpos anti-tiroi<strong>de</strong>us , que foram normais, e ecografia tiroi<strong>de</strong>ia<br />
que mostrou um volumoso nódulo sólido heterogéneo no lobo direito, bem<br />
<strong>de</strong>limitado, com 4 cm <strong>de</strong> diâmetro. Para esclarecimento diagnóstico, realizou<br />
uma citologia aspirativa com agulha fina do nódulo cujo resultado foi sugestivo<br />
<strong>de</strong> hiperplasia nodular tiroi<strong>de</strong>ia, em parcial transformação pseudoquís -<br />
tica. A opção terapêutica foi a tiroi<strong>de</strong>ctomia parcial, precedida por um pe ríodo<br />
<strong>de</strong> terapêutica anti-tiroi<strong>de</strong>ia com metimazol. O pós-operatório <strong>de</strong>correu sem<br />
intercorrências e o estudo histológico da peça operatória revelou um a<strong>de</strong> noma<br />
<strong>de</strong> células <strong>de</strong> Hürthle, com fenómenos <strong>de</strong>generativos. Neste contexto, o<br />
pedia tra sugere a avaliação da mãe pelo seu médico assistente, que <strong>de</strong>tecta a<br />
presença <strong>de</strong> um nódulo tiroi<strong>de</strong>u, cujo estudo revelou um carcinoma folicular,<br />
tendo sido submetida a tiroi<strong>de</strong>ctomia total e tratamento ablativo com iodo<br />
radioactivo. Um ano <strong>de</strong>pois da cirurgia, a adolescente encontra-se clinicamente<br />
bem, com um estudo analítico e ecográfico sem alterações. Discussão:<br />
A realização <strong>de</strong> uma história clínica exaustiva permite a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> pro -<br />
blemas muitas vezes não valorizados pelos doentes. Perante uma ana mne se<br />
pouco informativa, o exame físico minucioso foi, neste caso, o principal<br />
ponto <strong>de</strong> partida para o diagnóstico <strong>de</strong> uma situação rara e potencialmente<br />
grave. A maioria dos tipos <strong>de</strong> cancro tem uma predisposição genética, pelo<br />
que é fundamental o seguimento clínico dos familiares com maior risco.<br />
Palavras-chave: Tirói<strong>de</strong>, a<strong>de</strong>noma, carcinoma.<br />
Relacionar a ida<strong>de</strong> materna na gestação com o peso ao nascer da prole.<br />
Metodos: Estudo longitudinal e retrospectivo <strong>de</strong> 1032 mães <strong>de</strong> lactentes<br />
jovens matriculados em Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Escola, no período <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong><br />
2007 a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2009. Realizada a comparação entre o peso ao nascer<br />
<strong>de</strong>stas crianças e a ida<strong>de</strong> materna na gestação. A ida<strong>de</strong> materna foi classifi cada<br />
como: . Igual ou menor <strong>de</strong> 19 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> . 20 a 24 anos . 25 a 29 anos . 30<br />
a 34 anos . 35 anos ou mais O peso ao nascer foi estratificado em: menor <strong>de</strong><br />
2.500 g, entre 2.500g a menos <strong>de</strong> 3.000 g, entre 3.000 g a menos 3.500 g, 3.500<br />
g a 4.000 g e 4.000 g ou mais. Na análise dos resultados utilizaram-se métodos<br />
<strong>de</strong>scritivos. Resultados: Observou-se maior prevalência <strong>de</strong> baixo peso ao<br />
nascer em mães com ida<strong>de</strong> igual ou menor 19 anos, como mostrado no Anexo<br />
< Variação da ida<strong>de</strong> materna e do peso ao nascer da prole>. Também se<br />
encontrou predomínio <strong>de</strong> mães <strong>de</strong> 35 ou mais anos naqueles nascidos entre<br />
3.500 a 4.000 gramas. Conclusão: A ida<strong>de</strong> materna menor <strong>de</strong> 20 anos foi relacionada<br />
ao baixo peso ao nascer da prole.<br />
Palavras-chave: ida<strong>de</strong> materna, gravi<strong>de</strong>z/complicações, peso ao nascer<br />
PD272 - O ganho <strong>de</strong> peso corporal materno na gestação e o peso ao<br />
nascer da prole, coorte Butantã-São Paulo-Brasil<br />
Maria Helena Valente 1 ; Filumena Maria da Silva Gomes 1 ; Leandro Campi<br />
Prearo 2 ; Luis Marcelo Inaco Cirino 1 ; Ana Maria <strong>de</strong> Ulhôa Escobar 1 ; Sandra<br />
Josefina Ferraz Ellero Grisi 1<br />
1- Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo; 2- Universida<strong>de</strong><br />
Municipal <strong>de</strong> São Caetano do Sul<br />
Fundamento: A condição nutricional materna exerce efeito direto no crescimento<br />
fetal e na regulação <strong>de</strong> seu metabolismo. O recém nascido com baixo<br />
peso ao nascer apresenta maiores taxas <strong>de</strong> morbi-mortalida<strong>de</strong> na vida extraute<br />
rina imediata assim como na vida adulta. Objectivo: Relacionar o ganho<br />
<strong>de</strong> peso corporal materno na gestação com o peso ao nascer da prole Méto -<br />
dos: Estudo longitudinal e retrospectivo <strong>de</strong> 1280 lactentes jovens matriculados<br />
em Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Escola, no período <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2007 a <strong>de</strong>zembro<br />
<strong>de</strong> 2009. Realizada a comparação entre o peso ao nascer <strong>de</strong>stas crianças e o<br />
ganho <strong>de</strong> peso corporal <strong>de</strong> suas mães na gestação. O ganho <strong>de</strong> peso corporal<br />
materno foi consi<strong>de</strong>rado como: . Insuficiente quando foi menor <strong>de</strong> 8 quilos<br />
. A<strong>de</strong> quado, igual ou maior <strong>de</strong> 8 quilos a igual ou menor <strong>de</strong> 12 quilos .<br />
Exces sivo, acima <strong>de</strong> 12 quilos . Sem informação sobre ganho <strong>de</strong> peso ma -<br />
Área Científica - <strong>Pediatria</strong> Social<br />
PD271 - A gravi<strong>de</strong>z nos extremos da vida reprodutiva na coorte Butantã-<br />
-São Paulo-Brasil<br />
Ana Maria <strong>de</strong> Ulhôa Escobar 1 ; Maria Helena Valente 1 ; Filumena Maria da<br />
Silva Gomes 1 ; Luís Marcelo Inaco Cirino 1 ; Sandra Josefina Ferraz Ellero<br />
Grisi 1<br />
1- Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />
Fundamento: Os extremos da ida<strong>de</strong> materna menor ou igual a 19 anos e<br />
maior ou igual a 35 anos são fatores <strong>de</strong> risco para baixo peso ao nascer, tanto<br />
pela prematurida<strong>de</strong> como retardo do crescimento intra-uterino. Objectivo:<br />
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